Por que você voltou?

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Fui para casa o mais rápido possível. Eu não queria ver o Daniel nem pintado de ouro. Eu saí correndo da escola e quando estava quase em casa alguém me puxou. Era o Eduardo. Eu me joguei em teus braços e comecei a chorar sem parar. Ele me levou para a sua casa e me deu um copo d'agua.

- Por que saiu desse jeito? E por quê está chorando? - perguntou curioso.
- Ee..eeu v...vi... o Dan...iel! - disse ainda em choque.
- O que estava com a Ester? - perguntou.
- Sim Du, era ele, eu não acredito!
- Calma minha linda, eu vou te proteger! Lembra que te prometi? - disse calmo.
- Sim... - respondi chorando.

Ele me abraçou e assim ficamos o resto da tarde. Ele ficou alisando meu cabelo até eu dormir.
Já era noite quando eu acordei, eu estava morrendo de fome e senti um cheiro de bolo de chocolate. Fui até a cozinha e a mãe do Eduardo estava lá.

- Olá, você deve ser a Camila! Prazer, meu nome é Iara mas pode me chamar de tia! - disse sorridente.
- Olá senhora Iara, sou sim, o prazer é todo meu! - sorri para ela.
- Senhora não querida, tia! - sorriu e eu assenti.

Ela me ofereceu bolo e suco de laranja. O Eduardo não estava em casa mas logo chegou e me abraçou. Abri meu whatsaap e a Priscila havia me mandado uma foto dela e o Eduardo se beijando. A mãe dele saiu da cozinha nos deixando a sós.

- Dormiu bem e pelo visto com 4x a mais de fome! - disse rindo  e ri também.
- Talvez... mas onde você estava? - perguntei.
- Eu? Lugar nenhum! - disse desviando o olhar.
- Você não sabe mentir! - disse me levantando.
- Eu estava com a Pri! - disse ele.
- Ata. - disse fria.

Peguei minha mochila, estava prestes a ir embora, mas o Eduardo me puxou e me beijou. Me entreguei naquele beijo, mas senti falta de ar então saí do beijo.

- Quem você acha que é para brincar com meus sentimentos assim Edu? Poxa! - disse nervosa.
- Mas eu não estou Mila! Eu gosto de você. - disse ele.
- Gosta tanto que estava com a Priscila  agora pouco, beijando ela! - subi o tom de voz.
- Ela me agarrou Mila, peraí como sabe? - perguntou.
- Ela mesma me enviou! - exclamei.
- Não está óbvio para você que é armação não? - disse meio triste.
- Eu não sei Eduardo! - peguei minha bolsa e saí.

Doeu em mim fazer aquilo mas ele não podia brincar comigo assim. Cheguei em casa e comecei a chorar.  Pensei e fazia até sentido o que ele falou. Podia ser armação daquela cobra. Mas eu estava com medo demais de me machucar. Acabei dormindo.

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