Capítulo 2- Colegas

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Estamos em frente ao portão da escola

Mariana: Caramba não acredito que as férias estão vindo, já estamos na metade do ano dá pra acreditar?

Eu: Sim, metade do ano e não arranjamos um  namorado! Disse rindo enquanto caminhavamos em direção a sala de aula...

Jean: Adriele me espera!!

Eu: olhei para trás pra ver quem estava me chamando Assim que percebi quem era abri um enorme sorriso...

Já a reação de Mariana foi totalmente contrária, lembro daquele sorriso falso dela algo que realmente conseguia me deixar brava

Mariana:ah Jean que surpresa te ver por aqui, achei que sua sala fosse no 2° andar?

Jean; e é mas vi vocês duas e resolvi comprimentar. Ele disse com um sorriso sem graça estampado em seu rosto

Mariana:bom, a gente tá um pouco atrasada,então precisamos ir... Ela disse me puxando pelo braço

Eu: se quiser pode ir, eu vou conversar com Jean um pouco

Mariana simplesmente saiu, virou as costas pra nós dois e foi embora sem nem mesmo se despedir, sabia que mais tarde teria que lidar com ela, Mariana era um vulcão que poderia entrar em erupção a qualquer instante. Talvez não fosse uma ideia boa deixa ela ir...

Mariana: podem conversar a vontade aproveitem e "entrem um no cú do outro" ela disse bem baixinho, só conseguimos ouvir um sussurro

Mariana estava subindo as escadas e indo pro 3° onde estava localizada a sala de química, não podia me atrasar Renata (professora de química) já estava no meu pé, e ela não gostava nem um pouco de mim, não poderia dar motivos pra elae encher o saco!

Jean: caramba ela parece ter ficado chateada, não acha melhor ir atrás dela?

Eu: não depois eu me resolvo com ela... Mas e você tá bem?

Jean: tô sim obrigado por perguntar, mas mudando de assunto queria te fazer um convite

Eu: convite, nossa até me sinto especial disse rindo pra ele

Jean: você tem planos pra amanhã a noite? Porque se não, queria te convidar pra ir no cinema comigo.

Eu: nossa que bacana, claro que eu vou Jean que horas?

Jean: não sei,  a gente pode  combinar melhor no intervalo, preciso ir pra aula!

Após isso ele se despediu de mim com um abraço que sem sombra de dúvidas foi um dos melhores que já recebi na vida, poderia ter ficado abraçada com ele naquele corredor durante horas...

Eu: tchau, até mais tarde!

*Sinal toca*

Caramba preciso ir pra sala o mais rápido possível, disse enquanto subia as escadas o mais rápido que conseguia mas a saia do uniforme não me favorecia nem um pouco!

Dias atuais

Acordei, não tinha noção de onde estava mas lembro de ser um quarto escuro, as paredes eram escuras, móveis eram escuros, tudo naquele lugar me fazia sentir arrepios mas ouvia uma voz incrivelmente famíliar

Jonas: Adriele o que você tá fazendo aqui?

Eu: quem é você? Disse olhando para o homem que estava na penumbra o reconhecendo na mesma hora! Era meu tio Jonas ele já tinha falecido há uns 5 anos, minhas lembranças dele eram incríveis perdi ele quando tinha ainda 12 anos, lembro bastante de todo o choro da minha mãe durante 2 meses, afinal ela perdeu meu tio muito cedo ele morreu com apenas 23 anos, foi uma morte chocante para nossa família e também toda a cidade... Foi em uma manhã de terça feira, ele estava indo trabalhar quando um homem embriagado dirigia velozmente na faixa de cl ciclistas, meu tio normalmente ia de bicicleta pra a faculdade, estava bem feliz pois na semana seguinte compraria um carro, com ajuda de toda a família que realmente queria ajudar ele, possívelmente ele foi umas da pessoas mais amáveis que eu havia conhecido em toda minha vida. Mas infelizmente coisas ruins sempre acontecem com pessoas boas, seu corpo estava Irreconhecível, o carro passou em cima de sua cabeça deixando apenas partes de seu cérebro espalhados no chão da avenida.

Jonas: Adriele o que você tá fazendo aqui?

Eu: tio como assim o senhor està... Não consegui completar a frase, estava tremendo enquanto as lágrimas desciam do meu rosto

Jonas: Adriele não chora o que foi? Princesinhas como você não choram!

Eu: "Princesinha"? Tio como assim ?

Jonas: olha aqui mocinha não é porque  você vai fazer 13 anos que é adulta você ainda tem muitas coisas pela frente e não se esqueça eu sempre vou te amar...

Não estava entendendo nada, eu já tinha 17 anos. Ele não consegue me ver? Onde estou?
Ele está exatamente a mesma aparência da manhã do acidente, várias perguntas rodeiam minha cabeça! as respostas? Não tenho a mínima ideia! Aquele lugar acabava me deixando ainda mais assustada com tudo aquilo.





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