Cap.8 A Discussão

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Sunshine narrando:
Acordei com o barulho da TV e lembrei que tinha esquecido ela ligada quando fomos dormir. Olhei pro lado e vi que Rainbow e Julia ainda estavam dormindo então resolvi descer pra comer alguma coisa.
(Você é muito gulosa, se empanturrou de comida ontem e já tá com fome de novo.)
Sou gulosa mesmo, eu comi faz umas 4 ou 5 horas então eu tenho direito de comer de novo tá, até porque você não manda em mim então me deixa.
(Eu sou você, trouxa.)
E daí?
(E daí que tudo o que você supostamente "manda" o seu corpo fazer eu faço também.)
E o que isso tem a ver?
(Que se você "manda" o seu corpo fazer alguma coisa eu mando também, o que significa que tecnicamente eu mando em você.)                               
O que você acabou de falar foi muito sem sentido mas ok.
Desci as escadas e vi meu pai sentado no sofá beijando uma mulher.
Eu: – O que essa mulher tá fazendo aqui e porque você tá beijando ela pai?– perguntei interrompendo o beijo deles.
Pai: – Ah! Filha essa é a Carolinna, minha... na... namorada.– ele gaguejou
Eu: – É O QUE?? Faz um ano que a mamãe morreu e você já tá querendo substituir ela por essa vadia aí? Você não tem um mínimo respeito pela morte dela!– eu gritei e tenho certeza de que estava muito vermelha porque eu tava com muita raiva.
Pai: – Olha só, você não pode dizer se eu tenho o direito de namorar ou não, a sua mãe morreu faz um ano e eu sinto muita falta dela , sim, só que eu estou tentando seguir a minha vida sem ela, e acho que você devia fazer o mesmo em vez de ficar excluída se vestindo que nem um vampiro. E não chama a Carolinna de vadia!– ele disse e eu saí correndo em direção a escada, dando de cara com as meninas que já tinham acordado.
(Não, sabe. Elas ainda estão dormindo, não tá vendo que elas são sonâmbulas?)
Hahaha. Só um minutinho que eu vou procurar a graça ali e já volto.
Minha conversa com a Sub foi interrompida pelo meu pai.
Pai: – Onde você vai?–
Eu: – Pra bem longe de você é dessa vadia aí!–  gritei da escada. –
Pai: – Já chega! Você tá de castigo por um mês e não vai poder sair de casa, só pra ir pra escola!– ele gritou e eu subi correndo, com as meninas logo atras de mim.
Deitei na cama e comecei a chorar, sempre que fico com muita raiva ou triste eu choro, é uma coisa que nunca consigo controlar, mesmo que eu tente, só que dessa vez era uma mistura de raiva e tristeza que tinha tomado conta de mim. Pedi para as meninas irem embora pois queria ficar sozinha e elas foram. Peguei uma caixinha que continha uma pequena lâmina dentro e me tranquei no banheiro. Enchi a banheira e comecei a me cortar, por cima dos outros cortes que já estavam cicatrizando, parei quando vi que a água da banheira já estava quase da cor do sangue que saía de meus pulsos. Lavei meus braços e esvaziei a banheira. Troquei meu pijama confortável do Mickey por um moletom cinza escuro e uma calça-legging preta, abri a janela do meu quarto, joguei um travesseiro no jardim que fica atras da minha casa e pulei, um ato não muito inteligente para quem tinha acabado de cortar os próprios pulsos e estava fraca, mas quem liga? Caí de joelhos no gramado, não adiantou de nada o travesseiro né mas okay, o que me causou uma dor imensa. Levantei e segui em direção à um velho parque onde minha mãe me levava quando eu era pequena, estava vazio o local então sentei em um balanço enferrujado e peguei meu celular e fones de ouvido, comecei a ouvir Perfect- Simple Plan, minha música preferida, logo estava cantarolando conforme o ritmo.
Hey dad look at me
Think back and talk to me
Did I grow up according to plan?
And do you think I'm wasting my time
doing things I wanna do?
But it hurts when you disapprove all along
And now I try hard to make it
I just wanna make you proud
I'm never gonna be good enough for you
I can't pretend that I'm alright
And you can't change me

'Cause we lost it all
Nothing lasts forever
I'm sorry
I can't be perfect
Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
De repente ouvi uma voz muito familiar atrás de mim.
Thomas: – O que você tá fazendo aqui sozinha?– ele perguntou colocando a mão no meu ombro.
Eu: – Eu tô ouvindo música, e você o que tá fazendo aqui?–
Thomas: – Tava passando por aqui e vi você sentada no balanço.– ele apontou pra onde eu estava sentada.
Eu: – Ata, agora que já me viu pode ir embora porque eu quero ficar sozinha.–
Thomas: – Eu não vou embora porque você não manda em mim!– ele falou e se sentou no balanço ao meu lado e eu levantei mas ele segurou meu braço, tentei me soltar mas como ele é mais forte não consegui.
Eu: – Dá pra me soltar?-
Thomas: – Não até você conversar comigo. Porque tem me evitado desde a festa?–
Eu: – A festa aconteceu faz um dia e eu não estou te evitando, estou te ignorando mesmo.– falei dando um sorriso de deboche pra ele e saí do parque.

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Não me matem por favor gente! Eu sei que demorei pra postar, mas aí está! Espero que gostem!
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Beijinhos da
🌙LITTLE DREAMER
Duds❤️

A Suicida & o PopularOnde histórias criam vida. Descubra agora