CAPÍTULO 3 "JÚLIO"

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Dois dias depois de sua madrasta pegar no flagra ele e Luiz transando. O pai de Léo se divorciou. O plano deu certo, e era aquilo que o garoto mais queria. Liberdade.

Quando saiu da casa da madrasta, Leonardo sabia que teria que deixar muita coisa pra trás. Como por exemplo, Júlio, o carinha que lhe tirou a virgindade. Eu vou dar uma resumida nessa história para vocês.

Na rua de Leonardo, moravam muitos jovens da sua idade. Alexandre, Vitória, Amanda e Camila. Esses eram os vizinhos.

Camila e Amanda conheciam o Júlio, ele tinha uma moto e era super afim das irmãs. Ele fazia de tudo por elas. Certo dia, elas convidaram Léo para tomar coca-cola na pracinha que ficava uns dois quarteirões pra baixo. Ele, na inocência, aceitou. Só que tinha um porém. O pai do garoto não permitia que ele fosse para aqueles lados do bairro, já que lá, era muito mal falado.

Leonardo era radical. Ele gostava de perigo, e foi essas qualidades que o fizeram ir. Chegando lá, deu de cara com Júlio. E olha que ironia. Os dois se odiavam.

Léo odiava Júlio porque o rapaz se gabava demais. Ele era do tipo fitness. Malhava todos os dias. Falava mal dos amigos para poder crescer diante dos outros, mas quando estava com eles, fingia que era o melhor parceiro do mundo.

Júlio odiava Léo pelo jeito do garoto ser. Ele era alegre, fazia as pessoas sorrir. Tinha todos os tipos de amizades. Mas, o pior de todos, é que os amigos de Júlio já haviam ficado com o garoto. Ele ainda era virgem, mas beijava muito.

Enfim. Eles não se falavam, e foi assim todo o momento naquela pracinha, até que Léo olhou no celular e viu que seu pai sairia para trabalhar aquele momento, e que ele passava pela pracinha para poder pegar pista. Ficou desesperado, não havia o que fazer, a não ser ir embora.

Mas, e se seu pai o visse subindo a rua? Não iria dar muito certo. Até que então, Júlio, pela primeira vez na vida, dirigiu a palavra até Leonardo.

-Pega o capacete aí encima! Eu te levo lá!

-Não! Não precisa! -Disse Léo sem graça. -Vou andando mesmo!

-Pega o capacete! -Repetiu com uma voz calma e virando um copo de coca.

-O.K, me deixa direto em casa!

O garoto então pegou o capacete e subiu na moto. Júlio acelerou. A rua de Leonardo já estava chegando, e quando chegou, Júlio não parou. Continuou a subir ruas, e ele só parou quando chegaram em uma rua fechada, sem casas e sem pessoas por perto.

Leonardo achou que ia ser deixado ali mesmo. Os dois se odiavam. Ele poderia deixá-lo ali e ir embora de moto. Seria a pior das vergonhas.

O garoto então desceu da moto e começou a caminhar. Júlio fez o mesmo e o parou puxando seu braço.

-Ei, vem aqui, quero falar com você. -Falou com o capacete na outra mão.

-É só dizer, estou ouvindo.

-Para de marra, Léo! Eu sei que você me quer! Você acha que eu não percebo seus olhares para mim? -Perguntou o rapaz com uma voz de orgulho.

-Está delirando? Moço, eu te olho com cara de nojo quando tu começa a se gabar! -Respondeu Léo rindo.

-Fala sério! Eu te desejo! Você não percebe que eu falo o que falo só pra te impressionar? Caramba! Me dá uma chance! Fica comigo!

-As coisas não são tão fáceis assim! Você precisou me trazer até aqui para me dizer isso... Quer saber? Foda-se! Me beija logo! Você é um gostosinho mesmo!

E assim os dois se beijaram. Alguns dias depois, Júlio levou Léo até sua casa, e lá, tirou-lhe a virgindade.

                              ~"~

GENTE, ESSAS COISAS SOBRE O PASSADO DO LÉO SÃO FUNDAMENTAIS PARA VOCÊS!

LÉO PERDEU A VIRGINDADE COM JÚLIO PARA PODER TRANSAR COM LUIZ! NÃO SE ESQUEÇAM!

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O RUIVO DO UBER -ROMANCE GAY- Onde histórias criam vida. Descubra agora