Alicea"Psicótico, psicopata, quem são? Por onde andam? Eles vivem se escondendo? Estão por aqui?"
- Pelo contrário, eles são como nós, se infiltram e agem naturalmente, você nunca vai saber de primeira se aquela pessoa tem esse certo distúrbio. Eles são inteligentes, parece que eu estou falando de um animal bizarro e que vamos todos morrer mas é só pra enfatizar, eles são insensíveis, duros como pedra, suas mentes trabalham vinte quatro horas por dia, sempre pensando e tramando.
Era impossível não simpatizar com esse professor cujo nome era John Hermano, seu sotaque era claro e eu já tinha lido vários dos seus livros como jornalista avançado e formado em psicologia.
- Professor, agora estou com medo e se for você o maníaco.
Uma morena fala fazendo alguns darem risadas. John tira os óculos e sorri e com certeza fazendo muitas suspirarem com a demonstração de seus dentes brancos.
- Não se preocupe, eu posso te afirmar que não sinto prazer em matar pessoas, é estranho.
No decorrer da palestra, senhor Hermano nos da o trabalho tão esperado para a iniciação que falaria claro sobre um dos temas mais comentados, psicopatas, meu insistindo de competitividade falava mais alto e mesmo não concordando eu estava animada para começar logo.
Meu pensamentos são interrompidos e aposto que do auditório inteiro pela porta se abrindo e entrando um par de olhos verdes e cabelos ondulados, alto e bem atraente, ao notar que ele olhou diretamente para mim, acabo desviando o olhar na mesma hora, decido me concentrar na folha de "Notas sobre mim" que o professor Hermano nos mandou fazer. Até que o desconhecido sobe as escadas e passa do meu lado e o seu perfume se instala em minhas narinas quando decido olhar para ele, —olhar mais— usava uma calça preta aparentemente bem colada em seu corpo mas combinava perfeitamente com ele, botas e uma camisa quadriculada azul e branca com as mangas puxadas para cima e os botões meio abertos que me permitia ter uma boa visão de suas tatuagens no peito e encima de seu ombro tinha uma câmera profissional, e era boa, conheço de longe, meu grande sonho ter uma desde o colégio.
Ele se ajeita e senta na poltrona mais em cima do auditório e na hora me viro rapidamente sentindo meu rosto corar por que com certeza ele notou.
- Tudo bem? - Nick pergunta sussurrando
- Ah... Tudo. - Dou um pequeno sorriso pra disfarçar
- Eu estou em dúvida se coloco lasanha ou pizza na questão qual é a minha comida favorita.Ele sorri o que me contagia a sorrir junto.
- Que problemão... Eu não sei você mas a minha comida favorita será japonesa.
Eu falo já escrevendo no papel.
- Novidade... - Ele revira os olhos e logo depois sorri
Lhe dou língua e volto a focar no trabalho que já tinha que ter terminado. Não sei se vocês já sentiram isso mas a sensação que eu estava sentindo era de alguém me olhando, mas olhando mesmo, sem parar um minuto, tive vontade de ver quem era ou se era isso mesmo mas ele estava lá atrás e eu não queria que ele me achasse maluca ou coisa do tipo, matei minha vontade na hora.
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Cruel
Mystery / ThrillerA vida é uma caixa de surpresas e eu não estou dizendo que são surpresas boas.