Prólogo

43 5 0
                                    

2 anos atrás

Nunca em toda minha vida imaginei que poderia ser tão feliz.

Depois de tantos anos estudando, finalmente realizei o meu sonho e do meu pai. Me tornei um dos melhores arquitetos de Nova York, e mesmo que ele hoje não esteja aqui do meu lado, sei que lá do céu está olhando por mim, me apoiando e guiando meus passos.

Confesso que quase desisti de tudo quando o perdi em um acidente de carro. Mas minha mãe me mostrou que mesmo que a dor nunca passe, devemos seguir em frente. Nunca irei esquecê-lo, afinal, ele sempre foi meu pilar de apoio. Sempre me apoiou, e me incentivou a seguir seus passos. É por isso que a palavra FELICIDADE me define.

Sou um homem realizado tanto na vida pessoal quanto profissional. Me tornei o CEO da empresa que meu pai comandava e consegui expandir os negócios da família. Hoje temos mais de vinte filiais distribuídas pelo país, e estou a ponto de conseguir expandi- la internacionalmente. Nossos lucros são o dobro do que eram quando meu pai comandava.

E para fazer com que me sinta mais realizado ainda, conheci a mulher da minha vida. A única que conseguiu ganhar meu coração.

Conheci Penélope na festa de aniversário do meu melhor amigo Alan, que por ironia do destino é seu irmão. Foi amor a primeira vista. É claro que como o irmão protetor e ciumento que ele é, no começo não aceitou nosso relacionamento muito bem, mas com o tempo viu que eu e Penélope nos amávamos verdadeiramente.

Nos casamos um ano depois, em uma cerimônia simples, singela e aberta apenas para família e amigos mais íntimos. Penélope sempre foi reservada e nunca gostou de grandes festas, mesmo que tenha que me acompanhar em alguns eventos de negócios. E é esta simplicidade que mais amo nela.

E é por isso que três anos depois tenho a melhor família que alguém poderia ter.

A exatamente seis meses nasceu o meu pequeno bebezinho de olhos azuis, Anthony, que trouxe luz para nossas vidas. Meu pequenino filho é muito mimado pelos pais, avós e também por toda a família. E com tão pouco tempo, tem todos em suas pequeninas mãos. E assim como a mãe, chama atenção por onde passa.

Penélope é uma magnífica loira dos olhos verdes e com um corpo espetacular, e é quase impossível não chamar atenção. Eu como o homem possessivo que sou, tenho meu ciúmes a mil cada vez que saímos para algum evento, ou até mesmo jantares a dois. Mas por mais que minhas demonstrações de ciúmes sejam equivocadas, Penélope sabe que a amo mais que tudo e nunca faria nada de propósito para magoa-la.

- Em que está pensando Drew? _ pergunta Penélope me acordando de meus devaneios.

- Estava me lembrando de todas as vezes em que meu ciúme falou mais alto _ respondo soltando uma gargalha_ E imagino que esta noite também estarei sendo colocado à prova. Você tinha mesmo que colocar um vestido tão curto? _ digo fazendo uma pequena careta apenas para provoca-la.

- Já conversamos sobre isso Drew _ ela fecha a cara na hora me fazendo soltar uma gargalhada.

Neste momento estamos indo para um pequeno restaurante de comida italiana, comemorar o nosso terceiro ano de casados. Por mais que ame meu filho, queria ter esta noite apenas para nós dois, por isso consegui convencê-la a deixar Anthony com minha mãe. Esta é a primeira vez desde o seu nascimento, que saímos sem ele. E como a mãe coruja que é, Penélope apesar de ter amado a idéia de um jantar romântico, está bastante preocupada com nosso pequeno.

- Será que nosso pequeno Thony está bem? _ diz preocupada_ Não deveríamos tê- lo deixado na casa de sua mãe. E se ele estiver chorando neste exato momento? E se estiver com fome? E se...

- Meu amor, Anthony está bem _a cortei antes que tivesse mais uma crise de preocupação_ Minha mãe prometeu que ligaria caso acontecesse alguma coisa. E não se esqueça de que deixamos uma mamadeira já pronta para o caso dele der fome. Minha irmã também está em casa, e assim como minha mãe, ama o nosso pequeno e cuidará muito bem dele.

- Você tem razão _ diz dando um pequeno sorriso _ Estou me preocupando atoa.

- Eu sei que sim _ digo_ Mas deixe nosso filho um pouquinho de lado e concentre-se apenas em nós dois. Pense na noite maravilhosa que teremos. Principalmente em nosso quarto _ acrescento dando um sorriso malicioso.

- Mal posso esperar _ diz retribuindo o sorriso _ Principalmente porque tenho uma surpresa pra você.

- Surpresa?

- Sim.

- Que tipo de surpresa?

- A você sabe. É daquele tipo que envolve lingeries, renda e muita transparência _ diz me provocando.

- Porra! _a olho chocado_Como você diz uma coisa coisa dessas e espera que fique calmo?

- É só você se concentrar no jantar e esperar pela sobremesa.

- Sua pequena provocadora.

E como sempre Penélope solta uma gargalhada e eu a acompanho. Nossa casamento é sinônimo de felicidade. Somos um casal perfeito, nos damos tão bem e sei que somos invejados por muitos. As vezes brigamos por coisas bobas, mas não conseguimos ficar nem uma hora sem nos falar.

- Falta muito para chegarmos? _ diz depois de alguns minutos. A ansiedade sempre foi um problema para ela. O que pra muitos é um defeito, para mim é uma de suas muitas qualidades. Ser ansiosa a torna ainda mais adorável.

- Estamos quase chegando _ digo parando o carro em um farol que por falta de sorte acaba de ficar vermelho _ Daqui a mais ou menos vinte minutos chegaremos.

- Droga! Tinha que escolher um restaurante tão longe de nossa casa? Estou faminta.

Não resisto e acabo soltando uma sonora gargalhada fazendo com que ela faça uma careta.

- Você sabe que Carmine's Italian é o melhor restaurante de comida italiana. E além do mais é nosso preferido _ abro um largo sorriso e acrescento_ Foi lá que você disse sim ao meu pedido de casamento.

- É verdade _ Penélope também sorri _ Vale a pena a demora.

- Sim vale _ concluo me inclinando para beija-la _ Eu te amo pequena.

- Eu também te amo Drew _ diz quebrando a distância que separa nossas bocas.

Nos beijamos com calma, com amor, com ternura. E com um gostinho de quero mais. Ficamos em nossa bolha particular e esquecemos de tudo ao nosso redor. Nos concentramos apenas em nós e no amor que sentimos um pelo outro transmitido através de nosso beijo.

E esse foi o nosso maior erro.

Quando nos demos conta do que estava acontecendo ao nosso redor, já era tarde demais. Um barulho ensurdecedor foi ouvido e em seguida sentimos a força do impacto. Penélope gritou e em seguida nosso carro capotou.

Não sei quantas vezes capotamos.

Não sei em que momento o carro parou, e muito menos sei em qual momento a ambulância foi chamado para prestar socorro. A última coisa que me lembro foi o momento em que Penélope desmaiou, levando consigo não apenas sua vida, mas também a minha.

Querida Babá (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora