Marcas Carmesim

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Prologo

-Aqui sua identidade nova. Com o nome que você pediu, mas eu ainda acho que Paris LeBlanc é um nome de prostituta, sério que tipo de nome é esse?

-Cale a boca e dirija. –Peguei entediada a minha nova identidade e os meus novos cartões de credito. –Para onde eu vou?

-Um lugarzinho chamado Rosenfeld do jeito que você gosta, é frio e muitas vezes neva e para deixar você mais feliz ainda, tem sim livrarias então acalma a sua piriquita.

Não pude aguentar e soltei um risinho que aumentou quando Gabriel se juntou a ela. Olhei para a estrada e vi que era o lugar perfeito para mim, do jeito que eu gosto, frio, cheio de arvores, uma nevoa não muito densa se estendia por todo vale e ainda bem que não era em um lugar alto se não eu já estaria passando mal. Comecei a ficar meio tonta por causa da minha labirintite e com dor de cabeça, peguei a minha bolsa que estava aos meus pés e procurei dentro remédio para a dor.

-Ei sabe se tem algum posto por aqui? Preciso de agua –Quase saiu como um sussurro enquanto eu fazia caretinhas de dor.

-Labirintite? Sim deve ter algum posto por aqui a gente já está quase chegando ok? –Pude escutar o som de preocupação na voz dele o que me trousse um pequeno sorrisinho no meu rosto.

Passamos com o carro por uma placa escrito “Welcome to Rosenfeld Pop. 9745”. Bem agora são 9746, uma pena eu ter que viver sozinha já que Gabriel tem coisas para resolver em Londres sobre o que aconteceu comigo. Ele é quase como meu anjo da guarda desde que fugimos de Calíope e de seus... abusos por assim dizer, agora ele trabalha para o FBI e como ele prometeu ele vai pegar todos aqueles que nos fizeram mal.

Eu fiquei tão perdida em devaneios que nem percebi que o carro tinha parado, levei um susto quando Gabriel tocou levemente meu braço.

-Tudo bem? —Falou ele soando meio preocupado.

-Tudo sim eu só estava viajando na maionese. —Ri levemente e fiquei aliviada quando ele riu comigo, odeio deixar as pessoas preocupadas. Tirei meu cinto e abri a porta da Land Rover Evoque que tínhamos acabado de comprar quando chegamos aqui.

Sorri de animo quando uma lufada de ar frio me abraçou ao sai do carro, peguei minha jaqueta de couro na porta de trás e me juntei ao Gabriel que me esperada ao lado do carro, pude ver que ele não estava gostando muito do frio, cheguei perto dele e coloquei seu braço sobre meu ombro e o abracei, minha testa batia na sua boca ele só uns 5 cm maior que eu com seus 1.85.

Entrei no posto e fui direto pegar uma garrafinha de agua dentro do refrigerador e ele foi pagar a gasolina. Não demorou muito tempo e já estávamos de novo no carro indo para nossa casa, tá ela é mais minha que nossa mas isso não importa.

          -E só para avisar, você vai ir para a escola. –Me engasguei com a agua quando ele falou isso.

-Como é que é? —Resmunguei entre tossidas e tentativas de recuperar o folego novamente. – Como assim eu vou ter que ir pra escola? Eu já sei de tudo não preciso ir pra escola!

-É só por enquanto amor, você precisa parecer uma adolescente comum o que significa que vai ter que ir pra escola como todo mundo. –Falou ele lentamente e com cada palavra calculada, e eu ainda estava tentando recuperar meu folego.

-Droga, você é um pé no saco sabia? –Eu provavelmente soei como uma garotinha fazendo birra com um biquinho na boca e foda-se eu não ligo.

-Mas você me ama então cala a boca. – Olhei em seus olhos e vi que ele estava rindo por dentro, ele me puxou e me deu um beijo na bochecha.

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