Morro do Céu - 3º Temporada - Continuação...

Capítulo 167

Eduarda: Eu não sou nenhuma criança retardada - ele me interrompeu

Dudu: Dois meses - eu fui abrir a boca - Se falar mais alguma coisa vai ser três!

Eduarda: Que saco! - fui pro meu quarto

       Eu só arrumo merda mesmo, logo hoje que tinha baile na CRC e eu já tinha marcado tudo com o pessoal eu fui ficar de castigo, eu passei o meu dia inteiro entediada, deitada olhando pro teto e mais nada. Quando foi de noitinha eu levantei, tomei um banho, coloquei meu pijama e desci pra comer alguma coisa. Tava lá na cozinha comendo e o Jonathan desceu as escadas correndo:

Jonathan: Otária, vacilou feio, era pra gente zoar tudo hoje!

Eduarda: A gente vai zoar tudo hoje - ri

Jonathan: Você tá de castigo e eu não vou te tirar de dentro de casa!

Eduarda: I medrosinho mete o pé que eu sei chegar lá sozinha!

Jonathan: Não inventa história sua louca - beijou minha testa e saiu de casa

       Eu terminei de comer, limpei tudo que eu sujei e subi, fui tomar outro banho, quando sai comecei a me maquiar, vesti um macaquinho, peguei um salto e tava pronta. Se meu pai me visse no baile eu tava ferrada, mas se ele não me visse tava legal, uma missão quase impossível mas eu adoro desafios, peguei a minha arma e coloquei na cintura porque ia sair sem seguranças, mirei a janela do meu quarto que era o único lugar que eu podia sair sem meus seguranças me verem, eu tirei o salto e pulei a janela, fui pela lateral da casa e meus seguranças estavam enfrente de casa então eu fui subindo a rua. Parei no ponto do moto táxi, coloquei meu salto, subi na moto e ele deu partida pra CRC. A entrada do Morro tava fechada então eu falei pra ele ir pela rua de cima porque se a gente parar ali alguém ia me conhecer, eu mandei ele me deixar a umas três ruas do baile e quando eu tava descendo numa boa começou o tiroteio, morador começou a correr de um lado pro outro e no meio do tumulto algum infeliz me conheceu, tirei o salto sai correndo e fui atirando neles e pronto minha munição tava acabando.

       Eu sai correndo no meio do povo também pra economizar minhas balas e quando eu subi uns caras começaram a mirar em mim e a primeira casa que eu vi eu entrei e caralho má sorte tinha gente lá dentro:

XXX: Quem é você? - tava no escuro

Eduarda: Olha só, não chega perto de mim que eu tô armada e sei usar essa coisinha aqui!

XXX: Aé? - chegou perto de mim me empurrou e pegou a arma - Só esqueceu de aprender primeiras defesas né? - debochou

Eduarda: Precipitado - peguei a arma do cara - Um fuzil Ak-47 nada mal pra alguém do seu tamanho

XXX: Uma Glock - olhou pra minha arma - Nada mal pra uma criança

Eduarda: Eu não sou criança!

XXX: Inexperiente então, tá conversando com um estranho!

Eduarda: Você que tá falando comigo!

XXX: Tá legal olha só, não vou te matar porque tô numa missão - pegou a arma dele de volta e me devolveu a minha - E eu não mato crianças, toma cuidado com essa belezinha aí! - se referiu a arma

Eduarda: Já disse que eu sei usar!

XXX: Espero que sim porque tem gente vindo pra cá - foi pra janela

Eduarda: Você teria sei lá munição? É que a minha tá acabando - ele me olhou feio

XXX: Amadores - me jogou um calibre 38

       Eu ia xingar aquele cara mas eu nem conhecia ele e ele me deu um calibre 38 mas me chamar de amadora era demais e eu ia mostrar a amadora pra ele. Eu comecei a atirar e acerta geral sem dó nenhuma porque eu não tinha pena mesmo e ele me olhou meio desesperado e quando não tinha mais ninguém ele apontou o fuzil pra mim:

XXX: Qual teu nome e pra quem você trabalha?

Eduarda: Eduarda e não trabalho pra ninguém, só sei me defender - ri

XXX: Eduarda eu vou te matar pela nossa segurança - o desespero bateu

Eduarda: Você disse que não mata criança e eu sou menor de idade, qual o seu nome?

XXX: Kevin!

Eduarda: Então! Amigos pelo amor de Deus! - ele riu

       Ele continuou rindo e depois começou a conversa comigo e na moral que homem gato da porra, a se meu pai descobre a onde eu tô ainda mais com um desconhecido.