CAPÍTULO 8

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David

Jordana está passando dos limites, antes era apenas mensagens de tempos em tempos, agora é mensagens e ligações, já falei com ela e disse que foi apenas coisa de momento nada importante, mas ela não aceita, acredita fielmente que estou apaixonado, se ela soubesse que estou é pegando nojo detesto mulheres assim que ficam se humilhando.

Espero que o Raul consiga resolver essa situação, ele trabalha com desenvolvimento tecnológico consegue manipular muito bem telefones e outros aparelhos ele irá tentar bloquear meu número de telefone dela ou sei la dar algum jeito, não quero me envolver com ninguém no momento, minha cabeça está voltada para Becca preciso ajuda-la. Ver ela frágil, precisando de ajuda mas ao mesmo tempo de queixo erguido tentando seguir sua vida mexeu comigo, no momento estou sentido algum tipo de força me puxando a ela, quero e vou tornar sua vida mais feliz.

Meus planos eram ficar aqui no seu apartamento o dia todo, mas ela precisa distrair e após eu oferecer um passeio e ver seus olhinhos brilhando não consegui ter outra ideia em mente, ela dormindo é linda, acordada é linda e agora arrumada mas simples é mais linda ainda.

- Está muito calor, você gostaria de um sorvete no parque? - quando saímos de seu apartamento eu percebo que ela está acanhada preciso quebrar este clima para ela se sentir bem, eu a direciono a um parque, tem várias árvores e muito verde, tem algumas crianças se divertindo nos brinquedos, dois casais de idosos fazendo caminhada, outros casais namorando, alguns cachorros bebendo Água da fonte. Parece o dia perfeito porém isso me traz um pouco de medo, tudo que parece ser bom dura pouco.

- Pode ser, de chocolate por favor. – Ela se senta em um banco e eu vou comprar  com um senhor que está carregando um carinho de sorvete. Peço dois picolés de chocolate e volto, ela está olhando as crianças brincarem e tem um sorriso no rosto.


- Você gosta de crianças? - eu pergunto após entregar o sorvete a ela.

- Eu gosto sim, mas acho que não é reciproco meu amor por eles.

- Porque? eles não compartilham do seu amor?

- Exatamente, é sempre a mesma coisa não posso ver um bebê que já quero agarrar ele, fico muito feliz porém a primeira coisa que o bebê faz quando me olha é abrir um berreiro. Mas não precisa ficar triste já acostumei em ser maltratada por aquelas miniaturas de gente. – Ela diz essas coisas com uma calma que não consigo ficar serio acabo rindo dela.

- Que dó ser maltratada desse jeito é muita injustiça Becca. – Eu não consigo parar de rir essa mulher é doida

- Você fica rindo porque aposto que as crianças te olham e já se derretem toda. – Ela fala toda séria e percebo que eu não sei qual a reação das crianças comigo.

- Você pode não acreditar, mas eu nunca peguei um bebê no colo ou conversei com uma criança.

-Para é sério? A gente precisa resolver isso vem. – Ela levanta de repente e me puxa pela mão ainda bem que o sorvete já se foi faz tempo se não iria cair tudo.

- Calma Bravinha, não é assim que as coisas funcionam você quer parar qualquer criança do nada e conversar? Os pais vão achar que queremos raptar elas. – Ela começa a dar risada e dá de ombros não ligando para o que estou falando. Paramos em frente a um grupo de meninos por volta de 7 anos, eles estão jogando bola, na verdade eles estão arrastando a bola  um para o outro.

- Pronto agora é só ir lá e ter sua primeira experiência infantil. - Elame empurra para o grupo e fico sem saber o que fazer, ela é louca. As crianças  param de jogar a bola e ficam me olhando, droga o que eu faço,  olho para Becca e ela está me apontando para seguir em frente.


- Você que passar tio? se for vai logo você está atrapalhando jogo - um garotinho com a bola na mão me pergunta com o ar entediado.

- Na verdade eu nunca joguei esse jogo, vocês não gostariam de me ensinar? eu queria jogar com vocês posso? - eles me olham sem acreditar com cara de bravos, acho que vou ser atacado por esses pequenos.

- Não tio, vai fazer coisas de adulto e deixa a gente jogar aqui. – Caramba fui expulso e na maior cara lavada desses pestinhas, eu dou meia volta e vejo a Becca vermelha de tanto rir, eu acabo rindo também primeira vez que faço uma coisa sem noção dessa e ainda fui expulso é mole.

- Meu Deus você é pior com criança que eu – ela diz sem remorso algum.

- Vem vamos ver um filme depois comer alguma coisa, já constatamos que somos péssimos com crianças e que o calor está afetando sua mente, cada ideia eu hein.

Fomos ao shopping ver qualquer filme, eu apenas queria ficar com ela então pedi que escolhesse tudo. Não prestei atenção, mas pelas risadas acho que ela se divertiu eu não conseguia tirar o olho e apreciar a cena, ela não tem vergonha enchia a mão de pipoca e colocava na boca sem modéstia alguma, comeu praticamente um balde sozinha, tão natural, nada nela é forçado ela não me trata diferente apenas é ela mesma. Cada vez mais quero conhece-la e estar perto, quero proteger e cuidar, e quero mais que tudo que ela precise de mim.

- Vem David Vamos, você está sentado aí a um tempão os créditos finais até já passaram, foi muito bom não foi, não vejo a hora de ver o próximo filme, você não gostou? - Becca está empolgada me perguntando sobre o filme um filme que não tenho a menor ideia do que se trata.


- Claro eu também, com certeza não podemos perder o próximo.

- Nós vamos jantar agora? estou com fome. - Ela faz uma carinha triste que não me engana.

- Meu Deus Becca você comeu um balde de pipoca agora pouco.

- Ah para, pipoca todo mundo sabe que não sustenta ninguém viu. Vamos comer aqui mesmo? estou louca por um desses hamburguês com batata frita, apesar que esse shopping é muito de gente rica estou com medo de pedir essas coisas e me olharem estranho. – Realmente esse shopping é mais voltado para um público com uma conta gorda, mas ela não pode se sentir diminuída por isso.

- Shoppings são todos iguais não seja boba, vem vamos comer esse hambúrguer que até eu fiquei com vontade.

Há anos que não frequento um shopping, vejo um filme no cinema e muito menos saio para comer hambúrguer, estou praticamente perdido aqui dentro, mas não quero que ela saiba, sorte que tem placas indicado onde fica a praça de alimentação. Vamos indo e passando em frente de lojas que conheço muito bem e que fazem parte do meu mundo mas creio que não do de Becca, em quanto as mulheres param para admirar a beleza do produtos caros de cada loja ela apenas segue em frente com um único objetivo, conquistar seu hambúrguer.

Quando estamos em frente a Dior ela olha de relance e para com tudo, corre a vitrine e fica olhando um anel solitário.

- Olha David que anel mais lindo. – Seus olhos marejam e eu fico perdido sem intender.

- Você gostou dele?

- É maravilhoso... quando fiz 15 anos meus pais vieram em uma loja assimcomo essa comprar um anel para mim, era o que eu mais queria, mas era muitocaro e meus pais estavam passando por uma dificuldade financeira muito  grande, então abri mão de qualquer presente e pedi a eles para usarem o dinheiro da melhor forma. – Escorre uma lágrima em seu rosto e eu limpo com meu polegar.


- Tudo bem Becca tenho certeza que você ainda vai ter um anel desse um dia. – Vou comprar a ela um, isso já está decidido mas como vou entregar ? ela não pode saber que tenho dinheiro para comprar essas coisas. Vou pensar em um modo, mas ela vai ter um anel.

- Acho que não... Mas tudo bem David eu apenas me emocionei desculpe.

- Vem vamos comer e esquecer ...

-DAVID ? - eu sou interrompido com alguém chamando meu nome, olho e vejo Jordana saindo de dentro da Dior. Ela me abraça e beija meu rosto, não consigo corresponder, droga porque essa mulher tinha que aparecer aqui? Eu vejo Becca mas ela está fuzilando Jordana com o olhar, isso não vai dar certo!

O PODER DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora