Capítulo 2

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Bem, estou aqui em frente ao enorme edifício, olho para cima...e que edifício!

Entro, mostro meu crachá, o segurança passa a informação para alguém, e 5 minutos depois uma moça linda de cabelos curtos e negros aparece com um sorriso encantador.

- Você deve ser a Lisa, prazer eu sou a Natálie, nós vamos trabalhar juntas.
Me acompanhe que vou te falando tudo.

Gostei dela, eu meio que tenho isso, quando gosto de alguém é assim de cara.

Sigo ela até o elevador, e ela retoma a falar sobre os horários, sobre a empresa, até que o elevador para, e um moreno com um sinal de perigo estampado na testa entra.
Ele é alto, magro, olhos castanhos e está em um terno maravilhoso.

Eu adoro homens de terno.

Assim que ele entra me olha dos pés a cabeça e dá um sorrisinho de lado.

Senhor!me ajuda!

Tento me concentrar no que Natálie diz.
Três andares à cima o moreno sai.

Que alívio!

E Natálie me fala:

-Olha só Lisa, eu realmente gostei de você, acho que vai ser maravilhoso trabalharmos juntas.

Sorrio

-Eu estava pensando a mesma coisa.

Natálie também sorri.

O elevador abre e nós saímos, estamos quase na cobertura, o espaço é maravilhoso.
Sigo Natálie até uma sala onde ela informa que será a nossa sala.

Estou tão feliz!

-Lisa você pode ir guardando suas coisas, se adaptando ao ambiente, até à tarde que teremos uma reunião com o proprietário da empresa.

Até então tudo bem.
Começo a guardar minhas coisas, coloco tudo no lugar e começo a ler uns rascunhos que estão ali para serem analisados.

Ao meio dia Natálie retorna e me chama para almoçar. Novamente pegamos o elevador, descemos até o térreo e quando o elevador abre eu dou de cara com o par de olhos verdes mais intensos que já vi.

Sinto-me tonta, parece uma espécie de frenesi, eu não consigo parar de olhar, e ele me olha com a mesma intensidade.

De repente uma mulher fala com ele.

-Senhor Conor, a reunião das 17h foi remarcada para amanhã.

Em meio a esse transe, Natálie me puxa para sair do elevador, quando começo a andar meio desorientada, um aperto forte na minha mão me faz olhar para trás, e o senhor moreno maravilhoso diz:

-Qual é o seu nome?

Eu não consigo falar!
O que há de errado comigo?

Então ele olha para o meu crachá e sorri.

-Lisa.

E sai...

Me deixando ali em meio ao Hall, com as pernas bambas e com cara de idiota.

Como eu posso me sentir tão afetada por alguém que eu acabei de ver?

Quando me dou conta já estamos fora do edifício, Natálie está com um sorriso no rosto e diz:

-Geralmente ele causa esse efeito nas mulheres, apesar de que eu acho que você causou o mesmo efeito nele.
Porém, eu teria cuidado se fosse você.

-O que? Como assim? Eeu, eu não estou procurando um cara, eeu tenho objetivos, e um homem realmente não está nos meus planos.

Ela sorri.

-Ok!

-Mas por que você mencionou que eu deveria tomar cuidado?

-Bem, não será necessário já que você não está interessada em um relacionamento. Vamos logo ou não vamos conseguir almoçar a tempo.

Ao longo do almoço Natálie me fala mais sobre ela, me conta que tem uma bebê de dois anos que se chama Lis, que o pai da bebê a abandonou assim que descobriu sua gravidez, e que ela trabalha na editora há três anos.

É fácil conversar com Natálie, ela é tão espontânea, tenho a impressão de que seremos amigas.

Finalizamos o almoço e voltamos ao trabalho a tempo. Analisamos alguns manuscritos, eu termino de acomodar meus pertences à minha mesa, e às 16h subimos para a cobertura onde teremos uma conferência com o chefe e sub-chefe.

De Olhos FechadosOnde histórias criam vida. Descubra agora