Apaixonado♥♥♥

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Cena 1
Salomé continua a encarar sua filha muito emocionada.
PÉROLA- Eu voltei mãezinha e até trouxe um presente pra ti...
Pérola olha para o seu filho que está nos seus braços.
SALOMÉ- Minha filha...
Muito emocionada, Salomé aproxima-se e lhe abraça.
PÉROLA- Me perdoa mãe. Eu não devia ter fugido...
SALOMÉ- Eu quase enlouqueci de tanto te procurar menina. Você quase me mata...
PÉROLA- Perdão mãe. Perdão...
SALOMÉ(se afasta um pouco e olha intensamente para o seu neto)- E esse meninão?
Neste momento, Pablo vem se aproximando e responde-lhe:
PABLO- É meu filho senhora.
SALOMÉ(ignora)- Seu filho?
PABLO- É. Eu e a sua filha nos casamos.
SALOMÉ- Como assim se casaram? (pausa) Cadê o Carlos Pérola?
PÉROLA- É uma longa história mãe. Depois eu te conto o que aconteceu.
Cena 2
Já sentados no velho sofá, os três tomam uma xícara de chá, uma vez que, Pérola está falando mais de Pablo para sua mãe.
PÉROLA- A família do Pablo é muito rica mãe. Eles são donos de uma grande empresa no Rio de Janeiro...
SALOMÉ- E que empresa é essa rapaz?
PÉROLA- É uma empresa que produz utensílios domésticos senhora...
PÉROLA- O Pablo é um Excelente marido mãe. Eu agradeço muito a Deus por ter colocado-lhe no meu caminho.
SALOMÉ(tensa)- Que bom minha filha. Fico muito feliz por isso...
Neste mesmo instante, o bebê que Pérola colocou no quarto de sua mãe começa a chorar, o que rapidamente chama a sua atenção.
PÉROLA(levanta-se)- É o menino. Eu vou pega-lo.
Pérola segue imediatamente na direção do quarto.
SALOMÉ(levanta-se)- Se você não se importa, eu vou ajudá-la rapaz.
PABLO- Quê isso! Pode ir senhora. Eu fico bem aqui.
Ligeiramente, Salomé parte na direção do quarto, onde então, já encontra sua filha com o pequeno filho nos braços.
SALOMÉ(tensa)- Eu quero saber toda a verdade garota. O que aconteceu entre você e o Carlos?
Pérola olha imediatamente para ela muito assustada.
Cena 3
Sozinha em um beco, Bia luta para conseguir se livrar do desejo de usar drogas, entretanto, o vício muito mais forte que ela, acaba vencendo-la e ela infelizmente acaba fumando um cigarro de maconha, o qual no momento, lhe dá uma sensação de prazer inexplicável.
BIA(consigo mesma)- Eu tentei,
Todos virão que eu tentei,
Mas o vício foi mais forte que eu
Agora saciando a minha vontade
Todas as dores internas desapareceram
E agora,
Eu só consigo sentir prazer
Na minha vida não à mais sofrimento,
Tudo tem um momentâneo alento.
Cena 4
Sozinha no seu quartinho de costura, Elvira está a tricotar um belo casaco, quando então, Delsuite entra lentamente.
DELSUITE(para do seu lado muito emocionada)- Eu consegui mãe. Eu consegui comprar um cantinho pra montar o meu salão...
ELVIRA(a encara séria)- E o que eu tenho a vê com isso?
DELSUITE- Eu só queria compartilhar com a senhora.
ELVIRA- Pois já compartilhou. Agora se me da licença, eu preciso continuar tricotando o meu casaco.
DELSUITE(magoada)- A senhora não tem jeito mesmo. Eu aqui querendo compartilhar a minha felicidade com a senhora, mas a senhora nem pra minha cara direito olha. (pausa) Isso me dói muito mãe. Eu não pedi pra nascer...
ELVIRA(furiosa)- Vai embora! Eu quero ficar sozinha.
De cabeça baixa, Delsuite se retira.
Cena 5
Salomé continua a espreita de uma resposta de Pérola, que muito nervosa, tenta mudar de assunto.
PÉROLA- A senhora tem notícias da Rochely?
SALOMÉ- Não tenta mudar de assunto não garota. (pausa) Eu quero saber o que aconteceu entre você e o Carlos, e você vai me contar se não quiser que eu te dê uns tapas na frente do teu marido aí.
PÉROLA(se afasta um pouco)- O Carlos me trocou por outra mãe.
SALOMÉ- Como é que é?
PÉROLA- Assim que chegamos no Rio de Janeiro, ele mudou completamente mãe. O Carlos não era mais o meu Carlos daqui não...
SALOMÉ- Mas e o Ribamar?
PÉROLA- Ele faleceu na mesa de cirurgia.
SALOMÉ- Meu Deus!
PÉROLA- Se não fosse o Pablo, eu não sei o que seria de mim mãe.
SALOMÉ(nervosa)- Eu sempre te falei pra não confiar em homem nenhum Pérola...
PÉROLA- Eu pensava que o Carlos não era nenhum cafajeste mãe. Ele dizia que me amava tanto...
SALOMÉ- E esse menino? Ele filho do Carlos, ou é filho desse homem aí que você diz ser seu marido?
PÉROLA(nervosa)- O meu filho? (pausa) É lógico que ele é filho do Pablo...
SALOMÉ- Você está vendo Pérola? Toda decisão errada que tomamos em nossa vida, só nos trás sofrimento. (pausa) Agora você intende a minha preocupação com você? (pausa) Todas as broncas que te dei sempre foi para o teu bem. Eu não queria te vê sofrer minha filha. Eu não queria te vê passar por isso...
PÉROLA- Eu me arrependi muito mãe. Eu não deveria ter fugido com o Carlos. Ele não merecia o meu amor...
SALOMÉ- Agora é tarde para se arrepender. O leite já foi derramado.
PÉROLA- A senhora me perdoa mãe?
SALOMÉ- Eu não devia, mas eu te perdôo minha filha. (pausa) Eu sofri muito quando você sumiu meu amor...
PÉROLA(o abraça com seu filho nos braços)- Ô mãe. Eu te amo...
SALOMÉ- Eu também te amo minha filhinha.
Cena 6
Em sua sala, Escobar está vendo algumas planilhas, quando então, Valéria vem chegando na empresa e aproveitando-se que Daniela não está na recepção, ela bate na porta e entra aparentemente tensa.
VALÉRIA- Escobar.
ESCOBAR(surpreendido)- Valéria. O que você está fazendo aqui?
VALÉRIA- Eu preciso conversar com você Escobar...
ESCOBAR- A gente não tem nada pra conversar Valéria.
VALÉRIA(entra, fecha a porta e aproxima-se)- Temos sim Escobar. Eu preciso que você me perdoe pelo o que fiz. Eu não queria ter te beijado, mas uma força maior acabou falando mais alto que eu...
ESCOBAR(levanta-se e se afasta)- Eu não quero falar mais sobre isso...
VALÉRIA- Mas eu quero. (pausa) Eu não quero perder a tua amizade. Eu gosto muito de você Escobar. Eis um amigo que até então eu nunca tive...
ESCOBAR- Eu não posso ser teu amigo Valéria...
VALÉRIA- Como assim você não pode ser meu amigo? Que mal eu te fiz?
ESCOBAR(aproxima-se nervoso)- Eu estou perdidamente apaixonado por ti Valéria.
Em êxtase com o sucesso das suas investidas, Valéria respira fundo ao ouvir o que tanto havia esperado.

O PREÇO DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora