Taehyung não conseguia conversar com Yoongi normalmente mais. Sempre um dos dois arrumava um jeito de despistar a conversa, ficando afastados quase o tempo todo agora. Quem olhasse acharia que eles tinham brigado.
Mas não era isso.
Taehyung não conseguia conversar com Yoongi porque sempre que o olhava, se lembrava do incidente na piscina. Depois que sentiu Yoongi daquele jeito... ele havia sumido na festa. Ninguém imaginaria que ele teria imaginado atos pervertidos com o seu hyung. Depois daquilo, Taehyung precisou, como ele mesmo gostava de chamar, se "acariciar".
Sim, Yoongi não foi o único que se masturbou pensando no outro. Porém Taehyung era um ômega que ainda não tinha amadurecido (não teve o primeiro cio ainda), então não sentia necessidades sexuais. Apenas se acariciava mesmo, passando as mãos pelo próprio corpo e imaginando se fosse seu hyung ali. E isso já era o suficiente para lhe causar prazer.
Já Yoongi... bem, todos sabem porque ele não conseguia conversar direito com Taehyung. Se lembrava do corpo maravilhoso do ômega grudado ao seu, do leve toque de lábios de ambos... fora que não conseguia tirar da cabeça que Taehyung era o seu ômega. Tinha certeza absoluta que era. Sentia que tinha que ser o alfa a satisfazê-lo no primeiro cio dele.
Yoongi já era um alfa amadurecido, porém seu primeiro cio foi terrível; seus pais o prenderam num quarto, pois sabiam que ele ia atacar o primeiro ômega que sentisse o cheiro. E mesmo que tivesse sido uma verdadeira tortura para si, pois o cio era uma dor insuportável, Yoongi era grato a seus pais. Não os culpava; eles não sabiam que o cio de Yoongi estava próximo, e não iam conseguir um ômega forte a tempo. Sim, Yoongi precisava passar seus cios com um ômega forte, porque como era um lúpus, era mais violento que um alfa normal. Os dois ômegas que passaram por si durante os dois outros cios não aguentaram até o segundo dia. Porém Yoongi sempre pedia desculpas depois que seu cio passava. Os garotos entendiam que não era de propósito, porém Yoongi se sentia culpado de qualquer forma. Nisso, pôs na mente que não podia tentar satisfazer nenhum ômega durante o cio.
Mas desde a primeira vez que viu Taehyung, isso mudou.
Yoongi sentia uma urgência de tê-lo nos braços sempre que o via. Sentia que deveria protegê-lo, cuate o que custasse. Era extremamente difícil para si se controlar quando o ômega apenas chegava perto de si...
- Ah, Taehyungie... eu preciso tanto de você... - sussurrou para o nada, saindo do banho. Suspirou ao se olhar no espelho e ver sua marca de alfa praticamente negra, parecendo uma tatuagem.
Sim, a tatuagem que Yoongi possuía no peito na verdade era uma marca. Como seus pais diziam, a marca lúpus. Era no formato perfeito da letra grega alpha maiúscula. Porém ela sempre era quase imperceptível em si, se confundindo facilmente com sua pele. Porém, em épocas de cio, ela ficava praticamente negra, parecendo uma tatuagem. Seus pais diziam que ela só iria desaparecer quando encontrasse seu ômega. E isso o desanimava...
Mesmo que tivesse certeza que seu ômega era Taehyung, a marca não havia sumido. E estava louca; ela estava praticamente negra há tempo, e não estava sequer próximo a seu cio. Tão negra que muitos acharam que era outra tatuagem. Incluindo o próprio Taehyung.
Suspirou e resolveu tomar coragem para chamar Taehyung para a aula. Teriam três classes juntis hoje, e Yoongi precisava voltar a conversar com Taehyung, mesmo com aquilo tudo acontecendo...
Se trocou rapidamente, pondo uma camiseta xadrez azul, preta e branca, uma calça azul escura rasgada nos joelhos e um converse high preto. Escovou os dentes e apenas passou uma ínfima quantidade de gel no cabelo, apenas para ele ficar no lugar. Porém, como odiava seu cabelo liso, fez questão de bagunçá-lo até ficar ondulado o suficiente para ter volume. Sorriu e pegou sua mochila de no mínimo 9 quilos, mas que para si era uma pena, e rumou para o quarto de Taehyung, ao lado do seu.
Bateu três vezes na porta e esperou. Nada. Bateu mais três vezes e finalmente ouviu um suave "entre" ecoar.
Suspirando, Yoongi abriu a porta que nunca ficava trancada. Só que não esperava ver o que viu.
Taehyung havia acabado de sair do banho, e estava só de toalha. Porém, sendo um ômega, ele a usava parecendo uma garota. Porém... suas costas estavam totalmente expostas.
Yoongi quase soltou um som involuntário. Taehyung parecia ainda mais lindo agora... Suas curvas pareciam mais avantajadas, as coxas mais grossas, a pele mais suave... oa lábios estavam rosados e brilhantes, e isso fez Yoongi querer, a todo custo, beijá-lo.
E foi exatamente o que fez.
Num ato rápido e necessitado, Yoongi largou sua mochila no chão, a visão turva e trêmula focando apenas no ômega à sua frente, e tomou o ômega para si. Dessa vez não foi só um toque, foi um beijo. Daqueles bem necessitados.
Taehyung, embora surpreso, se entregou totalmente ao alfa; a urgência logo foi correspondida, duas bocas praticamente dependentes uma da outra...
Yoongi pôs as mãos na cintura fina de Taehyung, e sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo ao sentir a pele do garoto. Taehyung também sentiu um arrepio, e apenas uma toalha impedia Yoongi de tê-lo para si ali mesmo...
Se separaram contra a vontade de ambos. O motivo: Taehyung havia deixado a toalha cair.
Taehyung soltou um grito ao sentir Yoongi em posse de seu corpo nu, e isso fez o alfa se assustar. Ao notar, Yoongi se separou dele.
Yoongi queria muito Taehyung, porém não ia fazer nada contra a vontade dele, por isso se separou e imediatamente se virou, não olhando nada. O ômega imediatamente pegou sua toalha e a enrolou em torno de si de novo, ignorando a urgência que gritava implorando por Yoongi novamente.
De canto de olho, Yoongi pôde ver, nas costas de Taehyung, uma mancha. Mas não era uma mancha comum.
A mancha lúpus.
A de Taehyung, no entanto, era a da letra grega omega. E era no lado esquerdo de suas costas, pouco abaixo do ombro... e estava praticamente negra também. Juntando com a beleza extrema de Taehyung agora...
Taehyung estava próximo de ter seu primeiro cio.
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The House
FanfictionO que acontece numa casa, fica naquela casa. Mas e se os problemas forem além dela?