I know you love me deep inside » oneshot

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Postada também no social spirit. Essa one é minha maior (feita para o #jilytober, vale lembrar) e a primeira com esse tema, espero que gostem e não me matem! Qualquer erro, me falem ♥️. Bom luto para os Jily shippers

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Tic, tac.

O som de um relógio era o único barulho que se propagava além da respiração descompassada de Lily. O lugar era escuro, o cheiro de esgoto estava espalhado pelos cantos, mas a garota nem se importava muito; só queria saber onde estava. Sentia uma dor do lado direito da cabeça, e algo estava escorrendo por sua testa, ela poderia jurar ser seu sangue. Bateram com força nela, o bastante para provocar o desmaio. Os lábios se encontravam ressecados devido ao tempo respirando pela boca, a ruiva precisava de água. Tirando isso tudo? Ela parecia bem.

Tic, tac.

Quando aos poucos começou a recobrar melhor a consciência, notou estar sentada em uma cadeira, com os braços amarrados para trás, e certa dormência nas mãos. Deveria estar ali já fazia algum tempo. Virou sua cabeça para os lados, buscando sinais de que teria mais alguém ali, mas tudo que via eram apenas borrões em manchas escuras. Escuro. Ela não gostava do escuro, desde pequena ela não conseguia ficar sozinha no total breu. Moveu suas mãos, buscando alguma maneira de se desamarrar, mas sabia que não seria tão fácil assim. Lily estava sozinha, com certeza desprotegida. Sua cabeça a mandou gritar por ajuda, mas ela não era burra para fazer tal ato! Se alguma pessoa estivesse ali esperando ela acordar pra fazer qualquer coisa? Ganharia mais tempo se ficasse quieta.

Tic, tac.

Gemeu de desconforto quando sua mão se arranhou na corda, a fazendo começar a se desesperar. Ainda estava com os saltos em que saiu de casa, quem sabe se ela não conseguisse... Poderia dar um jeito de levá-los para perto de si, conseguir cortar a corda... Não. Ela não era uma droga de uma agente secreta dos filmes! Valia a pena tentar, mas a Evans tinha certeza que não conseguiria. Sentiu seus olhos lacrimejando. "Eu não quero morrer" era a única frase que sua mente conseguia formar. Se remexeu com mais força, quase fazendo com que a cadeira caísse no chão. Não. Não.

Tic, tac.

Ela não era muito religiosa, mas começou a pensar em Deus naquele segundo. Implorando para que Ele a ajudasse.

Tic, tac.

Se a raptaram, tinham alguma razão. Dinheiro, talvez? A família Evans não era tão rica, mas sabia que seu pai faria o possível para dar a quantia que pedissem!

Tic, tac

Ou então, ela só era mais uma vítima de um serial killer.

Tic, tac

Dizem que quando você morre, sua vida passa diante de seus olhos. Lily sentia que estava prestes a ficar ao lado de seus avós, então, pensou em seus pais e em como cuidaram dela toda a sua vida. Ela sentiria falta dos beijos de sua mãe, dos abraços do pai, de como eles tentaram de tudo para sempre mantê-la segura. Seu pai dizendo que estava orgulhoso dela ter entrado na faculdade em que ele tinha ido, e como sua mãe lhe fez um jantar especial naquela noite. Lembrou de Tuney, e de que mesmo brigando com ela, sempre amou a irmã. Naquela noite ela tinha sido tão legal com Lily... Passaram a madrugada planejando as coisas que fariam, onde iriam, pensando nas coisas que poderiam fazer, em como iriam se divertir agora que a ruiva estava em Londres e moraria com ela. As aulas seriam cansativas, mas no final tudo iria valer a pena.

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