Madeline, de cinco anos de idade, pulou no colo de seu pai.
-Comeu o suficiente? -perguntou-lhe ele.
Ela sorriu e deu uns tapinhas de leve na barriga.
-Não agüento comer mais.
-Comeu o bolo da vovó?
-Um pedação!
Joe olhou para sua mãe, que estava no outro lado da mesa.
-Parece que estamos todos satisfeitos. Não poderemos fazer mais nada esta noite a não ser ir para a cama.
Madeline pôs suas pequenas mãozinhas nos lados do rosto de seu pai.
-Mas papai, hoje é véspera de Natal. Disse que poderíamos dançar.
Joe fingiu não se lembrar.
-Disse isso? Não lembro de haver dito nada sobre dançar.
A vovó sorriu e passou a mão pela cabeça da menina enquanto começava a recolher as coisas da mesa.
-Mas papai - rogou Madeline -, nós sempre dançamos na véspera de Natal. Só você e eu, lembra?
Um sorriso se desenhou sob o grosso bigode do pai.
-É claro que lembro, querida. Como poderia esquecer?
E dizendo isso, ficou em pé, tomou a mãozinha dela na sua e, por um momento, só por um momento, sua esposa estava viva de novo e os dois entravam no quartinho para passar juntos outra véspera de Natal como outras tantas que tinham passado, dançando até a madrugada.
Teriam podido dançar o resto de suas vidas, mas veio a inesperada gravidez e as complicações. Madeline sobreviveu, mas sua mãe não. E Joe, o rude açougueiro de Minnesota, ficou sozinho para criar Madeline.
-Vêm papai - lhe disse, puxando-o pela mão -. Dancemos antes de que cheguem.
Ela tinha razão. Logo soaria a campainha da porta e os familiares encheriam a casa e a noite seria já algo do passado.
Mas por enquanto, só estavam papai e Madeline.
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Ele escolheu Você
SpiritualQuerido amigo: Quando pensa na cruz, que pensamentos vêm a sua mente? Campanários? Colares de ouro? Igrejas? Ou seus pensamentos são mais intensos e vêm a sua mente palavras como estas: Jesus. Pregos. Sangue. Dor. Morte. Sepultura. Sepultura? Sim, v...