➻ The Potato Eaters

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Era pra eu postar o capítulo ontem mas não deu. Já peço desculpas desde já, também perdoem os erros!
BOA LEITURA!!!!! ♡♡

***

Capítulo 12

OS COMEDORES DE BATATAS

Anna foi convidada para uma exposição de arte por um rapaz que parecia - no mínimo - ser dez vezes mais rico que qualquer pessoa que eu cheguei a conhecer nessa minha vida inútil. Ele era bonito, se vestia bem... e ainda por cima me deu um ingresso de presente para acompanhar a loira.

Até que não era má ideia. Em uma sexta-feira eu não tinha nada melhor que netflix, então não recusei a proposta. Mas sabia que ia voltar pra casa sozinha.

Eu estava vestida com um vestido simples de seda, mais parecido à uma camisola, ele era preto e o decote não mostrava muita coisa. Até porque não tinha o que mostrar ali já que eu não tinha seios grandes.

Calcei umas sandálias da mesma cor e um sobretudo por cima. Deixei o cabelo solto e passei pouca maquiagem no rosto. Anna estava com um vestido rosa, ele era bem justo ao corpo, com um corte reto. O decote também não revelava muito, a pesar dela ter os seios duas vezes maiores que os meus. Ela calçou umas sandálias pretas e um casaco da mesma cor. Ajudei a mesma a fazer uma trança lateral no cabelo dela e com a maquiagem também, ja que eu terminei de me arrumar primeiro que ela.

***

Eu estava parada em frente à um quadro tentando decifrar por que alguém desenharia pessoas comendo batata, já que não tinha nada melhor pra fazer. Anna estava flertando com o rapaz que a convidou para a exposição, como era de se esperar. Eu só estava mesmo divagando sobre o que tinha na mente do pintor a cada quadro que eu via ali.

— Os comedores de batata. — Era uma voz masculina.

— Os comedores de batata. — Repeti.

Esse era o nome do quadro de Vincet van Gogh que eu estava observando agora. Pelo menos era o que dizia na descrição da imagem, se não fosse o nome certo, eu nunca saberia.

— Você iria desenhar algo do tipo? — Questinei cerrando os olhos enquanto tentava ver algo diferente na imagem.

— Com certeza não.

— É, nem eu.

— Pelo menos batatas são ótimas.

— Talvez essa é a intensão do artista. — Comentei sem entender.

— Qual?

— Sei lá... mostrar que batatas são boas, talvez? — Eu sorri sendo contagiada pelo sorriso do rapaz ao meu lado.

— É... pode ser isso. — Concordou. — Ou sei la... Um bando de gente pobre que só tem batata pra comer?

— Você é ridículo. — Neguei com a cabeça ainda sorrindo fraco. Até que fazia sentido.

É por isso que você me odeia.

— Eu nunca disse isso.

— Não é o que parece. — Retrucou.

— Eu só não gosto de você. Isso é diferente.

— Você me odeia.

— É, eu odeio. — Dei de ombros. — O que faz aqui, Zayn?

— O mesmo que você.

— Tentando descobrir o significado de cada quadro? — Ergui uma sobrancelha voltando o meu olhar para o rapaz.

— Só apreciando. — Disse ainda olhando o quadro a nossa frente. — Gostou do meu presente?

— Que presente?

— O colar.

Franzi levemente o cenho e abri a boca pra falar, mas recuei. Realmente "M" não era de Mitchel, e sim de Malik. Afinal, quais as chances dele saber sobre um presente que meu ex poderia ter me enviado?

— Ah... é, bonitinho. — Dei de ombros.

— Eu sei que você gostou.

— Como pode ter tanta certeza?

— Eu sei.

Revirei os olhos. Está pra nascer alguém mais convencido que Zayn Malik. Eu me virei de frente para ele, e fiquei analisando o seu rosto por um longo tempo. Ele não parecia intimidado, e continuou a olhar o quadro.

— Como me encontrou?

— Sua mãe estava com saudades. — Deixou um sorrisinho escapar.

Ele não me olhou, nem por um segundo e mantinha a pose "melhor do mundo", o que me irritava e muito. Arg...

— Sua amiga parece estar se divertindo.

Eu olhei em volta tentando localizar a Anna e fiz uma pequena careta do vê-la se agarrando com o rapaz no canto daquela sala. Voltei o meu olhar para o rapaz e percebi que ele estava me olhando, mas logo voltou a olhar o quadro.

— Sendo assim, eu vou indo. Não foi um prazer te ver, Malik. — Cantarolei a última parte enquanto caminhava em direção a Anna.

Fui rápida em avisar a loira que já estava indo pra casa e logo fui pro elevador do prédio. Quando estava na calçada da rua, eu olhei em volta e coloquei as mãos nos bolsos do sobretudo enquanto torcia para um táxi passar por ali. O meu azar foi que os dois carros que passaram por ali não pararam. Provavelmente já fazendo uma corrida.

— Precisa de carona?

— Sua? — Ergui uma sobrancelha não precisando me virar para saber quem era. — Não, obrigada.

— Ah você não vai achar um táxi fácil a essa hora. — Ele parou ao meu lado.

— Por que você me daria carona?

— Porque você precisa e eu sou uma boa pessoa, aliás, você está na frente do meu carro. — Comentou e eu ouvi o barulho que faz quando destravam as portas.

— Ah, olha um táxi! — Comentei convencida.

Acenei para o motorista mas o mesmo passou reto. Ouvi uma risada e revirei os olhos quando o moreno entrou no carro e fez questão de abaixar o vidro para me encarar.

— Boa sorte com seu táxi.

Eu revirei os olhos mais uma vez e dei a volta no carro, entrando no mesmo logo em seguida. Só passei o cinto em volta do meu corpo e fiquei olhando para frente. Por outro lado o rapaz começou a dirigir em direção ao apartamento, mas me olhava sempre que tinha a oportunidade.

— Sabia que ia entrar no carro.

— Só porque eu não queria esperar um táxi e da pra eu comprar um sorvete com o dinheiro que eu não gastei.

— Só porque você quer ficar comigo. — Ele disse como se estivesse me corrigindo e eu lhe mostrei o dedo do meio.

***

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Espero que estejam gostando e obrigada por tudo!!!

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06/12/2017

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