II. ALEXANDER

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Estava andando pelo jardim depois da enfermeira insinuar a mesma coisa que o meu irmão, que eu era um fracote, e dizer que nada serio aconteceu comigo, e percebo que eu fui mais errado na historia, então vou procurar Stefan para fazer as pazes. Entro na sala de musica para encontrar ele quando encontro algumas pessoas la, com Liesel, que não deveria encontrar ninguém também, e Luhan, amigo gay da Liesel. Alem deles, la estava Isabelle de mais cedo e Megan, que eu não havia encontrado ainda.

- desculpa, mas estão fazendo o que? – digo chamando a atenção deles.

- estamos mostrando o castelo para as meninas, por que não se junta a gente? – liesel diz se virando para mim.

- não tenho nada para fazer mesmo então não vejo problema... onde vamos primeiro?

- para onde você quiser gatão – diz luhan arrancando risada de Megan e um sorriso envergonhado meu pelo tamanho assédio.

- não se empolga Luhan! – diz Liesel fazendo Luhan se desculpar enquanto dou uma olhada nas selecionadas que eram bem bonitas, espero que Stefan não tente rouba-las.

- sei que me conheceram de maneira errada, que tal a gente tentar formar uma segunda primeira impressão? – digo para Isabelle que viu i incidente do jardim e Megan que não estava la, mas sabia por experiência própria que os boatos corriam depressa aqui no castelo.

-verdade, ola meu nome é Jaqueline eu tenho 12 anos e já transo.

- Luhan! – liesel exclama enquanto eu rio alto para disfarçar o fato de estar com vergonha.

- sorryy amor, não aguentei. – ele cantarola até que todos nos escutamos barulhos altos pelo castelo.

Olho para fora da sala tentando entender o que estava acontecendo, via pessoas agitadas e guardas correndo​ de um lado para outro, e quando a palavra "ataque" faz sentido na minha mente, começo a ficar nervoso.

- TEMOS QUE NOS ESCONDER – empurro todos para fora da sala e corro o mais rápido possível para o esconderijo mais próximo, mexo na estatua que é a abertura para o esconderijo impaciente enquanto espero a porta abrir.

- lia e Alec podem ir com elas, vou procurar a minha mãe – vejo Luhan sair correndo na direção da cozinha, onde sua mãe trabalhava, antes que eu pudesse contestar.

- eu vou com você – diz Liesel.

- não, você fica. – vejo mais uma selecionada no corredor, acho que o nome dela era Michelle, se não me engano, e a puxo colocando todos eles la dentro e fechando a porta.

- vou procurar outras selecionadas, não saiam daí – grito para me escutarem la de dentro e corro o mais rápido possível. Vejo uma selecionada correndo assustada e vou ate ela .

- ei vem comigo por favor, eu sei onde tem esconderijo. – seguro sua mão e sinto ela apertar de leve enquanto me segue correndo. Abro mais um esconderijo e entramos juntos, deixo a porta aberta por um momento para o caso de ver mais alguém. Olho para a moça que veio comigo e a conheço como Laura, logo alguém se aproxima e olho rápido para fora vendo a selecionada Katherine correndo na nossa direção. Logo que ela entra fecho a porta para não nos arriscar mais.

- todo mundo bem? Me desculpem isso não costuma acontecer mas a seleção é um alvo deles.

- so machuquei o braço enquanto corria, mas estou bem. – diz katherine.

- eu estou bem, alias, muito obrigada por me achar no meio daquela confusão toda. – Laura da um leve sorriso e eu me sento encostado na parede de pedra do esconderijo.

- eu estava muito preocupado, não sei o que faria se acontecesse algo com vocês, que bom que estão bem mas eu ainda não sei as outras...

- e as criadas? Elas sabem onde é o esconderijo? – olho Laura que mostra uma expressão de preocupada – elas foram uns amores comigo, eu vou ficar muito mal se algo acontecer com elas.

- sim, ainda bem, todos do castelo são informados, foi um grande erro não falarem nada para vocês.

Ficamos em silencio por um momento. Eu observava Katherine encolhida em um canto abraçada a suas pernas e Laura pensativa, olhando para sua mão. Não sabia se deveria falar algo para confortar elas, afinal, estava com medo pelas pessoas do lado de fora dos abrigos e tentava parecer forte para não causar pânico e para as meninas se sentirem melhor do que eu me sentia. Resolvo falar algo porque no momento qualquer besteira que eu pudesse falar era melhor do que todo barulho de destruição que vinha de fora.

- a única coisa que podemos fazer agora é esperar, esperar a poeira abaixar, esperar tudo se acalmar e esperar que tudo fique bem, então aproveitem para descansar, vocês devem estar cansadas desse dia cheio.

- acho que manter a calma agora é muito difícil, pessoas morreram la fora, pessoas que estavam vivas ate uma hora atrás estão mortas agora... pessoas que tinham famílias, amigos... – olho para o chão sem dizer nada, porque realmente concordava com o que ela diz.

Espero o tempo passar e continuo olhando para o chão. Não podia chorar agora, tinha que se manter firme por elas.

- sabe... mas a culpa não foi de ninguém aqui, de ninguém. – Laura diz e olho para ela mais aliviado por não estar me culpando. – muita gente foi salva, tenho certeza.

Olho para o teto quando escuto o anuncio do fim do ataque e peço que esperem mais alguns minutos por segurança antes da gente sair.

A moça Katherine corre na direção do quarto assim que sai do abrigo, o que me faz pensar que algumas selecionadas não irão querer permanecer depois das coisas vistas hoje. Laura agradece mais uma vez antes de se retirar após uma reverencia. Fico parado ali por um momento em choque pelo estado do castelo pensando no que poderia ter acontecido durante esse tempo. Começo a andar pelo corredor e encontro katherine de novo, ela me diz estar preocupada por não encontrar suas criadas no quarto e eu a levo ate a ala hospitalar para ver se as encontramos, me encosto no batente da porta observando a emoção da moça ao encontrar as criadas que conhecia a tão pouco tempo. Havia passado pouco tempo com as meninas e sabia que todas elas eram ótimas mulheres. Só agora me dou conta de como vou ter uma escolha longa pela frente.    

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