São seis horas em ponto, acordei com o barulho do despertador. Troquei de roupa, coloquei uma camisa branca e uma calça preta. Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades e arrumei meu cabelo castanho. Desci para a cozinha onde a minha mãe preparava o café da manhã. Comi um sanduíche de atum e bebi um café com leite. Minha mãe só bebeu uma caneca de café, com rapidez.
- Hoje vou ter que sair mais cedo para o trabalho, ok? - ela se levantou e pegou as chaves - Se cuide.
Acenei um tchau mastigando o sanduíche. Depois que terminei de comer, lavei a louça e fui para o quarto. Me joguei na cama e olhei para o teto cheio de estrelas florescentes. Virei para o lado para pegar meu celular, quando vi aquele papel do vizinho, tenho que devolver para ele.
Toquei a campainha duas vezes, um pouco nervoso com o papel dobrado na mão. Uma mulher atendeu a porta, ela tinha o cabelo pintado de castanho claro, acho que deve ser a mãe dele.
- Bom dia! Entre, quer alguma coisa? - ela deu passagem para eu entrar.
- Bom dia, eu vim entregar uma coisa para o seu filho. - disse gaguejando um pouco.
- Ah, ele está no quintal. - disse apontando para os fundos da casa - Se precisar de algo pode me chamar.
Me direcionei até a porta dos fundos observando a casa, é bem colorida e cheia de coisas. Também é bem grande, dá para fazer várias festas aqui.
O garoto estava empinando pipa e o cachorro pulando e latindo para ela. Nesse momento, eu percebi como o quintal era gigantesco e fantástico, havia flores de várias cores, com vasos enfeitados com cataventos e pássaros de mentira, as árvores frutíferas eram baixas e carregada de frutos. A casa do menino é incrível, eu queria morar aqui.
- Ah! É você! - disse quando me notou, sua atenção foi para mim, a pipa ficou presa numa árvore do quintal - Opa... Me ajuda a pegar de volta?
Concordei e fui até ele. Não tenho muita experiência em subir em árvores mais concordei do mesmo jeito.
- Sobe naquele galho da esquerda, isso! - o menino gritou - Agora se apoia no que você está segurando! Vai, está perto!
Estendi minha mão para pegar a pipa, agarrei o fio.
- Consegui! Aah! - eu escorreguei e cai no chão, minha mão ficou vermelha com o sangue e ralei o joelho.
- Ai... Se machucou? Vem, vamos lavar.
O garoto me ajudou a levantar e fomos para o banheiro de sua casa. Enquanto lavava os machucados, nós conversamos:
- Eu sou Kim Taehyung, não me mate se tiver um Death Note, por favor - dei risada - E você?
- Sou Jungkook, Jeon Jungkook. Quantos anos você tem? Eu tenho 12
- Tenho 13. Caramba, pensei que você era mais velho!
Quando terminei de lavar, Taehyung pegou um band-aid e colou no meu joelho. Ele é um garoto engraçado, ele tem um espírito de criança enome.
- Ok Jungkook, vamos para o meu quarto para conversar mais. - acendi e fomos.
Seu quarto te as paredes brancas com vários posters,fotos e desenhos colados. Numa estante há vários livros que eu conheço, O Pequeno Príncipe, Harry Potter, Diário De Um Banana, etc. Em sua mesa tem cadernos, folhas e um estojo cheio de lápis e canetas coloridas.
- Então Kookie, o que você veio fazer aqui?
- Ah! Eu vim te devolver sua história, achei muito boa. - disse tirando o papel do meu bolso e dando a ele.
- Aah, obrigado. - ele pegou a folha e colocou em cima da mesa - Sabe, eu quero ser escritor, e você?
- Eu quero ser cantor, mas minha mãe diz para eu seu médico.
- Hum, então quer dizer que você canta. Vamos ver... - Tae tirou o celular do bolso - Curte Best Of Me?
- Sim. Você não vai fazer isso... - ele colocou a música - Ah não...
- Vai! Eu quero ouvir você cantar!
- Tá... When you say that you love me, nan geu han madimyeong dwae, byeonhaji anhneundago, Just one more time. - cantei meio envergonhado.
- Yeah! Caraca, você canta bem!
- Agora sua vez! - disse entre risos.
- Uriga nanun something, and you can't make nothing, ijji anhajwosseumyeon hae, neon nae.
- Haruharu, yeoreum gyeoul, neon mollado - começamos a cantar juntos - You got the best of me!
Taehyung começou a pular na cama e a dançar, enquanto eu ria até minha barriga doer. Enquanto outra música rolava, Tae já estava jogado na cama e eu sentado no chão. Ele me deu espaço para eu me deitar com ele, assim fiz.
- Vou te contar um segredo. - disse se virando para mim, me encarando - Eu sou gay.
- Sério? Uau, você é a primeira pessoa que eu conheço que é gay.
- Talvez você já conheça, é que eles escondem esse segredo.
- E sua mãe sabe, tipo ela aceita? - perguntei, pois minha mãe iria me matar se eu falasse para ela que sou gay.
- Ha! A minha mãe é bi, quer dizer, minhas duas mães.
- Você é adotado? - disse não tentado o magoá-lo pela pergunta.
- Sim - disse um pouco orgulhoso - Minha mãe disse que as verdadeiras mães não são aquelas que só deram a luz, são aquelas que cuidam do filho com carinho e com amor, dando conselhos e broncas quando você está errado.
Aquelas palavras fizeram meus olhos brilharem. Tae não é só engraçado, ele também é inteligente.
- Tá eu já contei um segredo meu, agora conta um seu.
- Humm... Eu sou bi. - disse mas não queria falar isso, por que eu falei?!
- Olha só, tem dois viados na cama. - disse com um sorriso malicioso e eu só consegui rir envergonhado.
- Para... - disse dando um tapa em seu braço - Mas então, você já namorou um menino?
- Ah já, é aquele menino da foto. - ele apontou para uma foto em que estava ele e um garoto com lábios bem carnudos - Infelizmente o garoto me trocou por outro.
- E você ainda tem a foto do garoto... Estranho hein.
- Eu não ligo, ainda somos bom amigos.
Olhei para o meu celular, 8:45. Já tinha que ir, mas sabe, quero ficar mais.
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Olá Vizinho - Vkook fanfic
FanficDois garotos vizinhos totalmente diferentes, mas que sentem a mesma coisa um pelo outro, Amor. Uma mãe homofóbica. Brigas e depressão, mas sempre alguém que ajude. 7 garotos com superpoderes que querem mudar o mundo. 6 já foram encontrados, só falta...