7: Estripador

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1,2,3,4,5...Não sei quantos dias se passaram mas já de uma semana já passou, eu estou morando com April a muito tempo e o Fernando não me mandou nenhum aviso,estou preocupada.

- Samantha! - Ouvi April me chamar- Arrume suas coisas você vai ir embora. O motorista está lá fora te esperando. -sorriu.

[...]

Depois de muito tempo arrumando a mala finalmente estava me despedindo de April. Eu realmente iria sentir falta de suas piadas horríveis e sua risada contagiante.

- Thau April obrigada pela paciência. - abracei a mesma.

- Ah espere! -me gritou - Tome vai precisar o meu email está aqui - me entregou um papel com o seu email e uma bolsa de emergência, a olhei confusa- E o seu braço,pode desenfaixalo já está melhor.

- Mas pra que a bolsa com remédios? Eu já estou melhor.-falei sorrindo.

- Você vai precisar, thau! -entrou na pequena casa.

Franzi a sombrancelha e entrei no carro. A curiosidade falou mais alto e tirei a grossa faixa do meu braço, minha boca abriu formando um perfeito O, o que ela fez? O corte tinha desaparecido.

[...]

Quando saí do carro dei de cara com a grande mansão,como sempre sua neblina grossa a deixava mais assustadora.

Passei pelo grande portão indo para a porta principal a abri ouvindo a mesma ranger. Olhei pela sala de visitas percebendo que parecia ter passado um doido aqui,tinha água vermelha por todo canto,provavelmente sangue.

Olhei o sofá e vi que Alice estava sangrando em um canto corri rapidamente até ela,e quando percebi estavam todos espalhados pela grande sala.

- Agora eu entendi pra que os curativos realmente vou precisar.-pensei.

Peguei a Alice e a coloquei no sofá que estava encharcado de sangue, fui até o Fernando e o levei até o sofá e ajudei os outros fazendo o mesmo.

- Gente me fala o que aconteceu?-disse enquanto limpava os machucados da Alice.

- Samantha..pegue aquele corpo e dê para a Alice.-disse Gabriel com dificuldade.

Olhei para onde ele apontava e vi o corpo de uma empregada,o olhei desconfiada e arrastei o corpo pra perto da Alice.

- Você pode pegar uma pomada na cozinha? Está escondida em uma das gavetas.-disse o Gabriel de novo.

Olhei para a Alice ela parecia traumatizada,e foi aí que vi sua calça rasgada.

- Alguém abusou dela mas quem?-pensei.

Corri rapidamente até a cozinha e saí abrindo todas gavetas.

- Mas pra que pomada os ferimentos são muitos graves, uma simples pomada não vai ajudar.-pensei.

Fui pra sala e vi todos de pé (?), mas eles pareciam gravemente feridos, mas agora os machucados sumiram. Suas roupas continuam rasgadas, Alice estava chorando.

- Obrigada. - Gabriel falou e levou Alice para o seu quarto.

Foi aí que percebi seus lábios encharcados de sangue,na verdade os de todos estavam ensanguentados. O corpo da empregada estava jogado no chão com mordidas por todo corpo.

- O QUE ACABOU DE ACONTECER?! - gritei incomformada.

- Não é da sua conta. - Henrique falou.

Vi eles saindo da casa e entrando na floresta.

- Eu os ajudei e é assim que me agradessem?! Me deixando com a parte da limpeza?!-pensei.

Peguei uma vassoura, e a joguei longe.

- Não vou ficar aqui vou ir atrás deles.-pensei.

Fui pra fora da casa e entrei na floresta, eu nunca tinha entrado nessa floresta mais ela parecia mais assustadora do que antes. Eu não tenho medo dessas coisas sobrenaturais,pelo contrário, no orfanato eu sempre pegava livros de terror e isso era outro motivo para as garotas terem medo de mim.

O barulho de meu tênis amassando as folhas secas era tudo o que eu escutava.

- Henrique! Fernando! Matheus! Cadê vocês?!-eu gritava e como resposta escutava os corvos fazerem barulhos incomodados com os meus gritos.

Escutei mais barulhos de galhos e folhas secas mas eu estava parada bão era eu que fazia esses barulhos.

Olhei a minha volta e, ninguém. Estou enlouquecendo? Senti uma não gelada passar pelo meu braço,me virei vendo Henrique.

- Arh ainda bem que é você! Onde...

- Você cometeu um grande erro vindo pra cá.-ele disse de cabeça baixa.

- Porque?

- Eu estou morto de fome. Sabia?

- Então vamos pra casa! Eu faço alguma coisa pra você.-segurei sua mão o puxando em seguida.

Ele puxou o seu braço de volta me fazendo atropeçar e cair.

- AI SEU IDIOTA! TÁ CEGO É?!-gritei me levantado.

Ele soltou uma risada baixa e levantou sua cabeça.

Oh...seus olhos estão vermelhos..sua pele está mais pálida que o normal.

- Você é realmente burra.-sorriu mostrando presas afiadas.

Me virei para correr mas ele agarrou a minha blusa e me puxou pra si fazendo minhas costas bater contra seu peitoral.

Ele colocou seus braços na minha cintura e me puxou para mais perto.

- Não se preocupe, não vou te estrupar,por enquanto só quero o seu sangue.






Vivendo Com Vampiros [Em Correção.]Onde histórias criam vida. Descubra agora