Cap. 2 - Flores e mais Flores

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"Em todos os momentos, sigo te amando, sigo te querendo e já não importa o que vão dizer, por que eu te quero e sempre vou amar você" - Primavera; Aline Barros

     Já faziam três meses que Helena não colocava os pés para fora do hospital e aquela decoração absurdamente branca já parecia ferir a sua visão. A única coisa que tinha para olhar — fora o belo rosto de Alex — era a paisagem. Ela havia dado uma grande sorte, do quarto que estava conseguia ter uma bela vista do jardim do hospital onde algumas crianças brincavam alegremente durante a tarde, além disso, as belas flores. As únicas vozes que escutava era a de seu marido e das enfermeiras de rotina, também de sua irmã, Helen que sempre vinha fazer uma visita no período da manhã.

    Helena se levantou de seu leito indo ate o banheiro, parou por alguns instantes na frente do espelho observando o seu reflexo. Ali, para ela, estava apenas um esqueleto, não havia mais as belas curvas que a alguns meses atrás ela tinha ou os olhos brilhantes que agora estava fundos e sem vida, os cabelos pretos e longos agora estavam sem graça e desidratados. Essa era a aparência que ninguém iria querer ter. Era uma aparência de morte. De dor. E de puro sofrimento.

    Assim que escutou a porta do quarto se abrir, Helena percebeu que estava chorando mais uma vez e limpou suas lágrimas. Ao sair do banheiro foi recebida pela aparência magnifica de Helen que estava com um sobretudo maravilhoso na cor branca, caças jeans pretas, uma blusa branca e o que mais chocou Helena, ela estava com os seus sapatos de salto alto azuis.

— Helen, eu ainda não morri, pode devolver meus sapatos onde achou. — Disse bem humorada se sentando na cama.

    Essa era a Helena, fazia piada com tudo pois o melhor modo de ficar ali sem enlouquecer era fazendo piadinhas sobre seu estado, e é claro que Helen odiava isso.

— Não são os seus Helena, eu comprei esses a uns três dias. Vim com eles para te mostrar. — Helen se sentou na poltrona ao lado da cama balançando os pés no ar sorrindo. — Como você está, Lena?

— Estou bem. — Respondeu seca — E George?

— Enrolando para me pedir em casamento, ou seja, está muito bem. — As duas riram.

    Ela tinha poucos momentos como esse na companhia da irmã, não que Helen deixava de ir ver a irmã mas, por que Helena estava sempre mal. Na maioria das vezes, estava na UTI. Helena tinha Leucemia Linfóide Aguda, um câncer que ocorre quando uma célula de medula óssea desenvolve erros no seu DNA, mais comum em crianças, mas Helena foi uma grave exceção da doença. 

— E Alex? — Perguntou, Helen.

— Foi olhar meus exames, já deve estar subindo. Não esta tarde para você vir? Geralmente você vem de manhã e não a noite. — Helena colocou suas mão sobre as pernas. 

— Hoje eu vou sair com George e é perto do hospital então ele vai vir me buscar aqui, e eu achei que ia ser legal te fazer uma visita. 

   Helena apenas assentiu quando sentiu uma leve tontura, então se deitou fechando os olhos por alguns segundos e os abrindo novamente. Quando se virou para Helen sentiu algo liquido saindo seu nariz levando uma de suas mãos ate a área de seu rosto onde, ao tocar olhou para suas mãos vendo elas sujas de sangue. Olhou rapidamente para Helen que ao ver o estado da irmã correu para fora do quarto para chamar o médico.

    E em alguns minutos... Tudo ficou escuro para Helena.

                                                            

Olá bebês!!!

Espero que tenham gostado e talvez ainda hoje posto o próximo.

Bjosss

Um pouco de HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora