I. STEFAN

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 Amanhã será a chagada das selecionadas. Disseram que eu não poderia as conhecer no primeiro dia mas estava um tanto ansioso. Meu irmão estava praticamente em pânico, capaz de jogar a cabeça contra a parede de tanta ansiedade. Fiz questão de ler e reler as fichas das sorteadas pois seria uma vergonha se não soubesse o nome de nenhuma das jovens que talvez se tornasse minha futura mulher. No dia que elas chegaram, acordei cedo... na verdade, a ansiedade não me deixou dormir, então apenas me preparo para um longo dia e vou tomar café da manhã. Como a sala de jantar esta vazia posso aproveitar uns minutos de paz. Fico por ali por bastante tempo ate que resolvo verificar se meu irmão não teve um ataque ou algo do tipo, bato na porta do seu quarto a abrindo em seguida e colocando a cabeça para dentro:

- está acordado?

Vejo Alexander perto dos seus discos, escutando alguma musica calma que me fazia revirar os olhos so de escutar.

-pode entrar, ansioso?

Entro no seu quarto e me jogo na cama.

-que nada, achei que você já tinha se jogado da varanda e vim verificar.

-não te assusta nem um pouco o fato que hoje vão entrar um monte de desconhecidas que vão governar o país com a gente e não tem nada que a gente possa fazer? Você é louco.

-relaxa – digo me sentando na cama e o olhando – precisamos somente ter o controle. O bebezão tem medo de que uma garotinha tome o lugar dele? Owwn que fofo.

Vejo ele dando de ombros e desligando a musica.

-não, eu so... ah sei La. Quer fazer alguma coisa para distrair a mente disso tudo hoje? Vamos aproveitar enquanto nossa rotina não muda totalmente e parar de zoar com as inseguranças do coleguinha vamos?

Rio enquanto me levanto.

- tudo bem, vamos fazer brigadeiro? – digo enquanto ando ate a porta.

-não acredito que não tinha uma ideia melhor, mas so vamos, alias, você faz e eu como, estou sem animo para fazer nada hoje. – sinto ele me dando um leve empurrão e logo depois fechando a porta do quarto.

- okay. – começo a andar na direção da cozinha enquanto olho o chão. – fez o que ontem?

- nada demais, só terminando umas papeladas que o pai deixou. Ficou sabendo que o entrevistador ancião foi substituído por um da nossa idade? Não sei se acho isso legal...

- não acredito que as garotas já estão causando ciúmes no meu irmãozinho. – digo rindo enquanto entro na cozinha e começo a preparar o brigadeiro. – calma, somos mais gatos que ele.

- idiota... então, elas já chegaram? Porque a gente não da uma espiadinha de leve sem atrapalhar ninguém?

-pela movimentação dos criados acho que sim. – digo deixando o brigadeiro em um prato de lado. – uma espiadinha não mata ninguém ne, elas devem estar no jardim, o rei disse que vai ter um chá ou algo do tipo. – digo me levantando e vendo Alec ir ate a grande janela da cozinha que dava para o jardim.

-imagina que elas estão ficando amiguinhas agora, você acha que depois de um tempo elas começam a brigar pela gente ou eu so estou me iludindo? – escuto o que Alec diz enquanto vou ate a janela ficando ao seu lado.

- por mim elas vão brigar com certeza sabe, já por você... – brinco e dou um murrinho em seu braço.

- para, você sabe que eu não gosto dessas brincadeiras bestas. – ele diz bem gay retribuindo o murrinho em mim so que mais forte.

- nunca gostou. – digo fazendo igual a ele. – mas é legal te irritar.

- deixa de ser ridículo cara, você so gosta de me deixar para baixo porque sabe que a mamãe queria que eu assumisse o trono sozinho. – sabia que ele estava dizendo isso para me irritar, mas não quero nem saber, desculpa pai vou partir para violência.

- diz isso porque sabe que o papai sempre gostou mais de mim... – digo dando um diretão no rosto dele.

Alexander cambaleia para trás se segurando em mim e caindo da janela da cozinha para o jardim.

- SEU IDIOTA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ. – ele grita sem nenhuma cerimônia para ser discreto.

- AGORA A CULPA E MINHA? – me levanto sentindo uma dor no ombro.

- Jesus, vocês estão bem?

- falaram para mim que anjos caiam do céu, agora deuses gregos já e demais.

Escuto vozes femininas e olho para Alec como "fodeu, ainda da tempo de correr?". Ele se vira para elas quase pálido.

- de-desculpa –ele olha para mim e se senta no chão porque é uma bicha fraca – acho que preciso ir para a enfermaria.

- que isso, cicatrizes são feitas para lembrar das nossas aventuras, e alem do mais, deve doer cair do céu. – reconheço a menina que fala e que nos chamou de deuses como Dominic, e a moça que estava a acompanhando como Isabelle.

- vocês querem ajuda? – Isabelle diz toda meiga.

- estamos bem, não foi nada. – aponto para Alec – é frescura.

Saio andando dali irritado e escuto Dominic dizer "vamos Isa, deixa pra la". Depois de dar alguns passos escuto mais gritos.

- que merda e essa?

Me viro para minha querida irmã mais nova, Liesel.

- seu irmãozinho e muito fresco e não sabe o significado da palavra brincadeira. – observo as duas selecionadas se afastando e um delas diz "ta vendo isso? O jeito deles? Por isso eu não criei expectativas Isa, um bando de folgados." Isa balança a cabeça e so consigo escutar "estavam em um mau momento... cair da janela não deve ser uma coisa boa" antes delas se afastarem. Resolvo apenas ignorar isso porque estava muito irritado para lidar com garotas agora. Volto meu olhar para eles e vejo que Alec já meteu o pe, claro, sempre fugindo. Sinto alguém esbarrar em mim e a seguro para não perder o equilíbrio.

- perdão vossa majestade. – murmurou a menina que reconheci como Hayley depois de olhar bem para seu rosto. – eu estava indo a caminho do chá... lhe machuquei?

- tudo bem, se machucou não faz diferença, me de licença... – a soltei e fui em direção a enfermaria. Já havia sido um longo dia por hoje.

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