Capítulo 52

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"Finalmente..."

Eu finalmente ia encontrar o meu filho, eu finalmente ia ter ele aqui comigo, tinha tudo pra dar certo. Mas deu tudo errado. Nesse momento eu estou nos braços de Guilherme, mas não do tipo bom, de eu ter tropeçado e ter que me segurar pra não me deixar cair, eu estou nos braços dele e com uma arma mirada nas minhas costas, ouvindo o choro do meu filho, todos falando pra se acalmar, falando pra ele abaixar aquela arma, para não atirar em mim e eu já estou ciente que qualquer movimento de qualquer um aqui neste cômodo ele vai apertar o gatilho e a bala vir passar direto por mim

2 horas antes...

- Acharam ele - meu pai dizia desligando o celular

- Ele? - franzi a minha testa parecendo não ter compreendido

- O seu filho, acharam o seu filho! - no mesmo segundo todos que estavam ali presentes se levantaram, meu pai subia as escadas indo em direção ao seu quarto

- Onde ele está?! - gritei o perseguindo e Thomaz logo atrás de mim - Pai? - parei em frente ao seu quarto, ele estava vestindo a sua jaqueta - Me fala!

- Estão num hotelzinho perto da rodoviária, parece que ele estava planejando sair da cidade hoje mesmo - ele descia as escadas

- Vou ir com vocês! - falei sem nem pensar duas vezes

- SOPHIA! - todos em sincronia gritaram comigo com um tom de preocupação

- Eu vou ir sim com eles, é o meu filho! Ele precisa de mim - ao mesmo tempo todos ficaram em silêncio

- Ta, você pode ir... - meu pai disse

- Querido?! - minha mãe o interrompe

- Mas por uma condição, você vai ficar atrás de mim e dos policiais, e o Thomaz tem que ir com voce - a cada palavra ele fazia um gesto com a mão com um tom de comando

Balancei a cabeça, concordando

- Ótimo - parece que eu satisfiz ele

Me aprontei, e imediatamente fomos. Quando vi que chegamos eu queria saltar do carro e correr batendo em cada porta dos quartos desse hotel, mas os policiais não deixaram, falaram que tínhamos que chegar sem que ele percebesse e eles já tinham o número do quarto onde ele estava se abrigando

Os policiais já mandou todos os que estavam no hotel sair, caso precise atirar e não assustar ninguém. Eles já iam entrar, mas eu, uma burra apressada, foi e abriu merda da porta

- Mas que merda! - via Guilherme deitado num colchão com o meu filho - Meu tá filho aqui!

E no mesmo segundo o Guilherme puxou a arma do bolso dele, me pegou pelo braço e apontou a arma nas minhas costas

- Solta ela! - os policiais falavam com as armas nas mãos

Olhei pro meu pai e falei em tom baixo "desculpa", ele me olhou com um olhar de compreensão e amor, sendo que nunca me olhou assim

- Soltem as armas, se não eu atiro nela! - e cada vez mais ele aprofundava aquela arma em mim

Os policiais olhavam um pra cara do outro, não estava conseguindo entender o que eles estavam fazendo e outra, cadê o Thomaz?

- Tá bom - todos colocaram as armas nos bolsos - Mas solte ela

- Vão até a porta - Guilherme falou e eles obedeceram, ele me soltou e logo fechou a porta

- Mas e o meu filho?! Vocês estão loucos?! Ele ainda está com o meu filho! - gritava empurrando cada um

Mas num instante o meu coração acelerou, pois vi Thomaz voltando com um bebê nos braços, nessa hora não consegui acreditar

- É o meu menino? - olhei ao meu redor e todos concordaram

Peguei ele no colo, e chorei, simplesmente chorei. Voltamos para o carro, e logo vi Guilherme com os policiais, olhei bem pro Thomaz e dei-lhe um beijo

- Finalmente...

O Melhor Amigo Do Meu PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora