Cap.2 - Não me toque!

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  Ao ouvirmos a porta abrir lentamente paramos instantaneamente de falar e a obervamos.

— Ciel, há um novo empreendedor interessado na fabricação. É para dizer pra ele voltar amanhã ou você... - disse uma voz feminina.

  Quando a porta de abriu por completo a senhorita Elizabeth me olhava. Corei ao lembrar que Sebastian e eu ainda estávamos de mãos dadas e a olhei paralisado. Ela não entendeu muito bem, portanto, se aproximou e me abraçou.
  Ao me abraçar ela acabou soltando nossas mãos e me prensou a parede.

— Ciel, está tudo bem? - ela sussurrou em meus ouvidos.

  Fiquei em silêncio.

— Ciel! - ela me olhou com lágrimas nos olhos - me diga algo!

  Lágrimas... Jurei a mim mesmo nunca a fazer a chorar. Olha o que aconteceu?! Eu gostaria de a ver sorrir, mas por que a dama apenas chora. Tão delicada e frágil,uma bonequinha.

— Eu vou indo... - disse Sebastian em um tom de voz rouco e baixo - os deixarei a sós.

  Sebastian saiu do cômodo e eu continuei ali, paralisado. Elizabeth alisava meu rosto e chorava ao me olhar.
  Despertei.

— S-Seb... - fui interrompido por Elizabeth que me beijou.

— Ciel, nunca mais faça isto - dizia em meio a vários beijos que me dava - nunca...

  N-não é... N-não é... Repetia em meus pensamentos.

— Claro Senhorita Elizabeth! - digo sorrindo para a jovem moça.

  Não era isso que queria dizer, por que eu disse isto?

   — Vamos? - ela concordou com a cabeça e segurou minhas mãos.

  Senti uma sensação estranha, talvez de desagrado. Era uma sensação ruim que me fazia ter enjoo.

  Saimos dali de mãos dadas e fomos para o salão principal. Ali se encontrava um senhor bem vestido. Seu terno parecia valer milhões e os sapatos importados.

  — Sr. Ciel, eu estava... - ele dizia até eu o interromper.

  — Em minha sala por favor. - falei andando até minha sala.

  Me sentei na poltrona e direcionei a atenção para o senhor - sente-se - falei olhando para a outra poltrona a minha frente. Ele se sentou na poltrona.

  — Agora podes dizer... - falei

   — Sr. Ciel, eu estavas a pensar em uma nova idéia para ajudar a nós dois, grandes empreendedores. - lhe dei permissão pra continuar - bom, que tal criarmos algum tipo de brinquedo que fosse para nós, adultos - ele limpou a garganta tossindo - acho que você não entenderá...

  — O que quer dizer com isto?

  — Humm... Se aproxime por favor - me aproximei - algo prazeroso, agora está entendendo o que desejo dizer?

  — Não - disse nada interessado.

  — Quer que eu lhe demonstre? - concordei - Se aproxime mais por favor, que tal sentarmos no chão?

  Sem dizer nada, apenas me levantei e sentei-me no chão com perna de índio. Ele se sentou a minha frente e deu um sorrisinho. Se aproximou mais e tirou algo de seu bolso.

  — Quer saber o que é isto? - perguntou me mostrando o que havia tirado do bolso.

  Era algo inusitado que me fez corar levemente e eu o encarei.

Meu Jovem Mestre (Yaoi) Onde histórias criam vida. Descubra agora