BisKath

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Anteriormente...


Era a quadra de Connor, estava a umas duas casas antes da casa dele, e o carro do Connor estava lá, e não estava vazio.

Connor estava lá, e não estava sozinho. Vou ser mais exata, ele estava beijando uma garota. O xinguei mentalmente, como assim o cara acaba de terminar comigo e já ta enfiando a língua na garganta de outra? Queria estar sob efeito de álcool agora, para jogar uma pedra naquele lindo Porsche que ele tem, e uma pedra ainda seria pouco, eu jogaria a Estátua da Liberdade naquela droga, ou pelo menos a tocha.

Sai daquela rua rapidamente, e depois continuei minha caminhada, como se aquilo não tivesse me atingido, mas só consegui isso com outras músicas tristes.

(..)

Consegui dormir mais rápido do que eu imaginava, aquela cena não tirou nenhum minuto do meu precioso sono, por mais incrível que pareça. Eu já devo ter começado a superar esse lance do Connor, o que só confirma minha teoria de bebida melhorar tudo, por mais que tenha outras consequências.

Acordei bem em cima da hora para o colégio, me arrumei o mais rápido possível e sai bebendo toddynho, não tive tempo pra mais nada.

Eu e meu pai fomos conversando o caminho inteiro, sobre o segundo bimestre que estava começando, eu tinha conseguido passar sem recuperação, mesmo que ficou muito em cima em algumas matérias. E ele estava me parabenizando, graças aos Deuses, ele se contém apenas com a média.

Chegamos na Eaton e fui logo encontrar com Lilly, Lauren, James e Liam, e por consequência: Matt.

- Olá - disse Lily, fingindo animação.

- O que houve? - perguntei.

- Tenho prova hoje de geografia e não sei porra nenhuma - disse ela, se lamentando.

- Então estuda, sua inútil - falei, jogando minha mochila no chão e sentando em cima dela, a sombra da árvore estava tão boa.

- Bom, você também não está com uma cara muito boa - observou Liam, e os outros concordaram, só Matt ficou quieto.

- Essa é a minha cara, nunca está boa - fiz outra observação.

- Corta essa - disse James. - o que aconteceu?

Não é como se fosse segredo essa coisa do Connor ter pegado outra.

- Bom, ontem eu passei em frente a casa do Connor...

- Primeiro sinal de recaída - disse Lauren, e eu a fuzilei com o olhar. - continue.

- Eu não tinha percebido que eu estava em frente a casa dele! - protestei. - acredite, lá é o último lugar que eu quero estar.

- Segundo sinal de recaída: não ter se tocado que estava indo pra casa do cara - disse James.

- Calem a boca, vocês são uns cuzões mesmo - falei. - também não termino a história.

- Não! Termina, eu quero ouvir - disse Liam.

- Então...

- Você já percebeu que você sempre começa uma explicação com "Bom" ou "Então"? - interrompeu Lilly.

- Cala a boca! - falei. - e sim, eu já percebi.

- Continua merda - disse James. - e cala a boca, Lilly!

- Então - Lilly me olhou, mas lancei meu melhor olhar de "abre a boca, vadia, e eu atiro no seu figado" ela pareceu entender, porque ficou quieta. - ele estava dentro do carro e, tinha uma garota junto.

- E dai? Você não precisa se preocupar, podia ser uma prima dele - disse Lauren.

- Eu já peguei uma prima minha - observou Matt, conversando mais com si mesmo do que com o grupo.

- Você não está ajudando - murmurou Liam.

- Voltando - falei, ignorando-os. - eles estavam se beijando.

- Isso é bom, pelo menos ele não é um daqueles namorados grudentos que ficam no seu pé depois do término - disse Lilly, mas para Liam do que para mim, ele a olhou feio.

- Claro que não, isso é péssimo - disse Lauren. - a Kate ainda gosta dele, ela que está a ponto de ser grudenta e correr atrás dele! Literalmente.

- Awn, Lauren, é incrível como você sempre escolhe as palavras certas - falei, irônica.

Todos eles ficaram em silêncio por um bom tempo.

- Eu disse que ele não prestava - falou Matt, confiante.

(...)

POV's Narrador

O dia foi um saco para Lilly, Lauren, Liam e James, que tiveram que aturar as brigas de Kate e Matt. E parecia que nunca tinha fim, mas, tudo ficou pior no almoço.

POV's Kate

Matthew, para a minha alegria, tinha ido se consolar na mesa das vadias no almoço, onde Kara, Zoey e Chloe se encontravam, e bom, mais um monte de outras biscates. Parecia a regravação de Fuga das Galinhas, cara, sim, aquele desenho de massinha horrível que me da calafrios, e sim, eu tenho medo de desenhos de massinha.

Fui pegar um pacote de batatas na máquina, que infelizmente, aqueles espantalhos ficavam no caminho. Pensei em não ir, mas minha fome falou mais alto.

Quando eu estava quase passando pro outro lado, quase subindo de nível, eu escuto a voz de cadeira sendo arrastada no chão da Kara.

- Olha ela, se acha muito - disse ela.

- Cara, assim na boca das vadias eu viro celebridade - falei, irônica. Fazendo as pessoas que estavam no refeitório olharem a briga, e Matthew parecia ser o que mais estava se divertindo.

- Você vive falando da gente por que pegamos muito mais caras que você, mas na hora de se mostrar superior você não consegue - disse outra, que eu nunca tinha visto na minha vida.

Caralho, isso aqui ta igual The Walking Dead, não podem escutar um tiro que todos os zumbis chegam.

- Desculpa, quem é você mesmo? Uma imitação barata do Coringa? - falei isso devido ao excesso de maquiagem que ela usava. - os originais sempre são os melhores.

- A Kath - disse Chloe, puta merda, ela não me chamou de Kath! Eu vou arrancar aquele capim tingido que ela tem na cabeça. - só tem inveja da gente mesmo. Não precisamos nos importar, por que a Kath é inofensiva.

- Primeiro de tudo: meu nome não é Kath. Mas tudo bem, pode me chamar assim - falei. - porque meu nome não é osso pra andar em boca de cadela.

Todo mundo gritou: Uhh! E eu sai dali, indo sentar com meus amigos.

- Eu juro, eu ainda vou dar na cara daquela vadia - murmurei.

- Eu ia te ajudar, mas você se saiu tão bem sozinha - disse Lilly. - eu não quis ofuscar sua luz.

- Ninguém me ofusca, amor - falei, balançando o cabelo. - eu brilho mais que Las Vegas a noite.

(...)

Depois da aula vi que tinha um bilhete colado no meu armário, estava escrito "BisKath" eu ri com aquilo, depois o peguei e o joguei fora. Provavelmente eu teria usado tinta permanente. Tão burras e tão vadias, tem muito a aprender ainda.

FriendsOnde histórias criam vida. Descubra agora