- Por que está tristinha? - Um menino branquinho, de sardas, olhos verdes e cabelos rosas se sentou onde Gabriel estava. Pela sua aparência e modo de falar me parecia homossexual, porém não poderia tirar minhas dúvidas -
- Olá! Bom, acontecimentos inesperados... - Dei um sorrisinho -
- Ah, claro... - Ele suspirou. Creio que também esteja com problemas passageiros ou fixos - Não me apresentei, sou o Guilherme, pode me chamar de Gui. Tenho quinze anos, eu e minha família nos mudamos para Niterói esse mês. Sou gay, porém é complicado, meus pais não aceitam.
- Puts, Gui. Te entendo perfeitamente, minha mãe é bissexual, minha avó e tia não aceitam de forma alguma.
- Nossa, pena que existam pessoas assim ainda. Afinal, quem é você?
- Ah, claro. Me chamo Kimberly, Kim para os próximos, tenho quatorze anos. Você vai estudar em qual colégio?
- Prazer, Kimberly. Eu estudarei no colégio Hernandes Primícias, ou como os alunos dizem HP.
- Uau, que coincidência. Eu também estudo lá. As aulas começam semana que vem, infelizmente.
- Sim! - Enquanto respondia, fitou a pista de dança por alguns segundos - Ei gata, vamos dançar, eu amo essa música! - Não identifiquei a música mas era uma espécie de eletrônica. Guilherme me puxou pela mão e fomos até a pista -
Chegando na mesma avistei Livia, Alexandre, Nicolas, Gabriel e mais um menino não identificado. Fui lá cumprimentar todos e os apresentarem a Guilherme, já que vamos todos para a mesma escola.
- Miga, que lindo esse de cabelos loiros - Guilherme sussurrou em meu ouvido -
Obviamente estava falando que Alexandre. Ele é bonitinho mesmo, não faz o meu tipo, porém seus olhos são cor de mel e seus cabelos loiros cacheados.
- Controle-se, Alex tem namorada - Sussurrei de volta. Não conhecia a moça, mas já os vi pelos corredores juntos -
A música trocou para uma mais agitada e todos dançamos juntos. Quando acabou a música Livia disse que ia para o bar. Aproveitei e sai para fumar. Avisei para os meninos que já estava indo e fui em direção a parte exterior. Procurei uma rua sem saída ou um beco escuro, não podia deixar que me vejam com uma erva ilegal. Enquanto acendia a mesma, meu celular vibrou diversas vezes. Era mensagens de meu pai.
Mensagens:
- Kimberly está em casa? Chego aí em 20 minutos.
Puts, havia esquecido de avisar a meu pai que iria sair, agora preciso chegar antes dele. Olhei para a erva que estava praticamente intacta. Com dó joguei no chão e pisei em cima. Recuei para dentro do bar procurando por Livia, quando me deparei com uma cena bizarra. A mesma estava em cima do balcão totalmente bêbada, pronunciando frases sobre amor não correspondido sem sentindo algum. Suas palavras vinham emboladas e trocadas. Me aproximei dela.
- Liv, vamos embora. Preciso estar em casa em menos de 20 minutos. - Ela parecia nem ter ouvido quando felizmente respondeu -
- Eu não vou a lugar algum - Disse totalmente embolado -
- Porra Livia, eu não estou pedindo. Desça daí agora!
Alguém notou o meu desespero e ouvi uma voz grossa e sexy.
- Desce Lili. Vamos. - Foi só essa linda voz pedir que ela desceu igual uma donzela. É assim Lívia Souza? Virei para encara-lo de braços cruzados e percebi que era o menino não identificado da pista de dança -
- De nada - ele se virou para mim -
- Obrigada - respondi seca - Quem és tu? - Precisava saber o nome do sujeito né gente -
- Me chamo Peter, Kimberly - Pera aí como ele sabe meu nome? - Quer carona pra casa?
- Não! - Respondi ainda de braços cruzados - Como o senhor sabe meu nome?
- Tem certeza? - Ele olha pra Livia - Sou amigo do seu primo, Miguel, desde pequenos.
- Ah claro, meu primo. - olhei para Livia e seu estado era realmente grave - Tá bom, eu aceito a carona.
Ele pegou Livia no colo e fomos caminhando até seu carro. Aqui onde moro, por ser uma cidade pequena, quase todos os adolescentes com aproximadamente quinze e dezesseis anos tem carro e dirigem. Já dentro de seu automóvel, ele coloca Livia com cuidado no banco de trás, e eu me sento na frente.
- Obrigada por levar ela - Falo olhando para o vidro -
- De nada, marrenta.
- Ata. Me poupe, viu. Marrenta nada.
Finalmente chegamos em casa, Peter me ajudou a subir com a Livia e se deparou com meus primos na sala, ele entrou e foram assistir um filme. Enquanto isso, Livia tomava banho. Meu celular vibrou em meu bolso, peguei o mesmo e desbloqueei. Havia uma mensagem de Pedro.
Mensagem
- Oi razão do meu desequilíbrio mental.
Soltei um curto risinho ao ler aquela mensagem, e a respondi.
- Oi - Respondi -
- Nossa, que seca. - Eu era fria com Pedro, não sei o motivo, mas era. Acho que era uma forma de defesa para não cair em sua lábia. Duas amigas minhas que conheciam Pedro acabaram de coração partido. Não quero o mesmo destino -
- Oi meu amor, minha vida. Tudo bom? - Acabei de me contrariar -
- Assim que eu gosto, sua grossa. Estou bem, e você?
- Também. - Livia abre a porta enrolada em uma toalha - Já te chamo Pedro.
- Kim me empresta uma roupa? A minha está cheirando a álcool
- Claro Liv. - Vou até meu guarda roupa e pego um pijama. Eu e Liv usamos o mesmo tamanho, as vezes nos emprestamos algumas roupas e sapatos. -
- Obrigada Kim. - Ela colocou a roupa - Vamos ver filme com os meninos?
- Sim. Vamos - A puxei pelo braço passando pelo enorme corredor e chegando a sala. Lá estavam Peter no sofá junto a João. No chão em cima de almofadas estavam Chris e Matheus - O que estão assistindo?
- Boneco do mal - Respondeu Peter. - Querem assistir?
Tenho medo de filmes de terror, na verdade, tenho medo de tudo. O Pedro ainda coopera para isso acontecer, me manda fotos de protagonistas de terror no whatsapp às três horas da manhã.
- Queremos. Vem Kim. - Livia me puxou pela mão. Ela realmente adora filmes de terror, não sei qual a graça que vê nisso. Me sentei no sofá onde Peter estava deitado, como o incomodei sugeri que o mesmo colocasse a cabeça em meu colo, e foi o que fez. Enquanto isso, Livia estava no outro sofá deitada para um lado e João para o outro. -
- Em meio a uma cena de suspense, tive calafrios e tremi. Peter que estava deitado em minhas pernas notou meu desespero e segurou minha mão. -
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Oi oi, gente. Me desculpem por não postar ontem, realmente não deu, pois fiquei estudando.
Será que Kim irá se apaixonar por Peter, ou continuará firme e forte por Pedro? Aguardem o próximo capítulo.
Beijinhos - Dollsick
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Amor Restrito
Teen FictionUma história de amor não tão comum. Ela se passa na internet, duas pessoas totalmente opostas se conhecendo, unidas pela dor, jogos, e claro, maconha. Depois de acontecimentos marcantes ambos se mudaram para o famoso estilo: "que a vida se foda". O...