Olá, meu nome é Kim Soo Ra, e esta é a minha declaração de como eu me apaixonei perdidamente em Kim Taehyung, de como uma vida sem rumo algum ganhou um novo caminho, de como Kim Taehyung me livrou da morte.
《27 de janeiro de 2017》
Acordei com o despertador gritando no meu ouvido às 6:00 da manhã, me levanto e vou direto ao banheiro, sem surpresa alguma vejo meu rosto todo inchado por ter chorado a noite passada, ignoro esse fato e vou tomar banho, depois me visto e vou ao colégio. Você deve estar se perguntando, nem falou “oi” ou “bom dia” pra sua mae? E a resposta é não, e nem se eu quisesse pois ela esta morta, e meu pai não é diferente. Minha mae morreu a 1 mês atrás de câncer e meu pai 4 anos atrás atropelado. Sim sou órfã e moro sozinha, o “resto de minha família não quer cuidar de mim, e eu gostaria de saber o motivo. Por não ter mãe e pouco dinheiro pois tenho q pagar contas, eu não como muito, na verdade nada, desde de que a minha mae morreu, eu emagreci uns 7 quilos por não comer, por não ter dinheiro para comer. Chego na escola e vejo que as carteiras estão em duplas, legal, logo no começo do ano sentarei ao lado de uma pessoa que eu não conheço, sento em uma mesa onde uma plaquinha com meu nome estava escrito, coloco os fones e deito a cabeça. Uns 30 minutos depois uma alma penada tira os meus fones. – Ei, Kim Soo Ra - diz uma voz na qual eu não conhecia, olho para meu lado e vejo um menino, cabelos castanhos, pele meio branca com um sorriso na boca – A aula ja vai começar - continua o menino, eu apenas olhava para ele com uma cara de raiva, eu estava dormindo, ele me acordou, eu só não bato nele porque eu não o conheço. – E você é...? - redijo ao menino ao meu lado – Kim Taehyung, prazer - fala o garoto ainda com o sorriso no rosto. Escuto o sinal bater e a professora entrar na sala. – Muito bem alunos, como a maioria de vocês são novos por aqui, nessa aula de redação cada um irá escrever uma breve biografia e depois quando terminarem irão entregar para a dupla de vocês para que se conheçam melhor. Depois que ela terminou de falar eu fiquei parada, eu escrevia sobre ser órfã? Sobre eu sempre chorar as noites por não ter dado a vida dos sonhos para a minha mãe? Sobre meu bullying que sofria no fundamental por não ter pai? Ou o que? – Soo Ra, não vai fazer? - diz Taehyung me acordando de meus pensamentos. – Não, se você quiser não precisa escrever também - disse olhando para meu caderno – Tudo bem, pode escrever a história que quiser, eu ja li de tudo, eu amo ler - fala o garoto empolgado para mim – Ela é triste de mais para eu escrever e você ler - comento ainda olhando fixamente para o caderno – Eu ja li varias historias tristes, porque não tenta escrever também? pode ajudar - fala Taehyung já escrevendo em um pedaço de papel. Foda-se, eu pensei, e comecei a escrever, escrevi tudo, sobre meu pai, minha mãe, minha situação atual e até falei que chorava a noite. Eu falei tudo. Um tempo depois nós dois terminamos e trocamos de folha, pelo o que pude ler, a vida dele é bem normal, até feliz, nunca sofreu na vida, porém seus pais sempre estão viajando o que deixa ele com um sentimento de vazio. Depois de ter terminado de ler eu olho para Taehyung, ele me olhava triste, ele ficou tão triste que deixou uma lágrima sair e descer de seu rosto. – Ei, pra que isso - falo com um sorriso falso para tentar esconder a dor que ele quase me deixou transparecer por ter me olhado daquela forma. – Me desculpa - limpa a lágrima - Essa foi a história mais triste que li - faz um pausa - Deixa eu ser seu amigo, deixa eu lhe mostrar um pouco de felicidade, eu não quero ver alguém tão mau assim, eu quero te deixar feliz Kim Soo Ra.
《 12 de agosto de 2017 》
Depois daquele dia, por incrível que pareça, eu e Kim Taehyung viramos melhores amigos inseparáveis, eu dei a ele o pouco de felicidade que restava de mim e ele a vida que tinha perdido quando minha mãe morreu. O problema é que, em como toda história de melhores amigos, um tem que se apaixonar, e essa pessoa fui eu. Kim Taehyung, meu primeiro amor, meu primeiro melhor amigo, ele preencheu a escuridão que existia em mim, eu sou grata a Kim Taehyung por me ajudar, por me dar algo que jamais ganhei, carinho. Hoje era meu aniversário e um sábado bem frio, eu e Taehyung marçanos de irmos ao parque de diversões para celebrarmos o meu aniversário. Chegando lá encontro Tae sentado em um banco comendo um algodão-doce. – Oi Tae - disse me aproximando dele, ele era tão lindo que podia ficar olhando para ele por horas. – Soo Ra, FELIZ ANIVERSÁRIO - disse Tae praticamente gritando o que me assustou um pouco pois algumas pessoas estavam olhando nós dois. – Fala mais baixo - disse batendo fraco em seu braço um pouco envergonhada – Ei - disse Tae abrindo uma caixinha preta na qual tinha um colar com um pingente de estrela e um brilhante bem no meio - Seu presente - falou com um sorriso no rosto meio envergonhado – Tae, ele é... lindo - disse olhando para a estrela que continha no colar – Vamos, se vire para que eu coloque em você - eu me virei e levantei meus cabelos – Gostou? - falou Tae quando ja tinha terminado de colocar. – Muito - disse sorrindo - Muito obrigada – De nada, eu sei que sou incrível - falou se gabando - Vamos nos divertir agora. Depois que termos ido em um monte de brinquedo, principalmente aquele que tem uma arma de plástico e você tem que acertar uns pinos pra ganhar um prêmio, a melhor parte foi ver as birras que Taehyung fazia quando perdia, ele realmente parecia uma criança, também fomos na casa de sustos, eu não levei muitos sustos mas Taehyung quase me deixou surda, além de gritar muito alguns de seus gritos saiam finos, o que meus ouvidos não agradeciam. – Vamos no último brinquedo, por favor - implorou Taehyung, eu estava muito cansada para escutar mais gritos ou ver birras por mais divertidos que fossem. – Tae eu to cansada, vamos ir embora - falei mostrando o bico, mas sua cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças ganhou me minha pequena birra - Ah, tá bom, mas esse é o último brinquedo - falei e vi Taehyung muito feliz, ele era uma criança no corpo de um garoto com 17 anos. – Vamos, vamos - falou me puxando pelo meu braço em direção à roda gigante, eu não gostava daquele brinquedo, achava chato. – Taee, estou cansada , vamos embora ha? - tentei convencer ele mas quando vi ja estava dentro da cabine do brinquedo. Estávamos no topo quando o brinquedo parou. – Taehyung, parou, parou de rodar, o brinquedo parou - falei assustada, quando de repente as luzes do brinquedo e as luzes do resto do parque se apagam - É agora que eu morro. – Calma, foi só a energia que caiu, daqui a pouco ela volta - apesar de falar “calma” como se tivesse tudo sob controle pude perceber q ele também estava assustado. Uns 10 minutos se passaram e nada aconteceu, na cabine começou esfriar e eu estava com apenas um casaco. – Tae você também está com frio ou é apenas e minha pressão abaixando? - perguntei olhando para o garoto cujo os lábios estavam praticamente roxos por conta do frio. – Não é só você, parece algo meio esquisito mas se nós nos abraçarmos, não sentiremos tanto frio - eu acedi com a cabeça, não apenas por não sentir frio e me aquecer mas por estar nos braços dele. E então ficamos lá, abraçados, eu me aquecendo e feliz, por estar com Taehyung, por estar nos braços dele. – Essa noite não tá sendo nada como planejei - falou Tae quebrando o silêncio que mantinha na cabine - Mas está bom, eu gostei, gostei de você estar em meus braços - diz com um sorriso de lado, eu não sabia como responder então fiquei –calada. –Soo Ra, tem uma coisa que preciso te falar, e se eu não falar agora eu nunca mais falo - meu coração começa a acelerar, comecei a imaginar uma declaração dele, nada me impede de sonhar não é mesmo?. – Eu queria ser seu amigo para te deixar feliz, para te mostrar o lado bom da vida já que sempre sofreu quando mais nova - diz agora, olhando diretamente pra mim se desfazendo do abraço - Só que esse sentimento de “apenas amigos” não preenche mais meu vazio, eu preciso de algo a mais além da nossa a amizade, Soo Ra, eu preciso do seu amor, Soo Ra, eu te amo. Nesse momento meus olhos brilhavam, não sabia como reagir, meu coração estava tão acelerado que quase conseguia ouvir ele. – Taehyung, e..eu - fiz uma pausa para respirar pois estava com muita adrenalina no corpo - eu... - não conseguia falar muito alto, então eu o abracei e falei em seu ouvido - te amo, também - nesse momento eu juro que poderia vomitar um arco-íris. E foi a partir desse dia que Kim Taehyung, meu primeiro melhor amigo, meu primeiro amor e meu primeiro namorado se tornou definitivamente alguém importante para mim, alguém que me deu felicidade, alguém que tenho de agradecer por iluminar a minha vida.
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