Trinta e Dois

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Jônatas

— Aneee!!! — Grito correndo ofegante atrás dela, mas ela está correndo muito rápido, mas eu não vou desistir tão fácil.

Do nada os meus pés vacilam me obrigando a parar de correr ao ver a Ane parada na avenida chorando em prantos com as mãos no rosto e quando eu percebo que ela está em pânico olhando pra um caminhão que está vindo longe, eu volto a correr e a empurro com tudo caindo abraçado com ela no chão e graças a Deus o caminhão passa e não atropela ela.

Ela se levanta assustada e eu tento segurar em seu braço.

— Ane porque você foi fazer isso? — Digo preocupado, mas ela não parece me escutar o seu olhar parece o mesmo da Ane sofrida da primeira vez que eu a conheci.

E a Ane olha no fundo dos meus olhos e começa a gritar comigo e me bater.

— Me solta! Eu não quero voltar pra você eu te odeio Marcos. Eu te odeio!!! Porque você continua me perseguindo? Me soltaaa e me deixa em paz. — Em meio as lágrimas eu ainda segurando ela firme a Ane está fora de si.

Eu não vejo outra escolha do que não ter que gritar com ela. — Ane!!! Pelo amor de Deus pare, sou eu o Jônatas e quando eu digo o meu nome ela vai me batendo aos poucos até perder as suas forças e cair de joelhos no chão chorando e a Gisele aparece atravessando a rua correndo até a gente é cai de joelhos abraçada com a Ane chorando.

— Ane porque você foi fazer isso hein? Você estava tão bem minha amiga! Você quer me matar do coração? — Ela diz chorando e tremendo olhando pra Ane, enquanto o meu coração está batendo acelerado.

Ela segura as mãos de Gisele e olha pra ela assustada ainda chorando. — Eu vi ele Gigi o Marcos ele quer se vingar de mim. Eu juro que não fiz nada pra ele, mas ele não vai descansar até me destruir aos poucos.

Marcos? Aliás quem é esse maluco meu Deus?

— Ane para com isso é tudo coisa da sua cabeça, vem eu vou te levar pra casa. — Diz Gisele se levantando e tentando puxar a mão da Ane, mas ela se solta de Gisele com violência.

— Eu não quero voltar pra casa, me deixem sozinha; vão embora daqui.

Meu Deus ela está agindo que nem a mulher de agora a pouco.

Eu puxo a Gigi de lado e falo algo com ela enquanto Ane está abraçada em seu próprio corpo chorando.

— Gisele volta pra igreja e explica tudo pro meu tio, por favor confie em mim que eu vou cuidar dela.

— Jônatas eu não sei, ela mau te conhece.

— Gisele por favor! Nesse momento você tá sem condições, está abalada.

— E como eu não ficaria? A minha melhor amiga quase se matou agora a pouco.

— Mas ela está aqui agora não está? Por favor confia em mim? Consegue voltar sozinha pra igreja?

Ela assente e eu fico um pouco aliviado e Gisele se aproxima acariciando os cabelos de Ane e deixa um beijo estalado em sua bochecha. — Me perdoa por não ter chegado a tempo minha amiga, mas eu acredito que você vai estar em boas mãos.

Gisele seca as lágrimas que caíram do seu rosto e vai embora me deixando sozinho com Ane.

E antes que eu me aproxime a Ane se vira furiosa pra mim. — Vai embora! Eu não te quero aqui.

Eu respiro fundo e dou dois passos próximo a ela. — E o que você vai fazer se eu não ir embora? Vai me bater de novo?

Ela balança a cabeça em negativa. — Quer saber não vale apena perder o meu tempo com você! Você é igual a todos eles Jônatas.

Será que ela tá me comparando com esse tal Marcos? Ah ela deve ter ficado louca.

Eu posso ser feio, desajeitado, errar as palavras; mas eu nunca teria coragem de fazer uma mulher chorar.

Isso só aconteceu quando a minha mãe estava internada no hospital e quando eu disse que a amava e que eu nunca desistiria dela, foi ali que ela chorou, foi ali que eu fiz uma mulher chorar pela primeira vez.

Mas sabe o curioso disso tudo? Que ali naquela maca do hospital eu também chorei.

Poderia ter lutado mais pela vida da minha mãe, mas eu fui tolo demais.

Se a Ane está diante de mim eu não vou deixar ela ter o mesmo fim que a minha mãe teve que foi a morte e o pior de todos morreu sem a sua salvação e até hoje isso me machuca.

Eu olho firme pra Ane e seguro no braço dela e saio puxando ela que grita comigo.

— Eu já falei pra me soltar Jônatas, você é surdo?

Eu abro um sorriso irônico. — Talvez eu seja surdo Ane.

— Se você não me soltar agora, eu vou gritar bem alto que você é um sequestrador.

Eu paro de andar ainda segurando o braço dela firme e olho no fundo dos olhos dela. — Você teve a oportunidade de ter gritado antes e porque não o fez? Então agora fique quieta e pare de fazer drama.

Eu volto a andar ainda puxando ela pra tirar ela dali e ela permanece em silêncio.

Até porque eu não quero que ela fique no lugar a onde quase perdeu a vida em alguns minutos atrás.

Avisto o parque!

Crianças brincando, senhores e senhoras de idade fazendo caminhada com alguns jovens e me aproximo de um banco soltando o braço de Ane.

— Pronto chegamos!!! — Digo sorrindo.

Ela revira os olhos. — Que patético.

Eu cruzo os braços. — É tão curioso.

Ela me olha bem séria. — O que é curioso?

— A forma como você muda de humor e continua sendo a mesma Ane indefesa que eu conheci naquele dia na rua. Que só precisa de um pouco de ajuda pra descobrir a mulher maravilhosa que é.

Ela fica em silêncio olhando fundo nos meus olhos e eu acho que falei besteira, porque querendo ou não os olhos dela acabam me intimidando.

Continua...

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🖤❤️🖤 Hello 🖤❤️🖤

Nossa Ane quer matar a gente do coração?

Que bom que o Jônatas chegou a tempo.

🖤❤️🖤 Amo Vocês 🖤❤️🖤

De Volta Ao Primeiro Amor - [Livro 1] (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora