O Melhor Amigo Do Meu Primo

Capítulo 48

"E foi aí que começou o meu desespero"

- Então... - ele se afasta um pouco de mim - Eu vou ir la ver o arroz - ele vai correndo até a cozinha

Puff!

Entro no quarto, pego minha calcinha e volto no banheiro. Já vestida, desço um pouco as escadas e espio o Thomaz, ele estava mexendo nas panelas. Por que ele fugiu do assunto? Por que ele fugiu de mim?!

Subo pro meu quarto e deito na cama, fico encarando o teto pensando no Thomaz

- Você gostava de fazer isso - ouço o Thomaz

- O que?! - imediatamente sento na cama

- Ficar encarando o teto, pelo menos fazia isso quando queria pensar - ele vem em minha direção ficando de pé em frente a mim - No que ta pensando?

- Em você...

- Oi? - fala ele com um sorriso de lado

- Isso mesmo! - me levanto fazendo com que eu fique mais aproximada de seu corpo - Estava pensando em você, no beijo...

- Esquece que isso aconteceu, ta? - ele coloca a mão no bolso

- Como você pode me pedir isso? Por que na hora que eu falei que parecia que eu já tivesse te beijado ficou todo sem jeito? - ele não falava nada - Por que?!

- Porque a gente já se beijou! - fico em silêncio

- Mas a gente já...? - olho pra minha barriga e pra ele

- Ahh! Não, eu não sou o pai do seu bebê - e parece que ele tinha entendido

- Ata - fico meio decepcionada - Quem é então?

- É o cara que fez você se esquecer de tudo - fico surpresa

- Nossa... Preferia que fosse você o pai

Ficamos em silêncio.

Duas Semanas Depois...

Já estava me lembrando, e parecia que o Thomaz estava ficando feliz com isso, afinal, estava me lembrando dele também, dos beijos, das brigas, etc...
Só que o problema é que eu ainda não tinha contado pra ele que me lembrava, preferi deixar de lado, e depois contar

E Hoje é véspera de Natal!

Todos reunidos, amigas e amigos, familiares etc

Minhas amigas estavam todas lindas e amigos também

Thomaz nem olhava pra mim, e quando olhava era só por um segundo. Estava me importando com isso, sabe... Acho que gosto dele

- Sophia! - Aria estava me chamando - Hey, acorda garota!

- Aah oi Aria, o que foi? - olho diretamente a ela

- Você está bem? - fala ela levantando uma das sobrancelhas

- Tô sim... É, to - dou um sorriso

- Então ta, mas o bebê? Como ele está?

- Tá dançando na minha barriga - ela ri

Saio da sala e vou para o meu quarto

Fecho a porta e deito na cama, encaro o teto. Bem típico de Sophia. "Toc Toc"

- Pode entrar! - grito ainda encarando o teto

Ouço a porta se abrindo mas não vejo quem é

- Oi - essa voz, bem familiar

- Oi... - dou uma pausa - Guilherme - passo a estar sentada na cama

- Nossa! - ele fecha a porta - Então você está lembrada de tudo

- Tava com uma amnésia temporada graças a você imbecil!

- Graças a mim?! - fingia não estar entendendo

- Aah então agora é você que está com amnésia? - levanto e chego um pouco mais perto - Então deixa eu refrescar a sua memória. Você estava no meu quarto com uma faca, tentando matar o meu bebê, me empurrou e fez eu bater minha cabeça na quina da escrivaninha, lembrou?

- Huuum... - ele pensa um pouco - Acho que sim, mas então, acho que esse bebê nao vai por muito tempo no seu colinho mamãe - ele chega mais perto ainda

- E o que você vai fazer?

- Não sei. Mas, valorize os seus primeiros cinco minutos com o... Como é mesmo? Breno!

- Sim! Esse é o nome dele, se for menino, mas ninguém sabe, como você poderia saber?

- Instinto de pai - ele olha pra barriga - Mas então, valorize esses primeiros minutos, porque talvez possa ser os últimos minutos dele - ele sorri

Nessa hora, eu fiquei cega de raiva, fechei meu punho estava preparada pra encher ele de socos. Mas não. Simplesmente deixei minha raiva de lado

E mal eu sabia que isso iria me ajudar

- Você é louco! - grito

- Fica quietinha - ele coloca a mão no bolso

- Você! - grito - É! - Lou... - ele coloca um pano em minha boca, e me colocando lentamente na cama

Quando ele tirou o pano, simplesmente foi embora, eu ia impedir, mas estava tudo escurecendo...

"Sophia! Sophia!"

Abro os olhos lentamente, e quem eu vejo? Thomaz, logo surgiu um sorriso, mas logo veio o desespero

- Cadê ele? - via que não tinha resposta - Cadê ele?! - olhava pra todos os lados

- Ele quem Sophia?

- O Guilherme, ele tava aqui, eu vi!

- Você devia estar sonhando... - ele acariciava o meu ombro

- Não! - grito - Eu não tava, foi real - começo a chorar - Ele vai tirar o bebê de mim Thomaz

- Não, eu não vou deixar - ele faz um deitar minha cabeça em seu ombro

E fico ali, se derramando em prantos. Mas, tinha algo de errado o bebê ele...

- Tá vindo! - no mesmo segundo paro de chorar

- O que?

- O bebê, tá vindo - me levanto e sinto algo saindo de mim - Meu Deus! Estourou, Estourou

- Sophia, calma, deixa que eu te ajudo

E foi aí que começou o meu desespero