Sonho de uma férias de verão

Capitulo 1

     - Lara! Vamos filha depois vai ter muito trânsito pra chegar na rodoviária! - Meu pai gritou da sala

      - Já voou paai! - Tentei gritar do quarto pra que ele pudesse me escutar

Já era quase o final de dezembro e para celebrar o ano novo eu, Julieta e Estela decidimos que íamos passar o resto das férias na casa de praia dos pais da Estela . Eu que tinha dado a ideia da viagem, o que elas não sabem é o porquê, espero que elas não fiquem bravas comigo depois que elas souberem o motivo.
Coloquei um shorts jeans, um moletom preto, coloquei um tênis, basicamente a primeira roupa que eu vi, e prendi meu cabelo em um coque.

- Vamo logo Lara! Você vai perder o ônibus - Meu pai se esgoelou de novo, daqui a pouco o velho perde a garganta, que minha noossaaa pra que gritar assim.

- Já falei que já vou!

Peguei minha mala e coloquei no carro. Meu pai ia me levar até a rodoviária e eu pegaria um ônibus sozinha até a praia.
Eu e meu pai entramos no carro naquele silêncio estranho. Nunca fui muito próxima do meu pai a gente sempre tinha aquela mesma conversa de "Como foi seu dia?", e parava por aí, mas apesar disso ele sempre sabia quando eu tava com ranço de alguém, ou quando tava meio bolada.

– Você já falou pra elas? -meu pai perguntou ainda com os olhos na estrada
– Já, eu falei que eu vou chegar 6h30 da manhã e falei pra Aurora vai avisar a mãe dela pra ela ir...
– Não Lara! - Ele gritou meio bravo- Eu to falando do fato de que você vai mudar pra outro país no final do mês, sabe, esse PEQUENO detalhe.
– Não precisava gritar, nossa... Mas não, não falei pra elas ainda.
– E cê ta loca é? - Lara você conhece essa suas meninas desde... ai,sei lá desde quando..
– Tá! Já entendi , eu sei, eu tenho e vou falar pra elas.
Eu vou falar pra elas no momento certo, eu não posso só jogar a bomba e esperar que elas fiquem bem.

Quando eu vi, já tínhamos chegado, sai do carro meu pai pegou minha mala e me levou até a porta.
Eu dei um abraço no meu pai e entrei na rodoviária, esperei uns 15 minutos até poder entrar no ônibus.
Logo que entrei fui logo pro meu assento e fui colocar minha mochila naquela parte de cima, mas com muita dificuldade obviamente , porque primeiro tenho 1,60 então tinha ficar na ponta do pé, e segundo minha mochila tava mais cheia do que eu depois da ceia de natal.
Mas ao mesmo tempo, com essas cena maravilhosa acontecendo, em que eu parecia um filhote de tiranossauro rex pulante, uma menino loiro de cabelo até o ombro bem surfistinha estava atrás de mim me olhando, mais especificamente para minha raba.

- Quer ajuda? - ele perguntou com um sorrisinho tarado, mas logo depois ficou serio

Meio cuzão, beem gato, mas já que ele tava oferencendo por que não?

-Por favor – falei dando espaço pra ele

-Da próxima vez coloca menos coisa na mochila- ele falou num tom um pouco grosso

Pensando bem, beeem cuzão. Ele foi andando até o assento dele que era uns 3 depois do meu. Sentei no banco da janela coloquei os fones de ouvido, para obviamente colocar uma musica bad e fingir que eu estou em um clipe, bem normal né meninas?

Eu basicamente apaguei depois disso e só acordei quando o ônibus já tinha chegado na rodoviária. Saí apressada por que já tava todo mundo descendo do ônibus.
Olhei para trás e o menino estava trás de mim. Cruiz credo parece que persegue, longe de mim seloko.
Começei a apertar o passo e logo vi a mãe da Estela, fui e dei um abraço nela.
- Oii tiaaa
- Lara quanto tempo filha- ela disse me abraçando de volta.
Eu a mae da Este sempre fomos próximas, ela me trata quase como uma segunda filha. Fomos indo em direção ao carro e quando eu sentei no banco do passageiro alguem saiu do banco de trás e gritou:
-AAAAAAAAAAAAA!!!!
- AAAAAAAAA PUTA QUE ME PARIU ESTELA, vai a merda viu dando susto nos outros que isso porra - falei/gritei puta, odeio quando dao susto em mim
-Nossa magoada nem ta feliz por ver sua melhor amiga, vai se fuder também Lara.
- Linda eu te vi semana passada hahaha
- Do mesmo jeito, muito tempo sem ver minha amiga véi- ela falou me abraçando por trás do banco.
A mãe da Este estrou no carro e fomos para casa da praia conversando.
- Ô La, quando a gente tava na rodoviária tinha um menino muito gato te fitando.
- Um loiro, alto, cabelo grande?
- Isso aí. Cê falou com ele?
- Nem, quer dizer,  ele falo comigo? Mas melhor nem procurar, pensa num garoto babaca - Eu disse rindo.
- Poxa, sempre assim, os mais gatos são os mais babacas.
Quando vi já tínhamos chegado na casa.