Baby

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Playlist - Super Junior - Black Suit 

Eu tomei remédio de novo, eu sei, é errado, mas, bom. Me sinto mais magra. Se Jared souber que faço isso até hoje, ele me mata. Eu prometi parar com isso. Sinto muito, mas, não nasci pra ser gorda. Sinto a porta da sala bater, me levanto da cama em um pulo. Corro pro banheiro e lavo meu rosto. Estou com o olho todo inchado, tenho que disfarçar! A viciada em remédios, que desgosto de mim mesma.

Jared grita meu nome, abro a porta do banheiro e desço correndo. Paro no último degrau da escada e sorrio. Ele ergue a sobrancelha. 

- Onde estava? - ele pergunta.

- Lá em cima - respondo.

- Fazendo? - ele é chato demais!

- Lendo - minto.

- Por que chegou cedo do trabalho? - ele franze a testa.

- Meu Deus, porque sim! Para de me fazer perguntas! - cerro os punhos.

Jared vem em minha direção e me puxa, me faz sentar no sofá. Ele abre meus olhos, sinistro.

- Você parece grogue - disse ele.

- Que merda de grogue nada! - empurro ele.

- Ei, eu não terminei de falar com você - Jared puxa meu braço e me faz sentar, de novo. - Se você não me contar o que aconteceu, eu descubro.

- Vai lá, descobre então - dou um dedo do meio e saio andando.

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Acabei saindo de casa pra ir na pracinha. O lugar onde os namorados adoram ir, e, as crianças também. Me sento no balanço, Jared me trazia aqui sempre. É que a gente vai crescendo e se tornando frio. 

- Pensando na vida? - Beca me surpreende. 

- O que faz aqui? - bufo.

- Tava passando e te vi, aqui, igual uma estatua - ele sorri.

- Eu briguei de novo com Jared - suspiro. - E, desisto do trabalho em grupo.

- Por que? - ele franze a testa.

Beca, e nenhum de meus amigos, ficaram sabendo do meu problema com magreza. Jared sempre diz que é anorexia, mas, eu nunca quis ir fazer um exame. Beca nunca soube dos remédios, somente Jared e Charlie. 

- Por besteira, sabe como ele é. E outra, aqueles garotos são muito chatos - reviro os olhos.

- Tem que ter um motivo pra isso tudo - disse ele.

- Tem que ter um motivo pra eu sentar a mão em você? - mostro minha palma da mão.

Beca levanta as mãos, em rendição. Dou um tapa nele, que bobo.

- Bem, sua amiga Kathe está com problemas com o pai e a mãe - Beca suspira.

- A separação, não é? - pergunto.

- Sem dúvida - ele responde.

- Vamos ir ajudar ela? - me levanto.

- Vamos, temos que tirar ela de lá, antes que surte - Beca pisca, segura na minha mão.

- Eu amo você - dou um riso.

- Eu também - ele sorri.

- Eu também? - franzo a testa.

- EU TAMBÉM AMO VOCÊ - ele grita.

Todo mundo olha para nós, pego a mão dele e saio correndo. Que vergonha!



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