As vezes um conto de fadas pode ter vários lados, talvez um lado contado por uma Army.
Sejam bem-vindos ao meu primeiro livro de conto de fadas.
Acomodem-se em seus acentos e apertem os seus cintos, pois nossa viagem está para começar.
Boa viagem e...
Mais um dia de limpeza, a única novidade era que eu tive que costurar as roupas de Anast e Drizell, se eu recebesse pelo menos um obrigado em troca...
A noite logo surgiu, e com ela ventos gelados cobriam minha pele. Dormir lá em cima não era uma opção pra mim.
Então, deitei-me perto da lareira que havia na cozinha, o fogo me manteria aquecido até de manhã.
°°°
Acordo com o soar dos sinos na cozinha. Lady Tremaine e seus filhos já tinham acordado. Levantei do chão e comecei a fazer o café da manhã. Preparei tudo na sala e chamei-os.
- Já está tudo pronto? -Lady Tremaine perguntou-me
- Quase pronto -Falei enquanto preparava a lareira, o dia estava um pouco frio
- Da próxima vez só nos chame quando estiver tudo pronto! -Ela sentou-se a mesa alisando as têmporas
- Claro Senhora -Pus o café pra ela e seus filhos, que já se encontravam sentados
- Seokjin? O que é isso no seu rosto? -Ela olhou séria pra mim
- Ahn? -Perguntei confuso
- É borralho! Ele está todo sujo de borralho, hahaha -Drizell gargalhou- Tenho até um apelido pra ele...-fez suspense- "Gato Borralheiro", hahaha -Ele riu
- Vá limpar isso do seu rosto, já! -A madame ordenou, eu estava terminando de por a mesa
- Mas são cinzas de borralho... -Anast questionou o apelido que o irmão me dera- Já sei! -Olhou para o irmão e a mãe e disse- "Cinderell"! -Gargalhou junto com o irmão
Pus mais um prato na mesa e quando ia me sentar, a Lady Tremaine questionou o meu ato.
- Estamos esperando mais alguém? -Ela olhou pra mim
- N-Não... eu só pensei que... -Ela me interrompeu
- Ah, você pensou -Ela riu- Já terminou seus afazeres Seokjin?
- A-Ainda não... -Fitei o chão
- Então quando terminar tudo, pode comer -Ela e os filhos riram- Pode ir agora, Cinderell -Ela sorriu cínica
Recolhi meu prato e caminhei para fora da sala de jantar, ao sair da vista daquela família esnobe corri para a cozinha, chegando lá acabei tropeçando em meus pés e caindo no chão perto da mesa.
Autora On
Seokjin não queria acreditar que sua única família o tratara como um animal. Ele estava caído no chão, lágrimas corriam por seu delicado rosto e as lembranças de sua omma retornaram.
Ele pegou uma panela de cobre que estava em cima da mesa e olhou o seu reflexo. Ele estava sujo, as cinzas de borralho estavam espalhadas por todo o seu rosto e as suas lágrimas intensificaram a cor negra, manchando o belo rosto do garoto.
Seokjin retirou o lenço que segurava seus finos cabelos, para que não caíssem em seus olhos, montou em seu cavalo Major e cavalgou floresta a dentro.
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