III

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Marjhorie

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Marjhorie


 Olho pela pequena janela ao meu lado e percebo que já está escurecendo o céu. A carruagem balança de um lado ao outro, os cascos dos cavalos batem em uma frequência incrível, o balançar do veículo me deixa levemente enjoada e tonta.


Do que mais sinto saudade é da tecnologia e do conforto do futuro, dos meus luxos e mimos. Algo que era tão comum se tornou um sonho inalcançável, a menos que conclua o que vim fazer, para poder voltar ao futuro, ao meu lar. Foi isso que ele me prometeu, assim ele deverá cumprir.

Acabo sendo distraída pelos pensamentos, e sou puxada de volta a realidade com um grande solavanco e uma alta explosão.


Olho assustada para minha duquesa que também parece igualmente surpresa, ela está sentada do outro lado da pequena carruagem. Meu corpo está completamente pendido para a esquerda e tenho que me apoiar na parede de madeira para tentar manter o equilíbrio.
Três batidas na janela me chamam a atenção. Assustada eu penso na possibilidade de ser um assalto. Com toda a delicadeza, eu abro devagar a porta da carruagem e um desconcertado Duque de Campbell me observa atento e impassível como se nada tivesse acabado de acontecer.

- Bárbara minha querida, se sente bem? – ele pergunta com o semblante preocupado.


- Sim meu amor. – ela responde deslizando pelo banco de madeira de modo a chegar aos braços de seu amado.

O duque fez questão de guiar a carruagem, então ele estava por dentro do que acabara de ocorrer.

- O que houve?–  Pergunto com um tom de voz relativamente alto e sou repreendida por seu olhar ríspido e descontente. Aclaro a garganta desconfortável e saio da irregular carruagem. Ao pisar fora do veículo, entro direto em uma poça de lama, sujando meus sapatos que fiz questão de ilustrar pela manhã.

- Merda! – Tapo minha boca e olho assustada para os lados de modo a ver se alguém poderia ter ouvido minha maldição proferida.
Com sorte ambos os patrões estavam olhando a frente da carruagem.

Encaminho-me até eles e percebo que falta um cavalo, além da roda de madeira estar partida ao meio. Provavelmente deve ter entrado em um grande buraco.

Olho ao meu redor e percebo que paramos no meio do nada, estando escuro e cercados por uma densa e macabra floresta de pinheiros.

Uma brisa toca meu rosto e uma leve ansiedade e medo se instalam dentro de mim. Sou tirada do meu estupor quando uma voz irritada chama-me pelo meu fictício nome.

- Marjhorie! - O Sr. Campbell me chama apontando para um lugar mais a frente.


- Vá lá buscar aquele cavalo imediatamente! – Ele diz ríspido apontando para a parte mais tenebrosa da fria floresta.

Olho na direção que ele aponta e forço meus olhos para ver além do escuro, porém, não enxergo praticamente nada.
Retiro a coragem do fundo da minha alma, olho para o céu estrelado fazendo uma pequena oração silenciosa. Seguro as pontas do vestido emprestado e caminho na direção que me foi apontada.

Vamos lá cavalo, aonde você foi?

Vamos lá cavalo, aonde você foi?

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