capítulo 21

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Chegando na escola dou de cara com o Bernardo, ele está tão lindo. É como se meu coração parasse quando estou perto dele, sei que não devo me permiti a sentir qualquer tipo de sentimento por alguém, principalmente nesse momento difícil da minha vida.
Vou para a sala e sou barrada no meio do corredor.

Bruno: joana posso falar com você antes da aula?

Sinceramente já estou ficando com medo desse professor.
Ele é meio tímido e esquisito ao mesmo tempo.

Joana: Sim, pode ser aqui mesmo?

Bruno: Prefiro que seja na minha sala. Por favor me acompanhe- fala com cautela.

Na minha cabeça só se passa uma coisa, dúvidas!
A sala do Bruno é bem aconchegante para um professor, parecia mais um quarto.

Bruno: Você deve tá se perguntando porque te chamei até aqui e porque te observei tanto esses dias. Calma eu não sou um pervertido! Sou um simples professor de literatura que está preocupado com o filho.

Agora tudo ficou ainda mais confuso.

Joana: Eu não entendi.

Bruno: Meu filho estuda na sua sala, pode não ter percebido a presença dele, mas ele está lá.
O Davi é muito reservado em classe, o fato de conviver no mesmo ambiente que o pai o encomoda muito.
Há algum tempo ele tem se privado de falar comigo, o que me deixa preocupado pois a mãe dele morreu há 2 meses e não sei lidar com essa situação.
O Davi vive solitário e sempre fica no quarto sem se comunicar com ninguém nem mesmo comigo é isso já está me assustando.

Ainda não entidi porque ele está desabafando comigo...logo comigo.

Joana: Professor eu ainda não entendo qual a minha relação com essa história.

Bruno: Quando vou lesionar em uma classe gosto de conhecer o ambiente em que estou entrando.   O pessoal da secretaria comentou sobre seu pai, ele era um advogado bastante conhecido na região. Ao chegar na sala vi você muito feliz e comecei a te observar , e quero te pedir um favor.

Joana: Se eu puder ajudar.

Bruno: Eu quero que você se aproxime do Davi. Sei que não deveria misturar minha vida profissional e a pessoal mas não aguento olhar todos os dias pra ele é não ver um sorriso.

Joana: Calma, entendo sua preocupação e vou te ajudar.
Vi minha mãe passar por isso várias vezes nos primeiros meses após a morte do meu pai.
Sei como ele se sente é realmente horrível esse tipo de situação.

Bruno: Como você conseguiu de recuperar tão rápido?

Joana: Eu tive ajuda de muitas pessoas e percebi que não tinha nada pra recuperar. O sentido era apenas aceitar que ele está em um lugar melhor.

Bruno: Você parece bem madura pra sua idade.

Joana: A vida ensina várias coisas.

Bruno: Bom joana, eu espero que você possa conversar com ele e me ajudar, escolhi você porque vi que ele se daria bem com você.

Joana: Vou tentar fazer o que for possível para ajuda-lo.

Bruno: Te agradeço muito.
Mas agora vamos pra aula, já estamos atrasados.

Joana: Claro.

Fico mais tranquila sabendo toda essa situação.
Sei como é viver se culpando e vou ajudar sim o Davi a se encontrar nesse momento.

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⏰ Última atualização: Nov 19, 2017 ⏰

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