Te tenho em mim, ainda que em outro, vejo que é uma dor banal não ter. Aceite que te tenho, circulando o caminho, logo te idealizo. Acredito que você é um lixo perto de como te sinto, vejo de longe que há meu gosto em você. E com todo respeito, quero pedir-lhe, me desrespeite. Me olhe em volta e esqueça o resto, nada sobra, você é meu, você inteiro, minha grande obra. Esqueço enquanto sinto, mas no ato dou o valor devido, implico a mim a dignidade de te deixar, pra ela, elas, se assim for. Mas sem dúvidas, meu amor, te teria se quisesse, entre as linhas, entre as pernas. E até ela eu poderia doar a nós, nós três a sós, se não tão banal fosse, que nem você saberia mensurar o tamanho do prazer que é, ser leal a ela e desejar te mostrar o quanto sou mulher.
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Carta Natal
PoetryHereditário, genético, psicódelico ou universal, tudo escrito. Carta natal resume-se em conhecer a si próprio e conhecer a outros. Uma ferramenta de autoconhecimento e evolução, ferramenta essa que eu encontrei e encontro todos os dias na escrita, n...