Crying in the club • Camila Cabello & Shawn Mendes

Capítulo 2

- Tá. - Eu disse, enquanto nós dois fechamos a cara.
Ele ficou mexendo com os bonecos dele até que eu decidi ir brincar junto.
- Posso? - Perguntei, chegando perto.
- Pode. - Ele respondeu.
Começamos a brincar e foi divertido, ele continuava estranho pra mim mas era legal.
- Camila! - Escuto uma voz subindo as escadas e dizendo meu nome. - Temos que ir.
- Já vou. - Conclui que era minha mãe.
- Seu pai deve estar chegando. - Ela entrou no quarto junto com a mãe do Estranho.
- Que bom que se conheceram! - A mãe dele disse.
Dei um sorriso e levantei da cama.
- Tchau, Shawn! - Falei enquanto ia até à porta e fazia sinal com as mãos, de tchau.
- Tchau. - Ele disse e fez o mesmo.
Nós descemos me despedi da mãe do Estranho e sai com minha mãe.
O carro do meu pai estava estacionado na frente de casa.
- Alejandro? - Exclamou minha mãe.
- Oi querida, venha aqui! - Ele respondeu, sua voz vinha do meu quarto.
Nós fomos até lá e quando entrei havia um violão na mão dele.
- Papai! - Gritei e corri para abraçá-lo.
- Pra você. - Ele disse, enquanto me entregava o violão. - Comprei porque sei que você ama música e quer aprender a tocar.
- Muito obrigada, papai!
Peguei o violão, sentei na cama e comecei a mexer em suas cordas. Eu amava aquele barulho, não estava fazendo música mas gostava muito.

1 ano depois...
Shawn e eu aprendemos juntos a mexer no violão. Isso nos aproximou bastante. Ele era meu melhor amigo.
Depois de um dia muito chato eu fui finalmente dormir. Já estava adormecendo quando ouvi um barulho na janela. Com medo, viro para o outro lado na esperança de que não seja nada. Ouço o barulho novamente e me cubro totalmente com a coberta. Ouço batidas na janela e quando olho não acredito.
Vou em direção à janela e a abro.
- O que você tá fazendo aqui? - Pergunto.
- Vem comigo. - Era Shawn. Aquele menino era doido!
- Não, se meus pais descobrirem vão matar nós dois. Você é doido! São 2h da manhã, eu não vou.
Tentei fechar a janela mas ele colocou a mão no meio e a abriu novamente.
- Não vamos demorar. Prometo que vai ser rápido e ninguém vai descobrir.
- Não sei não...
Ele ficou me olhando durante uns segundos, tentando me convencer só com o olhar.
- Tá bom! Mas se alguém descobrir eu falo que a culpa foi toda sua!
- Ok. Vem!
Ele me ajudou a pular a janela, fechamos e descemos pelo telhado da casa.
Começamos a andar e eu estava morrendo de frio pois só estava de pijama.
- Você tá com frio? - Ele perguntou.
- Tá parecendo, né? - Disse e ri.
Ele tirou o casaco e me deu.
- Não precisa!
- Precisa sim, é melhor eu ficar resfriado do que você, seus pais podem desconfiar.
- E os seus não?
- Não.
Continuamos andando até que chegamos em uma casa diferente. Nunca tinha notado ela por ali. Subimos pelo telhado e chegamos até o topo dela.
- Pode sentar, não vamos cair. - Ele disse.
- O que estamos fazendo aqui, Shawn? - Perguntei, olhando a cidade.
- Só senta e espera!
Sentei-me ao seu lado e ficamos observando a paisagem. Deu 3h da manhã e uma estrela-cadente apareceu no céu.
- OLHA OLHA! Faz um pedido! - Balancei ele e fechei os olhos, fazendo um pedido.
Ele apenas riu e quando abri os olhos e olhei em sua direção, ele estava com os olhos diretamente no céu. Virei-me para a mesma direção e o céu estava repleto da mesma estrela.
- Acho que podemos fazer pedidos infinitos. - Disse.
- É uma chuva de meteoro. Mas acho que se você acreditar que são estrelas, podem ser. - Ele respondeu.
Eu ri, encostei minha cabeça em seu ombro e fiquei observando aquela performance no céu que os meteoros faziam.
Depois de um tempo, os meteoros diminuíram.
- Você quer voltar? - Ele perguntou.
- Não, mas acho que preciso voltar. - Ri.
- Vamos.
Ele desceu primeiro, segurou minha mão e me ajudou a descer. Voltamos para minha casa. Subimos pelo telhado novamente e paramos em frente à minha janela.
- Obrigada por isso. - Disse.
- Por nada. Para alguém que não queria ir parece que se divertiu muito. - Ele riu.
- Sim! - Respondi.
Ficamos nos olhando.
- Tchau, Shawn. Boa noite. - Dei um beijo em sua bochecha, tirei o casaco e o devolvi, abri a janela e entrei.
Lá de dentro acenei em sinal de tchau e ele fez o mesmo, dando um sorriso.
Me cobri novamente e adormeci.

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