Acordei com a luz do sol a bater forte na minha cara, como era horrível acordar assim.
Percebi que ontem adormeci com a roupa que vesti e com o telemóvel agarrado a mim, larguei o telemóvel e fui tomar um duche rápido.
Depois de me secar e por creme, vesti uma roupa qualquer e desci para tomar o café da manhã.
Quando desci tudo estava na mesa menos a minha mãe, sentei-me na mesa e comecei a comer porque estava esfomeada.– Bom dia filha, acordou cedo. - disse me dando um beijo na testa.
– Sabe como é mãe, quem cedo deita, cedo acorda. - disse curta e grossa
– Primeiro não fala assim comigo porque não foi a educação que eu te dei e se quiser ficar chateada fique com o seu pai, e segundo o provérbio não é assim. - dei de ombros e continuei a comer.
– Amanhã você vai para o colégio. - continuou a minha mãe.
– Já? Eu ainda nem conheci a cidade quanto mais o colégio! - disse revoltada.
– Quanto a isso não há problema, porque depois do almoço vou ao colégio e você vem comigo e nada de tentar me fazer mudar de ideias, sabe que comigo seus truques não resulta. - Fechei a cara e bufei – E não bufe filha.
– Caralho, já nem respiro!
– Não diga asneiras a mesa. - disse minha mãe autoritária.
– Se o pai pode fazer coisas ilegais eu posso pelo menos dizer asneiras. - disse saindo da mesa, sem nem esperar pela resposta da minha mãe.
Entrei no quarto respirando fundo para não fazer nenhuma loucura.
Liguei o notebook para fazer a vídeo chamada com o Caleb como tinha proposto ontem.Liguei para ele no skype e esperei que ele respondesse.
Comecei logo a rir mal apareceu a cara dele no ecrã
– Caleb, porque fazes sempre essas caretas? - continuei a rir
– Porque eu sei que tu gostas. - piscou para mim e logo as minhas bochechas ficaram vermelhas – É tão bom saber que eu ainda tenho esse efeito em ti.
– E se tu continuares eu irei ficar igual a um tomate, parvo! - ele riu alto, como eu adoro essa risada.
– Não te preocupes ficas linda de qualquer jeito
– Eu já tinha saudades do teu riso.
– Só do meu riso?
– Okay, de ti também - revirei os olhos. – Mas mais do teu riso - ri e desta vez quem revirou os olhos foi ele.
– Fazer o quê, sou irresistível! - sorriu feito um idiota
– Deves pensar que és o Cody Saintgnue
– Não sou, mas quase. - ele disse e me encarou sério – Amor, sabes que eu estou aqui, qualquer coisa podes contar comigo.
– Eu sei. - olhei para baixo e senti uma lágrima a escorrer do meu olho.
– Hey! Nada de chorar, enquanto eu não estiver do teu lado princesa, não baixes a cabeça se não a coroa cai.
– Não me chames princesa sabes que eu odeio. - disse ainda olhando para baixo.
– Amor, a sério, olha para mim, não me faças entrar no próximo voo para Nova Iorque.
– Não quero fazer com que os teus pais gastem dinheiro. - disse olhando para ele em lágrimas.
– Não aguento ver-te assim, gostava tanto estar aí ao teu lado para te abraçar.
– Ontem a minha mãe contou-me uma coisa sobre o meu pai. - disse limpando as lágrimas
– Que coisa? - Perguntou ficando sério
– Me contou que o meu pai corria em rachas e sempre concorria com apostas muito valiosas, ele era muito bom naquilo que fazia, por isso que conseguiu pagar as nossas dividas e como bónus conseguiu que nós ficassemos ricos e ganhássemos esta grande mansão. - disse respirando fundo para as lágrimas não caírem de novo. – Ou seja, durante todos esses anos eu pensei que o meu pai fosse um homem bom e no entanto traiu a minha confiança.
– Eu compreendo-te, mas porque é que foste morar para aí?
– Oh, essa é a melhor parte. - disse rindo sem graça – O meu pai ganhou muitos inimigos por ter ganhado em todas as rachas que participou, então eles andaram atrás dele, foi por isso que ele teve de fugir para outro país há uns meses atrás, e agora como eles descobriram onde nós morávamos tivemos que vir para aqui, sem escolha alguma.
– Imagino como te sentes, abandonar toda a tua vida por causa dos erros do passado do teu pai, deves te sentir muito traída pela parte do teu pai e da tua mãe.
– É por isso que eu te amo, porque consegues-me compreender, me proteger e me fazer rir apesar desta distância, não poderia pedir melhor pessoa que tu. - sorri.
– Só estou a fazer aquilo que qualquer namorado fazia por amar sua namorada. Te amo Lee. - disse com os seus olhos azuis a brilhar.
– Te amo Caleb. - disse sorrindo, no momento em que falo isto batem a porta.
– Menina Lee, a sua mãe disse para você descer para almoçar para depois irem ao colégio. - disse a Senhora Olívia
– Obrigada Senhora Olívia, diga a minha mãe que dentro de quarenta minutos eu desço. - dizendo isto a Senhora Olívia fecha a porta.
– Colégio? Já? - disse Caleb me fazendo virar para o computador.
– É, minha mãe decidiu já preparar a papelada para ver se amanhã consigo ter aula. - disse revirando os olhos.
– Boa sorte!
– Bem preciso, falamos depois, beijinhos amorzinho.
– Até logo amor, beijinhos. - disse sorrindo e logo desliguei.
Fui a minha mala e demorei cerca de 20 minutos a escolher a roupa que eu ia levar, não é fácil escolher quando esta tudo dentro das malas.
Vesti a roupa que esta na mídia, fiz uma maquilhagem básica e fiz caracóis nas pontas do meu cabelo deixando solto, calcei as minhas all star pretas e desci.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The New Girl
Teen FictionVocê muda quando é obrigada a mudar de país, quando é obrigada a mudar de colégio, quando é obrigada a ter uma vida nova, e principalmente quando você descobre o lado escuro de uma pessoa muito próxima a você. copyright all rights reserved