Cheiro de flores

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Deitada na cama, pálida, conectada a vários aparelhos com a esperança de que sobreviveria. Mas sabia que lá no fundo não queria isso, sabia que lá no fundo queria que seu fim chegasse logo. Olhando para o teto, percebeu uma linda borboleta voando pelo seu quarto.

"Mais como ela teria entrado aqui se nenhuma janela esta aberta?", se perguntava. "Talvez do mesmo jeito que essa doce brisa com cheiro de flores entrou".

Lentamente seus olhos foram fechando, a mesma suspirou.

"Deve ter chegado minha hora...", olhava fixamente para borboleta "Como estou feliz em ter um animal tão belo na presença de minha morte."

E tudo ficou escuro, sentiu uma brisa, muito maior que a brisa que entrou em seu quarto antes, o cheiro de flor era ainda mais dominante em todo seu arredor, não se sentia mais em cima da cama dura do hospital, agora sentia se em cima de algo macio. Abriu os olhos, estava em um campo florido.

"Como vim parar aqui?"

Levantou se, olho ao redor, uma planície cheia de flores, tinha flores até onde seus olhos podiam alcançar.

A brisa soprava pelo seu rosto, o cheiro de flores, o sol, o céu lindo, algumas borboletas voando pelo local, tudo passava uma sensação de tranquilidade e paz.

"Eu morri? Estou no céu?".

Deitou se na grama e ficou olhando para o céu.

"É possível ter um céu no céu?"

De várias borboletas que voavam, uma delas chamou sua atenção, era a mesma que viu em seu quarto, sentou se e levantou o dedo na direção da borboleta, em seguida a borboleta pousa em seu dedo.

"Morreu também? É possível que animais e humanos venham para o mesmo céu? Pensava que tínhamos céus diferentes. Será que os animais vão para o inferno também? Animais pecam? "

Estava lotando tanto a pequena borboleta de perguntas que talvez tenha se cansado pois saio voando.

"Espere, é chato ficar sozinha."

Disse se levantando e seguindo a borboleta.

Coitada da pequena borboleta, mesmo tentando fugir da grande máquinas de perguntas ela à seguia ainda fazendo perguntas. A borboleta estava voando cada vez mais rápido e mais alto até que a pequena garota a perdesse e se perdesse no meio daquele vasto e plano campo de flores. Cansada deitou se na grama, depois de um tempo vendo aquele céu alaranjado do por do sol, a lua assumiu o lugar do sol no céu dando espaço ao lindo céu estrelado.

Aos poucos o sono vai tomando a menina de cabelos negros, ela vai se entregando ao som calmo dos grilos, a grama fofa e confortável e adormece nesse mundo tão belo que poderia em fim ter paz.

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⏰ Última atualização: Nov 06, 2019 ⏰

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