O roubo.

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Points Of View Justin Bieber.

— Eu não posso ficar hoje, Briana. — reviro os olhos mais uma vez.

— Eu não quero ficar sozinha, Drew. Todo dia é isso! — ela reclama. — Deixa pelo menos o Chris ficar aqui comigo? — ela pergunta e eu nego.

— Pra vocês transarem até na minha cama, como da última vez? — eu digo, não querendo nem relembrar a cena. Ela solta uma risadinha e eu respiro fundo para não meter bala nela.

— Eu que insisti, a culpa não foi dele. — dá de ombros. — Foi muito gostoso transar na sua cama, irmãozinho.

— Vai dar o cu e para de me encher o saco. — eu digo enquanto coloco minha camiseta.

— Deixa o Chris ficar que eu vou dar o cu e não te encho o saco. — eu respiro fundo, tentando manter a calma. Sem sucesso.

— Ninguém vai ficar, Briana. — eu digo, já ficando nervoso. — Não me faz perder a paciência.

— Você está chato hoje. — ela diz e eu sento na cama para colocar meu tênis.

— Nós temos a maldita festa sábado e vamos roubar uma carga na segunda que vale milhões. Você quer o quê? — ela se aproxima e senta do meu lado.

Termino de me arrumar e lanço um olhar frio para ela, que rapidamente se retira do meu quarto. Briana sabe que eu odeio que qualquer pessoa entre nele e mesmo assim transou com meu amigo aqui dentro. Na minha cama! Só não matei os dois porque se tratava de meu amigo e de minha irmã. Quando saio do mesmo, lá está ela, no pé da escada, me esperando. Respiro fundo.

— Manda um beijinho pro Chris. — ela diz, me provocando.

— Pode deixar. Vou dar um beijinho nele com minha pistola. — dou um sorriso amargo.

— Vai matar meu namorado com uma mera pistolinha? — ela arqueia a sobrancelha. — Acho que ele merece pelo menos ser morto por uma M16.

— Não, não merece. Mas eu posso usar minha Desert Eagle nele, se você preferir. — ela revira os olhos.

— Continua sendo uma pistola. — as vezes eu odiava o fato de Briana entender tanto de armas.

— Mas o estrago que ela faz é diferente das outras. — dou meu melhor sorriso. — Quando eu mata-lo na sua frente, você não vai ter nem tempo de chorar. Vai estar preocupada demais em tapar os ouvidos para não ouvir o barulho ensurdecedor da minha "mera pistolinha".

— Vai a merda, Bieber. — ela diz, me lançando o dedo do meio.

— Também amo você, irmãzinha. — eu me aproximo e dou um beijo em sua testa. Ela me abraça e eu retribuo.

— Se cuida. — ela diz e eu concordo, saindo dali.

Olho para meu relógio e percebo que estou vinte minutos atrasado. Quando é que Briana não fazia eu me atrasar? As vezes eu tenho vontade de meta-la e jogar o corpo no rio, mas eu não sei o que seria de mim sem ela. Briana é a irmã que eu não tive. Minha única família.

Entro em meu carro e dirijo até o galpão, onde meus amigos estavam me esperando. Eu estou estressado para caralho por causa dos eventos dessa semana. Primeiro, tem a maldita festa. Charles insiste em dizer que tem alguém na minha cola e eu nem sei o porque. Teremos certeza no sábado, se alguém ousar tramar algo contra mim. Depois tem o roubo de segunda feira. O plano tem que ser executado perfeitamente. Não pode haver falhas.

Entro no galpão e vejo que os meninos estão rindo de alguma besteira.

— Eu pago vocês para ficarem rindo? Vão trabalhar, seus merdas. — digo, indo em direção ao Charles. O único que estava realmente trabalhando.

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