Capítulo 52

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Isso só pode ser brincadeira.
Minha irritação, mais uma vez tomou conta de mim.
Meus olhos marejados de raiva. Eu queria matar aquele filho da puta.

Mais uma vez, Mellissa chorando por mim causa.
Eu preciso parar de ser um idiota.

Acontece que raiva é a única coisa que eu sentia . E por isso, mesmo não tendo culpa . Acabei descontando nela .

Eu sou um fodido, agora, observo a mulher a minha frente, seu rosto estava tranquilo, relaxado. Seu nariz vermelho entregava que chorou, seus olhos fechados, porém inchado . Eu odeio ver ela assim. Entretanto- eu causei isso. E agora, como sempre. Estou arrependido .

Acordei com um murmuro de Mellissa, a mesma estava com um copo de água em mãos, me olhou de relance e voltou a deitar.

- Esta tudo bem? - virou - se me ignorando completamente .

- Não faz assim . - Coloquei minha mão em sua barriga.

- pode me soltar ?- murmurou. 

- Eu te amo. -

Não obtive resposta - ela estava inquieta- rolava de um lado pro outro .

- Você está bem ? - me sentei observando - a

- Pode me deixar em paz ?-

- Senta - ela me olhou, sorriu forçado e virou - se novamente.
Não falou mais nada, me deixou ali, parado, com o silêncio da noite e Me sentindo um completo idiota .

Rolei na cama a noite toda, mesmo sabendo que no outro dia teria que enfrentar aquela empresa .

Um barulho irritante estrondava no quarto, me neguei a abrir os olhos, mesmo sabendo que não iria parar enquanto eu não desligasse .

Me levantei irritado, não só pelo barulho, e sim, pelo péssima noite de sono.

Mellissa já havia levantada, estava pronta. E não me acordou ?

Passei a mão sobre o rosto e a observei, vestida no seu vestido marrom, e em cima de um enorme salto. Esta a ela, linda. Sua barriga totalmente visível. Sorri ao observa lá. 

Levantei da cama em um sobressalto, estava atrasado e sabia que Mellissa havia feito se propósito.  Isso era comum . Toda vez que brigávamos, ela me deixava pra trás. 

A olhei tentando algum contato, mas, ela estava irredutível. 

Rapidamente, tomei um banho e me arrumei. Quando desci, não a vi . E aparentemente, ela saiu sem se alimentar. Isso só pode ser sacanagem.

A caminho da empresa. Tento contato, mas assim como eu esperava, ela não atendeu .

E foi assim o dia todo. Mellissa me evitando . Mesmo estando em sua razão, não deveria deixar de se alimentar .

- Será que pode me responder ?- me olhou apenas.

- estou falando com você, Mellissa!

- Acho que deveria respeitar o fato de eu não querer falar com você.  -

- Precisamos conversar.  Sente aqui- me olhou, eu conhecia esse olhar. Ela queria simplesmente me contrariar.

- Ok!  - já que ela não move um dedo pra se aproximar. Me levanto e fico frente a frente . - quero que me desculpe. Eu fui um ...

- Idiota, como sempre é.  - completou

- Você pode me desculpar ?- Sorriu
Como eu amo esse sorriso.

- Não ! Quer dizer. Quando você aprender a ser mais...- Não terminou, apenas levou as mãos a cabeça.

- O que foi? - puxo-a rapidamente até uma Cadeira. 

- Nada. Como estava dizendo, Não !-

- como nada ? Esta com dor de cabeça? - Ela sorriu, que mercado de sorriso .

- Sabe . Ontem,  eu estava morrendo de dor de cabeça, e você.  Bom, você não se preocupou. Não mediu esforços pra gritar. Mesmo eu pedindo que parasse. Então, por que se importa?

- Eu estava sem cabeça- grito e a vejo levantar. - como quer que eu haja sabendo que a porra de um amigo que é apaixonado por você, estava te ligando? - Bato na mesa com força. 

- Só... Não grita.- Sorri, achava engraçado essa mudança de postura dela.

- Você deve esta achando lindo o meu ciúme. Agora, eu só não posso ver outra pessoa desejando minha mulher de braços cruzados.

- Tudo bem, Carlo. - cedeu ?

- Só me desculpa.

- Tudo bem . - dirigiu se até sua mesa, revisando um papel ou outro. Eu pude perceber o quanto estava distante.

- Você não deveria me tratar dessa forma . - me despertei dos meus pensamentos .

- eu estou gravida, estou vulnerável, e você insiste em me tratar com a porra da sua ignorância.- Tampo seu rosto com as mãos e eu só pude escutar seus soluços. 

- Pelo amor de Deus. - Me levantei caminhando até a mesma e a puxando pra um abraço.  - Me perdoe meu amor. Eu prometo que isso não vai voltar a se repetir. Não chora . Por favor . -  Ficamos ali por dez minutos. Deixei que chorasse.  Eu sabia que era minha culpa, mas também sabia que a gravidez estava deixando ela assim. Então,  apenas abracei, sabendo o quão indefesa ela é.  Embora demonstre ser o perigo, Mellissa é frágil.  E eu estou sendo um tremendo babaca.

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