Tempestade

288 20 0
                                    

Eduardo chegou e eu ainda estava dormindo. Minha mãe o recebeu e veio me acordar. Lavei o rosto e desci.

- Boa tarde dorminhoca! - disse ele rindo.
- Vê se não enche idiota! - revidei.
- Nossa que linda essa amizade hein! - disse minha mãe.
- Não somos amigos mãe, eu só estou fazendo a boa ação de ajudar esse idiota a passar de ano! - respondi.
- Sei, era assim com o Daniel. - fiquei sem graça.
- Então... vamos subir né Eduardo, temos muito o que estudar! - disse puxando ele.

Subimos e fui pegar os livros enquanto Eduardo esperava sentado na escrivaninha. Voltei e ele me encarava.

- Perdeu algo? - perguntei.
- Não perdi nada haha! - disse rindo e se referindo a hoje cedo.
- Me erra vai! - disse nervosa.

Estudamos muito. Já era 22h e então minha mãe trouxe uma pizza. Começou de repente a chover. A chuva começou a aumentar bem rápido e logo se tornou uma tempestade.

- Eduardo, você não pode ir embora com essa chuva! - disse minha mãe.
- Minha casa é aqui do lado, senhora Beatriz. - disse ele.
- Do mesmo jeito querido, olha essa tempestade! Me dê o número da sua mãe, vou avisa-la que irá passar a noite aqui. - disse ela.

Eduardo passou o número e minha mãe foi ligar para a mãe dele. Amanhã era sábado então não havia problema nele dormir aqui. Minha mãe voltou ao quarto.

- Tudo certo Edu, você dorme aqui no quarto da Mila! - disse ela.
- Mãe!!! - reclamei e ele riu.
- Eu não mordo Camila! - disse ele rindo.
- Mãe eu durmo com você na sua cama e ele dorme confortável na minha cama, resolvido! - disse rindo.
- Nada disso, você vai me chutar a noite toda! Vou pegar o colchão para ele. - saiu do quarto.
- Coitado de quem casar com você! - disse ele rindo.
- Não sendo você! - disse eu.
- Assim você parte o meu coração Camilinha! - disse rindo.
- Dane-se! Você não tem coração! - debochei dele.

Minha mãe trouxe o colchão e deixou tudo arrumado. Deu boa noite e foi dormir.

- Quem era Daniel? - perguntou Eduardo.
- Ninguém... - respondi meio sem graça.
- Tudo bem se não quiser falar sobre isso. - disse ele.
- Foi um idiota que me machucou muito... - disse enchendo o olho d'água.
- O que ele fez? - perguntou.
- Ele veio, virou meu amigo e ficávamos dando patadas um no outro... - disse eu.
- Por isso sua mãe disse aquilo lá em baixo? - perguntou.
- Sim... ele só queria ser meu amigo e me beijar para ganhar uma aposta... eu perdi meu bv com um idiota e nunca mais beijei ninguém. - eu disse com a cabeça baixa.

Eduardo se aproximou de mim e deixei uma lágrima escorrer. Ele segurou meu queixo, enxugou minha lágrima...

- Ele foi um idiota, não fique assim. - disse ele colocando uma mecha do meu cabelo para trás.
- Por que está sendo legal comigo? Você é um idiota! - disse deixando mais lágrimas cairem.
- Posso ser um idiota, mas sou assim por um motivo... e sou um idiota legal. Eu posso ser seu amigo se quiser. - disse ele.
- Não precisa ter pena de mim! - disse eu me afastando e ele me puxou de volta.
- Eu não faço isso por pena, acho você legal e quero ser seu amigo. Eu vou te proteger para não chorar mais por nenhum outro garoto, fechado? - disse apontando o dedinho.
- Só se você não me abandonar... - disse eu.
- Prometo! - disse ele e juramos de dedinho.

A chuva se intensificou. Ficamos conversando até tarde. Minha mãe mandou fechar a porta para ela não escutar o barulho. Estávamos distraídos e aí percebemos que o chão havia molhado e molhou o colchão junto.

- Alguém vai ter que ir para o sofá! - disse Eduardo fazendo bico.
- O sofá é muito duro! - disse eu.
- Então vou ter que dormir contigo. - ele riu e eu corei.
- Se você ficar quieto na sua, tudo bem. - disse e abaixei a cabeça. Ele concordou.

Ele tirou a blusa enquanto eu me trocava no banheiro. Quando voltei, dei de cara com ele sem camisa e uauuu, corei na hora. Tranquei a porta para minha mãe não ver que estávamos na mesma cama, ela me mataria. Deitamos com uma boa distância. Conversamos mais um pouco e Eduardo começou a mexer no meu cabelo, acabei dormindo.

* Bônus Edu*

Doeu em mim ver a Camila chorar e senti vontade de proteger ela. A gente teve que dormir na mesma cama pois o colchão ficou encharcado. Ela se trocou e nossa, ela era muito sexy. A gente deitou e conversou. Eu comecei a fazer um carinho no cabelo dela e ela acabou adormecendo. Fiquei olhando ela por um tempo e a abracei e assim dormimos.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um amor inesperado Onde histórias criam vida. Descubra agora