Filha ?!

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Oi sumidas *levantando escudo* voltei, mas acho que vocês já perceberam  Então pessoas desculpa a demora e não  desiste da gente.










Me sentei de frente para os dois. Meu pai parecia muito preocupado e nervoso, eu sentia, mas não era isso que suas feições relaxadas e calmas diziam. A única coisa que eu consegui pensar foi nas meninas.

-Antes de qualquer coisa, como está Sofia? E a Ariana? As outras meninas? Quando vamos poder vê-las? - perguntei  preocupada a meu pai e eles riram. Nunca fui de ficar muito tempo longe de minha irmã, sempre fui muito protetora com ela.

-Elas estão muito bem, meu amor, logo estarão aqui com vocês. - ele disse sorrindo oque me fez relaxar mais.

-Diga a elas que estou com saudade, todas nós.

-Eu direi.

Sorri fraco para ele. Eu estava mesmo com muita saudade delas.

-Então, Camila... - Belona começou - Eu não sei como começar isso, sabia que esse dia chegaria, mas nunca pensei na forma que iria contar.

Não entendi muito bem, mas aquilo deveria ser realmente sério.

-Seja direta, Belona - Júpiter disse e a mesma o encarou.

-Não é dessa forma que se dá uma notícia dessas, Júpiter! - disse irritada e o homem retirou os olhos.

-Então ande logo e não enrole muito. - ele disse e cruzou os braços sobre a mesa.

Belona ignorou Júpiter e voltou a me olhar, ela parecia muito nervosa e o tom da sua voz me deixou preocupada

-Camila, você já deve ter se questionado o porquê de seus olhos ficarem azuis - eu assenti, não entendendo onde ela queria chegar - Isso é algo que NENHUM semideus pode fazer.

-Assim como criar um raio, nenhum outro filho meu consegue fazer isso. - Júpiter disse e eu lembrei do dia que matei o Cérbero com as meninas.

-Quer dizer então que eu sou especial? - perguntei e meu pai sorriu de lado.

-Você é mais que especial - ele disse me deixando mais confusa ainda.

-Você é minha filha, Camila - Belona falou e foi como uma bomba  

Espera, oque?! Como assim?!

-Sua filha? Belona, me desculpe, mas minha mãe se chama Sinuhe Cabello. - eu falei rindo nervosa - Parem de brincadeira e falem logo oque vocês querem.

Belona olhou para as suas mãos na mesa, parecendo triste. Eu não podia fazer nada, era a pura verdade. Não tinha como eu ser filha dela. Olhei para meu pai e ele me olhava preocupado. Isso... não! ... não tem como! Não é possível!

-Pai... diz que isso não é verdade. - pedi e ele negou.

-É verdade, Mila, ela é sua mãe - seu tom de voz era baixo e macio. - Deixe eu te explicar oque aconteceu....

-Eu conto! - Belona que estava em silêncio até agora, levantou os olhos até mim. Eles estavam vermelhos, assim com seu nariz.

Sem ter escolha, apenas assenti.

-Antes de Júpiter conhecer sua mãe, na verdade antes mesmo de ele descer à Terra - fungou, mexendo seus dedos de maneira nervosa - ...nós tivemos um pequeno caso. Foi apenas duas vezes, coisa rápida, achamos melhor não nos arriscar pois caso algo desse errado, poderia causar muitos problemas...

-Algo desse errado? - perguntei confusa.

-Ela engravidasse. - meu pai explicou.

-Dias depois da última vez que nos encontramos, seu pai foi para Terra. Eu voltei a minha rotina normal aqui por um bom tempo. Porém, poucos meses depois, em uma das minhas visitas ao oráculo, ele disse de uma maneira discreta que eu estava esperando uma criança. Eu de primeira fiquei surpresa, mas depois pensei nas possibilidades de aquilo ser verdade. Já tinha se passado alguns meses desde a última vez que havia me relacionado com alguém, sendo esse alguém, Júpiter, então eu fiquei em dúvida. Deusas não têm enjoo, desejo, nem nada disso que a mulheres humanas sentem, então eu voltei ao oráculo dias depois e ele me disenteria novamente que eu estava grávida. Eu não queria acreditar, fiquei desesperada, então busquei Asclépio, ele apenas confirmou o óbvio. - riu e deu de ombros sem me olhar - Naquele dia eu não sabia se ficava imensamente feliz ou desesperada. Feliz, porque eu estava esperando um filho, e aquilo era maravilhoso, mas desesperada pois eu sabia que seria um problema, um filho de dois Deuses, obviamente, nasce Deus também, e fazia milênios que nenhum Deus surgia, aquilo seria um grande abalo para o Olimpo. Então, eu fui atrás de Júpiter, na Terra e o encontrei em Cuba, ele já estava praticamente morando com Sinuh. Ele...

-Deixa eu contar a partir daí.

Meu pai pediu colocando sua mão sobre a de Belona. Eles se encararam por alguns segundos e então ela concordou com ele assentindo. Papai suspirou e me olhou.

-Quando Belona me contou, eu não tive reação, eu fiquei atônito por alguns segundos, eu literalmente paralisei, era mais um filho, mas desta vez foi mais que inesperada. Felicidade não me faltou, mas eu também fiquei apreensivo. Então eu comecei a passar um tempo no Olimpo, eu dizia a Sinu que ia viajar a trabalho, e durava uns dois meses. Depois de um tempo ela começou a desconfiar dessas minhas viagens, então eu tive que contar. Eu expliquei toda a história, tudo mesmo, e por incrível que pareça ela compreendeu, achei que faria um escândalo, pelo contrário. Já que Sinu entendia ela me permitia passar um tempo com Belona, mas quando eu me dela afastei algo terrível aconteceu... Saturno a capiturou e a levou para o Tártaro, mandou-a tirar o bebê ou ele mesmo faria. Belona já estava no final de sua gravidez, e isso complicou ainda mais tudo, pois uma deusa fica fraca no período de gestação, é como se o feto sugasse boa parte de sua força, portanto não tinha como ela se defender. Eu e meus irmãos fomos atrás de Saturno e gerou uma enorme batalha contra ele e seus titãs, oque não esperávamos era que Belona começasse a dar a luz a você no momento em que foi levada de volta ao Olimpo, Asclépio, que por sorte foi quem estava por ela, fez todo parto. Quando Saturno descobriu que você havia nascido, sua fúria aumentou monstruosamente e ele foi atrás de você, ignorando a batalha que antes travava-mos. Belona teve a ideia de levar você para Terra, Asclépio o fez, e quando chegou lá pediu que Sinu cuidasse de você como sua própria filha,  e ela prometeu que te protegeria. Depois fomos atrás de Saturno e depois de muito tempo conseguimos derrota-lo.

Eu tentava digerir aquilo tudo, era informação demais. A mulher que por anos eu achei ser minha mãe... não! Ela era sim minha mãe, ela cuidou de mim e me deu todo carinho e amor que só uma mãe daria à sua filha. Porém, Belona era minha mãe biológica, e pelo que papa contou ela foi obrigada a me deixar.

Fiquei longos minutos pensando naquilo, tentando entender completamente a situação.

-Porque só agora me procurar? - questionei.

-Achamos que seria perigoso te trazer para perto de nós ainda pequena, quando conseguimos derrotar Saturno você já deveria ter quase três anos, e fora o tempo que teríamos para nos recuperar, preferimos deixar você na Terra, estaria mais segura. - Belona explicou e eu arregalei os olhos, essa luta levou tanto tempo assim?!

-Mas espera... - analisei algumas palavras dita por Belona anteriormente, e... Como?!! - Eu... Eu sou uma Deusa?

Eu estava completamente incrédula, aquilo é.... Demais!

-Sim, filha, você é filha de dois Deuses. - meu pai respondeu e eu passei a mão pelo meu cabelo, jogando-o para trás. Eu ainda não havia conseguido acreditar, é muita coisa.

Uma Deusa, o quão incrível e inacreditável é isso?!

Suspirei ainda sem acreditar. Em relação à Belona... Eu não sabia oque pensar. Deveria aceitar tão rápido assim? Eu não à conhecia... E eu... Não! Seria muita hipocrisia de minha parte pensa isso, é quase a mesma coisa que aconteceu com meu pai, mas tinha algo que diferenciava toda essa situação da outra. Droga! Eu não sabia oque pensar, preciso conversar com alguém.

Olhei para eles. Belona me olhava com algum tipo de espectativa, meu pai da mesma forma. Talvez eles estejam esperando por algum tipo surto ou revolta de minha parte.

-Eu... Eu preciso pensar - Eles manearam a cabeça em concordância -Eu estou um pouco confusa e... Não sei oque pensar.

-Tudo bem, filha, tome o tempo que precisar. - meu pai disse e sorriu.

-Estaremos esperando. - Belona disse com um pequeno sorriso.

Devolvi o sorriso e saí da cabana.






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