2_ O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

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O amor de um pai por seu filho é uma força poderosa. Pense no casal com seu bebê recém-nascido. O menino não oferece a seus pais absolutamente nada. Nem dinheiro, nem habilidades, nem palavras de sabedoria. Se tivesse bolsos, estariam vazios. Ver um bebê deitado em seu berço é ver um indefeso. O que ele tem para ser amado?


O que quer que tenha, mamãe e papai sabem identificar. Senão, observe o rosto da mãe enquanto atende a seu bebê. Ou o olhar do papai enquanto o embala. Nem tente causar dano ou falar mal do menino. Se o fizer, vai se deparar com uma força poderosa, porque o amor dos pais é uma força poderosa.


Em uma ocasião, Jesus disse que, se nós, os humanos, formos capazes de amar assim, quanto mais não nos amará Deus, o Pai, sem pecado e generoso.


Mas, o que acontece quando o amor não é correspondido? O que ocorre ao coração do Pai quando o filho se vai?


*


A rebeldia atacou o mundo de Joe como uma tempestade de neve a Minnesota.


Quando já tinha idade suficiente para dirigir um automóvel, Madeline decidiu que era suficiente adulta para dirigir sua própria vida. E essa vida não incluía seu pai.


«Devia ter imaginado», diria Joe mais tarde, «mas por minha vida que não o fiz». Não soubera o que fazer. Não sabia como lidar com narizes com piercings nem com blusas apertadas. Não entendia de baladas nem de notas ruins. E, o que é pior, não sabia quando falar e quando guardar silêncio.


Ela, por outro lado, sabia tudo. Quando falar com seu pai: Nunca. Quando ficar calada: Sempre. Entretanto, as coisas eram inversas com seu amigo da rua, aquele moço fracote e tatuado. Não era um bom moço, e Joe sabia.


Não ia permitir que sua filha passasse a véspera de Natal com esse moço.


«Passará a noite conosco, senhorita. Comerá o bolo da vovó na ceia em sua casa. Celebraremos juntos a véspera de Natal».


Embora estivessem sentados à mesma mesa, perecia que estavam em pontos diferentes da cidade. Madeline brincava com a comida sem dizer uma palavra. A avó tentava conversar com Joe, mas ele não estava com humor para conversar. Uma parte dele estava furiosa; a outra parte estava desconsolada. E o resto dele teria dado qualquer coisa para saber como falar com esta menina que antigamente se sentava em seus joelhos.


Chegaram os familiares trazendo com eles um bem-vindo final ao desagradável silêncio. Com a sala cheia de ruídos e gente, Joe se manteve em um extremo e Madeline no outro.


«Ponha música, Joe», lembrou-lhe um de seus irmãos. Assim fez.


Pensando que seria uma boa idéia, dirigiu-se para onde estava sua filha: «Dançaria com seu papai esta noite?»


Pela forma como ela bufou e se voltou, poderia se pensar que lhe havia falado algo insultante. Diante da vista de toda a família, dirigiu-se para a porta da rua, abriu-a, e se foi, deixando seu pai sozinho.


Muito sozinho.


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