t w e l v e

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O sinal do intervalo soou, Jimin esperou as pessoas saírem para ir logo atrás. Levantou-se de seu lugar e saiu de sua classe, sentando-se debaixo de uma enorme árvore que tinha ali.
Olhava tudo em volta, e via como era chato enxergar apenas em tons de cinza, como era chato ser zombado e como era chato viver.
Para Jimin, viver não era só chato como cansativo também.
Saiu de seus devaneios quando alguma pessoa sentou ao seu lado. Olhou para o lado e viu Jung Hoseok sorrindo para sí.

— Você quer? — Hoseok ofereceu o salgadinho que estava comendo. — Você tem que se alimentar direito. — disse e foi até o cesto de lixo para jogar o pacote que antes estava comendo.

— Eu me alimento direito, só que agora, não estou afim de comer nada. — disse e encostou suas costas no banco. Pegou seu celular que estava no seu bolso da calça, e começou a responder algumas mensagens.

— Com quem está falando? — o Jung perguntou se aproximando mais, e tentando ver a conversa, porém Jimin escondeu o celular.

— Meu amigo, por quê? — disse arqueando as sombrancelhas. Viu o moreno ficar estranho, ele se encostou no banco logo fitando suas mãos.

— Você fica com esse seu amigo? — perguntou olhando para o céu.

— Isso não é algo que eu tenha que falar. — Jimin respondeu também fitando o céu, que para ele, era sem graça por não ter cores.

— Ah, Jiminnie. Eu gosto tanto de você, por favor, me dá uma chance? — perguntou e logo sentiu seu celular vibrando no bolso.

— Hoseok, não me chame assim. — o moreno pegou o celular, e viu quem estava mandando as mensagens, logo encarando o loiro. — E-u, eu nem conheço você direito, só sei que trabalha em uma cafeteria, e que seu nome é Jung Hoseok. — fechou os olhos ao sentir a mão do maior tocar a sua.

— Você vai saber tudo sobre mim, se me der uma chance. Eu não sou igual o Jungkook, Jimin. — disse e o loiro mexeu-se desconfortável por Hoseok ter tocado naquele nome. — Eu posso te fazer feliz, Jimin! Eu quero te fazer feliz. — apertou as mãos do loiro. O sinal que indicava o final do intervalo tocou, sem perder tempo, Jimin olhou para Hoseok em pé.

— Eu te dou uma chance, só não me magoe. — se levantou ficando em frente ao garoto que era maior que sí, ficou na ponta dos pés e deu um pequeno selar na bochecha do mais velho. Saiu dali, deixando o maior estático, com vontade de gritar que tinha ganhado um beijo na bochecha de Jimin.

Jimin estava esperando um ônibus, estava chovendo e não queria se molhar, já que sua casa era um pouco longe. Avistou o ônibus vindo, pagou sua passagem e sentou-se em um lugar qualquer, porém, que ficava do lado da janela, como sempre. Conectou os fones em seu celular e logo colocou em uma música aleatória. Continuou mexendo no seu celular e logo se distraiu, virou os olhos para a janela e tudo era cinzento. Cidade cinzenta, edifícios cinzentos, estradas cinzentas, chuva cinzenta, sua vida inteira cinzenta.
Olhou as gotas de água brotarem na janela e logo sentiu as lágrimas escorrerem por sua face.
Se levantou rápido e apertou o botãozinho do ônibus que servia para alertar o motorista que deveria parar, e ele logo parou. Estava muito longe de sua casa, porém, não se importou, queria um tempo para sí. Logo sentiu que as gotas de chuva, que molhavam seu cabelo intensificar-se. Andava na chuva como uma barata tonta, por um motivo estranho, queria ficar ali. Talvez Jimin pensasse que se ficasse na chuva, talvez ela levaria toda sua dor embora, como um chuveiro leva nossas impurezas quando tomamos banho, mas, o que ele pensava era pura mentira.
Sentiu alguém tocar o seu ombro e virou-se olhando aquele ser lindo a sua frente.

— O quê está fazendo na chuva, Jimin? — o Jung perguntou tirando seu moletom e colocando em cima da cabeça de Jimin. — Você vai pegar um resfriado, vamos, onde fica sua casa? — disse e o loiro começou a explicar. — Vamos, então. — segurou a mão do loiro e começou a correr junto com ele.

— Hoseok! Eu estou de mochila, vamos parar. — disse e Hoseok tirou a mochila das costas de Jimin, voltando a correr. Logo pararam em frente a uma casa um pouco grande. — Meu deus, Hoseok. Você é louco! — Jimin disse pegando a mochila do maior. — Você quer entrar? — perguntou olhando o mais alto que estava encharcado, assim como sí.

— Se não for um incômodo. — disse e olhou para o lado envergonhado.

Entraram na casa de Jimin, que era consideravelmente grande, e o menor foi para o quarto.

— Hoseok, eu vou tomar banho, qualquer coisa você me chama. —gritou Jimin e logo ouviu um "okay" de Hoseok que estava na sala.

Separou suas roupas e deixou em cima da cama, pegou uma toalha e foi em direção ao banheiro.
Trancou a porta e entrou debaixo do chuveiro, logo sentindo a água quente escorrendo por seu corpo fazendo-o relaxar.
Terminou seu banho demorado, apenas enrolou uma toalha na cintura e saiu do banheiro secando o cabelo com outra toalha. O que não esperava ver, era Hoseok sentado em sua cama, olhando para sí. Se assustou um pouco e foi até a cama pegando uma blusa e tentando colocar, porém, sentiu Hoseok pegar a blusa de sí e jogar por algum lado do quarto. Sentiu o maior puxar sua cintura, colando seus corpos.

— Você não sabe o quanto eu te desejo, Park Jimin. — disse e acariciou a bochecha do menor, que fechou os olhos com o contato. Logo seus olhos se encontraram uns com os outros e seus rostos foram se aproximando. Porém, logo se separaram ao ouvir a porta do quarto de Jimin abrir.

— Puta que pariu, Jimin! — o menor riu ao ouvir o pai dizendo. — Meu deus, não podia avisar que estava pegando alguém aqui no quarto? Ou pelo menos trancar a porta? — disse e Hoseok abaixou a cabeça envergonhado.

— Me desculpe, senhor Park. — Hoseok disse e foi em direção ao pai de Jimin. —Eu sou Jung Hoseok, sou um ótimo menino, não me mate. — Hoseok disse rápido e estendeu as mãos para cumprimentar o senhor que não era tão velho.

— Calma aí, rapaz. Até parece que eu vou te matar. — riu. — Me desculpe atrapalhar o momento. Jimin vai colocar uma roupa! — fechou a porta do quarto fazendo os dois suspirarem.

— Eu achei que ele ia me matar. —Hoseok jogou-se na cama de Jimin.

— Está tudo bem, meu pai respeita. — ele disse e procurou a blusa que Hoseok tinha jogado.

O Jung levantou-se da cama e colou seus corpos novamente. Se aproximou e deu um selinho em Jimin, que arqueou a sombrancelha.

— Pode me beijar, Jung Hoseok. — disse e sem perder tempo, Hoseok colou os seus lábios no de Jimin. Fazia muitos anos que desejava sentir aqueles lábios no seu, e hoje, esse seu desejo estava se realizando. Pararam o beijo por falta de ar. Hoseok em um movimento rápido, tirou a toalha da cintura de Jimin e apertou a bunda do menor, que tentava sair do abraço.

— Eu sempre quis apertar sua bunda, desculpa. — Hoseok disse e viu Jimin desesperado colocando a toalha em frente ao seu membro.

— Seu filho da puta! — Jimin disse e correu para o banheiro se vestir, deixando Hoseok rindo.

Uma coisa era verdade, Hoseok iria sim, colorir sua vida.

As cores do amanhã - JiHopeOnde histórias criam vida. Descubra agora