Cap. 23

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Confusão!

Estava completamente parva da vida! Cada pedaço do meu corpo parou! Eu não podia acreditar que estava tudo acontecer novamente!

Ouvi passos atras de mim e vi soldados da paz. Corri até ao casal e sem transparecer que estava partida por dentro falei para eles.

- Se não querem morrer, sigam-me! - falei.

Nem olhei para eles continuei a correr rua abaixo. Virei a direita e novamente a esquerda e parei na segunda casa. Olhei para trás e vi o casal. Abri a porta e entrei. Deixei-os entrar e fechei a porta. Alguém ligou a luz que eu apaguei rapidamente.

- Nada de luzes! - sussurrei.

Fiquei encostada a porta a ver pelo buraco que ela tinha. Vi os soldados da paz passarem sempre atentos a tudo. Até que desapareceram no final da rua.

Respirei fundo! Tinha a respiração acelerada por culpa da adrenalina. Meti a mão no arco e procurei o botão. Encontrei e cliquei. Acendeu uma luz tênue, que chegava neste momento.

- Sigam-me! - voltei a sussurrar.

Ouvia os seus passos atras de mim. Subi ao segundo andar e entrei no quarto e vi o alçapão. Ergui-o e apontei para baixo.

- Desçam! - sussurrei.

Eles assim fizeram! Fui a ultima a entrar. Fechei o alçapão! Ninguém sabia que ali estava pois estava forrado com alcatifa. Desci as escadas e quando cheguei ao final liguei a luz, apagando a do arco.

Sentia o olhar deles em mim. Mas não conseguia olhar para eles.

- Sentem onde quiserem! - sussurrei.

Entrei numa porta e fechei-a atras de mim. Pousei o arco e as flechas e despi aquele vestido. Vesti umas calcas pretas, uma t-shirt branca e umas sapatilhas. Tirei toda a maquilhagem e prendi o cabelo num rabo de cavalo. Voltei a sair daquele mini quarto e vi o casal mesmo há minha frente sentado no sofá maior.

Dirigi-me até ao outro sofá e sentei-me. Teríamos que esperar dois dias até podermos sair daqui! Os restantes iriam estar em casas diferentes! Ou seja, teria que estar nesta merda de cubículo com este casal!

- O que nos vai acontecer? - perguntou a rapariga.

Olhei para ela que me olhava assustada. Apetecia-me matá-la mas não tinha forças para tal.

- Vamos ficar aqui dois dias! - anunciei - E depois explico o resto!

Ela anuiu. E ouvi a voz dele.

- E se nos apanharem?

- Se nos apanharem seremos mortos! - disse fria.

Não ousei olhar para ele. Tinha muita raiva e desilusão dentro de mim. Ele não disse mais nada. Deixei-me estar ali e fechei os olhos. Não queria saber deles para nada! Vim por ele e ele já tem outra! Mas porque raio eu não aprendo.

- Tu és a Emily, certo? - ouvi a voz dela.

- Sim! - disse secamente.

- És uma heroína para muitos de nos! - anunciou.

Abri os olhos e encarei-a. Não tinha entendido o porque daquela frase.

- Eu sou a Gemma! - sorriu.

- Olá! - disse seria.

Não falou mais nem eu para ela. Vi a luz que a Eleanor disse que acenderia quando estava noite.

- Bem, vocês dormem no quarto! Eu fico no sofá! E está na hora de dormir! - disse olhando para eles.

Sem olhar nos olhos do Harry. Vi eles levantarem-se e entrarem no quarto. Percebi que tinha sido o Harry o ultimo a entrar. Depois de lá fechar a porta. Levantei-me e fui a um armário onde encontrei uma manta e uma almofada. Pus no sofá e apaguei as luzes deitando-me.

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