🌹Capitulo XVI👑

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🌹Capitulo XVI👑

Conclusões Regadas a Doces Beijos.

MAGNIUS

Ando apressadamente em direção a adega do palácio, que por algum acaso localiza-se no subterrâneo. Landom enviou-me uma mensagem dizendo que tinha algo importante para dizer-me, espero sinceramente que seja algo relacionado à Marion, mais especificamente sobre afastar-se dela.

Espero que ele tenha abandonado a idéia estúpida de conquistá-la. Pois bem sei que proteger a princesa não é uma tarefa fácil. Quando estou ao seu lado parece que ela abandona suas diretrizes tão bem encorpadas em seu ser e liberta uma parte de sua personalidade que poucos tiveram o prazer de conhecer. E por mais que eu devesse contê-la, acabo embarcando junto a ela numa aventura qualquer, sem o menor sentido, apenas para vê-la sorrir, e quem sabe repreender-me mais futuramente por meus atos impudicos. Porém conter a Marion é um intento que somente alguém com não somente muita força de vontade, como também é necessário ser inflexível ao seu charme incomparável. E ela já fez questão de provar-me, mesmo que sem dar-se conta, que eu não sou muito capaz de resistir.

Faz duas semanas desde aquele nosso ultimo passeio no lago, e desde então temos estado um pouco afastados. Primeiramente por que ela aproximou-se mais de mamãe ao passo em que eu estive fazendo tudo o que conseguia para protegê-la de Landom. Mantê-lo o mais longe e distraído o possível.

Finalmente chego à adega, entro fazendo o mínimo de ruídos necessário, não desejo alcoviteiros escutando esta conversa, pois bem sei que não possuem piedade ao amplificar um rumor para parecer-lhes mais apetitoso. Logo o vejo em pé com uma taça da vinho na mão, olhando nada em especial. Ele não demora em que sinta minha presença e vire-se, encarando-me com seus olhos negros, repletos de maldade e ódio, antes de sorrir como se achasse graça em algo.

- Vejo que veio como pedi-lhe. Então? - Indaga calmamente como se fosse esta uma conversa entre amigos. - Está gostando do nosso joguinho? - Com esta pergunta estapafúrdia arqueio a sobrancelha em evidente dúvida. Como raios eu poderia apreciar algo que somente me afasta de Marion? - Então não percebeste? És realmente um tolo, priminho. É mais que notório que ama sua princesa. Afinal, por que outra razão se importaria tanto?

- Eu não a amo! - Falo energicamente, tentando soar firme, pois bem sei que estou mentindo, apenas... Apenas tenho muito carinho por ela... E... Definitivamente ele não precisa saber que possivelmente estou apaixonado por ela. E em casos como este eu percebo um tanto espavorido, que o "possivelmente" é quase como um "certamente".

- Não mesmo? Então apenas gosta muito de sua companhia? Não me enganas Magnius, bem sei que almeja algo mais da princesa. - Afirma com solicitude, minha vontade de partir-lhe a face com o punho aumenta consideravelmente, tenho de usar de todo o meu autocontrole para não destroçá-lo a face aqui mesmo.

- Vejo-a somente como uma boa amiga Landom. Não sinto nada por ela. - Afirmo tentando parecer o mais despreocupado possível, infelizmente, sem êxito, pois a mais pura verdade e que sim: Eu me importo. Importo-me muito com Marion. Mais do que eu considero saudável admitir.

Um brilho insidioso reluz nas pupilas tomadas de ódio de Landom, bem sei que isto não é um bom sinal. Está para vir mais uma óbice para minha vida. Como se eu já não tivesse de combater outras mil...

- Se for este o ensejo, então estou certo de que ela não te importa em nada. - Fala como que para si mesmo, como se estivesse a confabular um de seus planos dotados de perversidade, porém tenho total certeza de que está lúcido o suficiente de minha presença no recinto. - O que achas de um enlace entre nós? - Indaga, para mim. De início não compreendo totalmente o que ele quis dizer, mas ao perceber me pergunta a opinião sobre um matrimonio entre ele e Marion, perco o controle.

Amor ConfusoOnde histórias criam vida. Descubra agora