De volta para casa

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- Eu conheci a sua mãe na escola, quando ela tinha a sua idade.
Eu era um ano mais velho. Os seus avós, os pais dela não queriam que nós ficássemos juntos porque eles não gostavam de mim. Achava que eu não daria uma vida boa a sua mãe. Até que nós resolvemos fugir juntos.
Nós pegamos carona em um vagão de trem. Iriamos para qualquer lugar longe de todos os que não aceitavam o nosso namoro.
Nós chegamos em uma cidade vizinha sem dinheiro algum e só com a roupa do corpo, a gente não sabia o que fazer. Por sorte, naquele mesmo dia eu consegui um emprego em uma cafeteria e o meu patrão tinha um quartinho nos fundos da cafeteria, então eu trabalhava em troca de nós ficarmos morando lá. Eu prometi a sua mãe uma vida boa, mas eu não conseguia cumprir. A sua mãe não estava gostando de morar no quartinho dos Fundos, ela chorava muito com saudade da família dela e dos amigos.
Então para ela parar de sofrer, eu aceitei voltar para casa com ela. Eu estava muito decepcionado e ela sabia disso. Passamos um tempo sem nos ver. na verdade, foram 5 anos. Depois nós nos reencontramos, ela voltou para a cidade. Nós estamos mais maduros, e nós voltamos a ficar juntos. Foi quando resolvemos casar, e o resto você já sabe.
- Eu não sabia dessa história, eu não sei nem o que dizer.
- Gabriela Eu nunca faria nada de mal a sua mãe, eu sempre a amei muito, assim como eu te amo! Filha, você é o fruto do nosso amor, se sua mãe estivesse aqui com a gente com certeza ela também te amaria muito. Me perdoa filha!
- Você não tem que pedir perdão pai, está tudo bem. Desculpa se eu fui dura de mais com você...
- Eu não tenho nada que te desculpar, pelo contrário, eu que tenho que te pedir perdão por não ter te contado a verdade.

Eu abraço meu pai com lágrimas nos olhos e meu pai também estava emocionado. Então eu digo que voltaria para casa e ele fica muito feliz com a notícia, Mas o Miguel nem tanto.
Eu agradeço pela hospedagem aos senhores Valentine. E eles também me agradecem pela minha compania e dizem que as portas da mansão estariam sempre abertas, sempre que eu quisesse voltar, então Agradeço também.
Eu vou até o quarto em que eu estava e busco minhas coisas, mas o Miguel já estava lá me esperando.

- Você realmente quer ir embora?!
- Miguel eu já fiz as pazes com meu pai, não faz sentido ficar aqui.
- Você sabe que você vai ser sempre bem-vinda aqui...
- Eu sei e agradeço muito, mas agora eu fiz as pazes com meu pai, é melhor eu ir embora. E outra, eu não me sentiria à vontade mas aqui sabendo que você gosta de mim e eu namorando o Caleb. Não seria justo com você nem com ele.
- Mas eu não me importo se você mora aqui e namora o Caleb, eu só quero ficar perto de você, cuidar de você, te proteger!
- Miguel não fica se torturando desse jeito!
- Para mim não é tortura, só de  ficar perto de você já é o suficiente. Eu te amo! Por favor não vai embora.
- Miguel não faz isso comigo, não me deixe com esse peso na consciência...
- Então não vai, fica aqui comigo.
- Miguel Não é porque eu estou indo embora que eu vou deixar de gostar de você, eu senpre serei grata por tudo o que você fez por mim e outra, a gente estuda na mesma escola, a gente vai se ver todo dia...
- Mas não é a mesma coisa...
- Miguel deixa eu ir, depois agente conversa melhor...
- Eu vou te provar que te amo!
- Provar como Miguel?!
- Lembra aquele dia que nós estávamos na praia, que o Caleb se transformou e que eu cheguei lá de repente...
- Sim, eu lembro.
- Foi tudo um plano da Alana, ela queria acabar com seu namoro com o Caleb, então ela escutou quando nós estamos combinando de ir à praia e ela pediu para que eu fosse porquê ela sabia que eu Caleb iria ficar com muito ciúmes de mim.
- O que?! você fez isso Miguel?! O Caleb foi atropelado e quase matou a gente por sua causa e da Samantha.
- Me desculpa!

Nesse momento eu não aguentei, dei um tapa na cara do Miguel e sai do seu quarto. Desci as escadas rápido e falei:

- Vamos embora pai!
- Está tudo bem?
- Tudo ótimo, vamos embora!

Eu vejo o Miguel na escada, ele se despede de mim sinalizando com a mão, eu observo mais finjo  que não vejo.
Meu pai e eu entramos no carro  e fomos para casa. chegando lá. Subo para o meu quarto para guardar minhas coisas. Meu pai chegou no quarto e disse que tudo estava como eu tinha  deixado, pois ele ficou com esperança de que eu voltaria.

- Como é bom ter você de volta em casa filha!
- Eu também estava sentindo falta de casa.

Eu guardo tudo no lugar e vejo a foto da mamãe, eu chorava por sentir falta dela, por nunca ter a conhecido.
Eu olho pela janela e de novo vejo a imagem de uma mulher me olhando do outro lado da rua. Ela ficava lá me olhando mas logo sumia.
Eu estranhei um pouco, deveria ser coisa da minha cabeça. Procuro pela mulher na janela, mas não a vejo mais, então resolvo dormir, pois o dia iria ser longo!

Ódio Mortal - O confrontoOnde histórias criam vida. Descubra agora