Quando eu era mais nova meu pai me levou para minha primeira aula de natação, a escolinha dos peixinhos dourados ficava no final da minha rua e foi lá que meu pai me deixou sozinha por uma hora de instruções para crianças de quatro anos. Após meia hora de historinhas de encorajamento sobre como a água é divertida estávamos prontos para entrar na piscina, com boias, claro.
O professor ajudou um à um a entrar na água e a fazer o movimento certo dos braços de maneira repetitiva, eu estava sem boias ainda e em último lugar na fila quando alguma outra criança sem querer me empurrou para a grande piscina.
Não tenho certeza do que aconteceu comigo, afinal eu tinha quatro anos e é normal não se lembrar de tudo, mas a sensação livre de flutuar sem as boias foi inesquecível, e então eu percebi que não precisava de ajuda do professor para voltar a borda e colocar a boia, eu cheguei lá sozinha, foi como algo automático. E assim eu aprendi a nadar, totalmente no instinto e sozinha, sem contar, é claro, com o pequeno empurrão do meu colega estabanado.
Os anos se passaram e eu cresci, assim como minha admiração e paixão por nadar. Ao entrar no ensino médio eu já tinha uma bela coleção de prêmios e medalhas o que só me tornou mais competitiva, indo atrás de novos campeonatos. Com um objetivo em comum que me deixa firme sobre o que quero conquistar e aonde quero chegar.
Fora os dedicados treinos diários que tenho com Roberto, o professor da escola de natação, que passou a ser treinador depois de um tempo, me dedico ao ensino médio que estou a poucos anos de terminar, e quando acontecer poderei finalmente voltar toda minha atenção à aperfeiçoar minha carreira como nadadora.
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Nadando por novas águas
RomansaDois campeonatos Um de natação E o outro pelo coração