O amor não existe

Capítulo 1

Olivia

Mais um dia.

Só mais um dia e esse inferno chamado escola acaba!

Minha vida é resumida em: Escola, segurar vela, escola, segurar vela, escola, segurar vela, escola, escola, já disse escola?

Eu amo férias, quem não ama?
Mas o meu amor pelas férias é muito grande. Grande não. Enorme, gigante! 

"Oque tem de mais nas férias?" Era o que a minha mãe sempre me pergunta e a resposta é simples; Eu vou pra casa do meu avô e pra minha alegria lá eu não preciso estudar e o melhor: não preciso segurar vela pra nenhum casalzinho.

-Olivia, A Jessica tá aqui! - Ouvi minha mãe gritar e peguei minha mochila em cima da cama e desci pro andar de baixo.

E lá estava pior parte do meu dia, ir pra escola de carona com a Jessica e o Rodrigo, sério. É horrível ter que ficar ouvindo declarações de amor a cada seis segundos.

"Porque eu já pego carona com outra pessoa?"  A resposta é: Minha mãe.
Ela é suuuuuupeeer protetora e infelizmente ela só confia na Jessica pra me dar carona pra escola.

-Bom dia Liv.. -  Jessica disse me dando um rápido abraço.

-Bom dia Jess! - Respondi

-Vamos logo, o Rodrigo está nos esperando no carro! - Ela falou - Tchau tia Marta!

-Tchau mãe! - Falei e saí puxando Jessica pela mão sem dar tempo pra minha mãe responder.

Entramos no carro e eu comprimentei Rodrigo.

Só por educação. Eu não gosto dele. Ele tem aquela cara de "eu sou gostosão e meu ego é maior que o mundo"

Chegamos na escola e eu desci do carro rapidamente e corri pra dentro da escola pra não ter que presenciar a pregação do casal.

Comprimentei alguns conhecidos e fui pra minha sala, me sentei na cadeira e coloquei meus fone deixando a música no último volume.

Logo todos os alunos começaram a entrar na sala e sentarem em seus lugares.

O professor entrou na sala mas ninguem pareceu notar a sua presença e continuaram conversando.

Abaixei a cabeça e desejei mentalmente que aquele dia acabasse rápido.

Nicolas

Giulia: Oi Nic!
Giulia: A minha proposta ainda tá de pé..
Giulia: Oque me diz?
Giulia: Não se faça de difícil.

Reviro os olhos ao ler aquelas mensagens e bloqueio o celular.

Acho que as garotas não conseguem entender um "não". Não consigo entender porque elas ficam correndo atrás de mim como se eu fosse mudar a minha opinião.

Eu não sou o cara mais bonito do mundo mas eu tenho a minha beleza.

-Junior! - Minha mãe  me chama e eu reviro os olhos.

Odeio que me chamem de Junior, minha mãe sabe disso mas mesmo assim ela continua me chamando assim.

-Bebê vamos nos atrasar!- Ela gritou já do lado de fora de casa.

"Isso mãe! Quer um megafone?"

Revirei os olhos de novo e peguei minha mala e fui até o carro.

-Pronto dona Julia! - Falei entrando no carro após colocar a mala no porta-malas.

Minha mãe sorriu e entrou no carro.

Ela deu partida no carro e foi tagarelando sobre o quão estava ansiosa pra sua viajem "a trabalho" em New York.

Pra ela é muito fácil me deixar na casa da minha tia e ir pra New  York "a trabalho".

Reviro os olhos pela quarta vez naquela manhã e encosto a cabeça no encosto do banco.