Correr.
Era tudo que a garota de cabelos acastanhados podia pensar. Mas... correr de quê? O que ela tanto temia? Por que não conseguia parar ? E o principal, onde exatamente estava?
- Crsitina. - Uma voz masculina soou em sua cabeça fazendo com que ela parasse de correr.
Cristina Torres se virou para a direção da voz e viu apenas um grande vulto preto. Ouviu passos na direção em que ela corria antes e quando se virou viu outro vulto, ambos se aproximavam dela.
- Quem são vocês? - A garota perguntou em um sussurro.
- Quem nós somos? Isso você que tem que dizer. - Um dos vultos falou chegando mais perto e revelando seu rosto.
- Dean...
- Quem nós somos, Cristina. - O outro vulto negro também se aproximou o bastante para que a garota logo identificasse.
- Parrish? O que vocês dois estão fazendo?
- O que você está fazendo? - Os dois perguntaram em uníssono.
- Do que estão falando? - Cristina terminou a pergunta e sentiu o peso em uma das mãos, levou o olhar até a mesma e percebeu um revólver que antes não estava lá.
- A escolha é sua, Cristina. - Parrish falou.
- Que escolha? Eu não sei do que estão falando! - Cristina gritou e fechou os olhos na tentativa de afastar tudo e todos a sua volta.
- Quem você quer ao seu lado , Cris ? Escolha. Atire em um de nós, atire em quem você quer ver morto! - Dean exclamou.
- Atire em mim Cristina.
- Mate-me, Torres!
- Atire.
- Atire!
- Agora!
- Rápido!
Cristina acordou com a respiração descontrolada. Levou as mãos aos cabelos e percebeu que os fios estavam molhados de suor. Parrish estava na poltrona da frente a encarando preocupado. Cristina tentou falar, mas as palavras não saíam, era como se tivesse esquecido de tudo. Engoliu em seco e deitou a cabeça novamente, passando as mãos pelo rosto em uma tentativa de se reestabelecer.
- Esse avião do seu tio alcoólatra me causa pesadelos. - Por fim conseguiu falar.
- Eu tentei te acordar, mas você continuou dormindo... Estava falando o nome dele.
- Vai demorar para chegarmos em Beacon? - Cristina perguntou tentando mudar de assunto, recebendo apenas um balançar de cabeça negativo de Parrish.
- Ele é um cara de sorte.
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●- Hey, o que o bonitão mal-humorado faz aqui? - Cristina perguntou após adentrar a sala da clínica veterinária.
- Conhece o Derek ? - Scott perguntou.
- Ela ivandiu meu carro. - O homem respondeu enquanto semicerrava os olhos.
- Eu perguntaria o motivo, mas se tratando da Cristina eu prefiro não saber. - Scott falou balançando a cabeça.
- Então, meus queridos amigos. - Cristina falou com sarcasmo. - Aqui está a tão esperada espada de Tizona. - A Torres pousou a espada, que estava enrolada em um pano, sobre a mesa de metal que ficava no centro da sala.
Deaton foi o primeiro a se aproximar, seguido de Scott e depois dos outros. O Druida desenrolou o pano cuidadosamente e deixou a espada sobre ele, intocável. Olhava admirado como se quisesse pega-la e correr por aí com ela em mãos, mas não fez. Apenas admirou a beleza dela, assim como os outros. Stiles começou levar a mão até a espada, mas parou assim que recebeu um olhar medonho do Deaton.
- A questão é, quem irá apunhalar Tizona? - Cristina perguntou atrás do resto do grupo.
- Já temos alguém em mente. - Lydia falou.
- Quem?
Ao fazer a pergunta a porta da sala foi aberta e um homem de olhos claros e barba adentrou o local, olhando para todos, mas parando em Cristina que estava paralisada.- Cristina, esse é o Chris. - Scott falou.
- Quanto tempo, Argent. - Cristina falou voltando a si.
- Confesso que fiquei um pouco espantado quando recebi a notícia de que Cristina Torres estava ajudando pessoas, principalmente pelo fato dessas pessoas serem do mundo sobrenatural. Cansou de brincar de caçadora e sair matando todos que aparecessem em sua frente?
- Diferente de você eu sempre ajudei as pessoas, Argent. Eu sempre cacei, sempre fiz de tudo para deixar os inocentes vivos. Mas e você? Todos sabem quantos lobisomens inocentes você matou, quantos homens você tirou a vida. - Cristina falou ignorando o olhar que todos depositavam sobre eles.
- Eu não caço mais. - Chris falou sério.
- O quê, resolveu se aposentar? Cansou de torturar pessoas? Ou está apenas se rebelando para ver se consegue atenção do papai Gerard? Hum?
- Vejo que você continua a mesma garota ingênua e explosiva de sempre.
- Vejo que você continua o mesmo imbecil de sempre.
- Cristina, vamos. - Parrish segurou o braço da garota e começou a leva-la para fora do local, que parou antes de passar pela porta.
- E Argent. - Chamou fazendo com que Chris a olhasse. - Mande um abraço para sua mulher. - Cristina falou com um sorriso diabólico no rosto e retomou o seu trajeto.
- Por que fez isso ? - Parrish perguntou assim que saíram da clínica.
- Por que eles fizeram isso? Sério, um Argent? Os Torres odeiam os Argent's!
- Não seja idiota, Cristina. Chris é um bom homem e pode nos ajudar, assim como já fez diversas vezes.
- É? E quantas vezes ele tentou matar vocês? Hein? - Cristina perguntou e Parrish apenas abaixou o olhar. - Foi o que pensei.
- Eu não entendo.
- Não entende o quê?
- O motivo desse ódio. Você não é muito diferente dele, Cristina.
- Está me comparando com um Argent? - Cristina pergunrou soltando uma gargalhada.
- Não, não estou. Eu estou comparando o Argent com você.
- Como assim?
- Eu estou dizendo, Torres, que você não é melhor que o Chris. Se o Argent é cruel, você também é.
- Está insinuando que eu...
- Que você é pior que o homem que está lá dentro. Você é cruel, Cristina. Quanto mais a gente tenta se aproximar, mais você se distância. Você só quer o que te beneficia.
- Eu tenho meus motivos por ser como eu sou, ok? E você mais do que ninguém sabe disso, Parrish. Se você me acha assim tão cruel quanto diz, tudo bem, eu não posso mudar o seu jeito de pensar. E se você confia tanto naquele homem, melhor ainda, vá. Eu acho que eu já terminei meu serviço por aqui. - Cristina se virou e começou andar rapidamente para longe de Parrish, para longe de todos.
- Cristina! - Parrish gritou e a garota parou sem se virar. - Você não pode colocar a culpa de tudo na morte de seus pais.
Dito isso Parrish voltou para clínica e deixou Cristina ali com suas palavras martelando na cabeça.
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Recomeço - TW
FanficCristina Torres nunca teve uma infância normal, nunca teve uma paixão de colégio, muito menos dormiu na casa de uma amiga. Filha de uma família de caçadores, Cristina resolveu largar tudo após a perda dos pais durante uma caçada. Os dois caçadores m...