CAPÍTULO 5

158 12 0
                                    



Becca

Estamos nos olhando a alguns segundos, não consigo desviar e uma mistura de sentimentos me invade mas no momento o que mais predomina é raiva, raiva por ele estar querendo que entre em um carro quando não posso nem pensar em uma possibilidade dessa faz quatro meses que não entro em um veículo e evito o máximo possível ônibus como agora, eu só queria ir para minha casa caminhando e apreciando a noite mas ele tinha que aparecer, tinha que impor sua presença no restaurante e eu não associei nada e fui pega de surpresa.

Depois de uma noite de sono que eu quase nem acreditei que tive me permitindo sonhar e ficar tranquila sem ajuda de remédios porem com os pensamentos nele e no modo como agiu comigo, eu queria poder conversar e fazer uma nova amizade, mas eu sei que vou estragar tudo mais para frente então vou ficar na minha, evito saber qualquer informação sobre ele é melhor assim quanto menos eu souber menos meu coração cria expectativas, e expectativas erradas!

Fui pro restaurante e as quatro quando meu turno ia encerrar senhora Amália me pediu para cobrir o turno de Anne que avisou de última hora sua ausência, eu não queria ficar mas Senhora Amália começou a passar mal, infelizmente a pressão alta decidiu ser a melhor amiga dela e de tempos em tempos ela resolve fazer uma visitinha. Fiquei preocupada permaneci até tarde no restaurante Senhora Amália ia receber uma família de muita importância na vida dela e me pediu para avisar-lhe quando fosse embora, mal sabia eu que essa família ia ter um membro que eu não gostaria muito de ver, consegui me despedir rápido depois do choque de ver ele ali mas ele me achou e agora insiste em me dar carona mas não entro nesse carro nem ferrando. Não quero matar mais ninguém não quero ter que lidar com mais nada.

- Eu aprecio sua gentiliza, mas não é necessário, tenha uma boa noite. – eu me acalmo, ele não tem culpa afinal não sabe sobre meus traumas, eu viro e volto a andar o olhar dele sobre mim é cortante parece que quer me jogar dentro do carro, por isso me ponho a andar porem sinto ele puxando meu braço me forçando a virar, ele desligou o carro e estacionou vindo atrás de mim.

- Serio eu não consigo entender você Becca é apenas uma carona, mas não posso deixar você voltar sozinha para casa nessa escuridão é perigoso, eu vou te acompanhar. – Eu quero recusar não posso aceitar.


-Tudo bem se te faz se sentir melhor. – É isso eu vou aceitar afinal é apenas uma caminhada não é como se ele fosse se declarar e me agarrar e eu me entregar, não nada disso!

- Acho que devemos nos apresentar corretamente Becca que tal?

-Se você insiste.... Eu me chamo Becca Sanders tenho 22 anos e trabalho no restaurante da Senhora Amália. – Eu conto o básico e necessário no momento.

- Muito prazer Becca, me chamo David tenho 26 anos e trabalho com meu pai. – Ele diz sério e parece que esconde algo também, pelo jeito não sou apenas eu com meus mistérios.

-Seus pais pareceram ser boas pessoas, Senhora Amália gosta muito de vocês principalmente sua mãe. - decido puxar assunto a caminhada vai ser longa e estranha, não consigo pensar direito com ele ao meu lado me observando e analisando.

-Você não conhece minha família? - Ele pergunta surpreso, eu nego com a cabeça e ele abre um sorriso maravilhoso, eu sorrio também copiando seu gesto mas acho que pelo motivo diferente.

- Parece que você ficou feliz em saber disso.

- Não é isso  apenas... normal minha família é igual a todas! Mas me diz qual sua relação com a Senhora, ela pareceu ter um carinho enorme por você – Oficialmente ele está escondendo algo de mim, mas deixo isso pra lá ele comenta sobre a Senhora Amália e meu coração já se enche de emoção.

O PODER DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora