Prólogo

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Você grita alto
Mas eu não ouço nada do que você diz
Estou falando alto, não dizendo muito
Sou criticada, mas suas balas ricocheteiam
Você me derruba, mas eu me levanto

Acordo com um pequeno barulho estridente e aos poucos vou percebendo que esse som irritante vem do meu celular e só aumenta. Tento primeiro abrir meus olhos o que não é uma boa opção por que essa claridade está me matando e minha cabeça estourando, é então que me lembro da noite passada. Bebida, bebida, dança, bebida com um cara gato e mais dança, agarramento no estacionamento e uma foda incrível no carro. É talvez tantas bebidas não tenha sido uma boa ideia, pelo menos consegui chegar inteira no hotel.
Vejo que o telefone finalmente parou de tocar e decido me levantar de vez para tomar um banho e me despedir de Las Vegas.

Bom, deixa eu me apresentar. Meu nome é Rebeca White, 25 anos, advogada e uma loba solitária, literalmente. Eu fazia parte da alcateia de Nova York e digamos que por desavenças cujo é proibido se mencionar eu fui "convidada a se retirar" por que é mais bonito do que dizer banida.
De banho tomado, maquiagem feita e um look básico sinto meu estômago implorar por algo. Pego meus documentos, cartão do quarto e celular e quando sigo pro elevador, ouço de novo o som irritante do meu telefone.

Sério Rebeca está na hora de trocar esse toque, que coisa chata. Anotar na lista mental: mudar seu toque por algo que realmente mereça ser ouvido como alguma música da Beyonce!

E pela primeira vez do dia ou melhor dizendo tarde vejo o horário, porra já se passaram das 16h agora entendo o motivo do meu estômago reclamar. E...opa! 28 chamadas perdidas? É isso mesmo? Que merda que está acontecendo? Rapidamente vou conferindo algumas são de Sophie (claro, não podia faltar) uma de meu irmão e o restante de um número desconhecido. Automaticamente congelo com a esperança de que seja ele. Será que é? Não. Não faria sentido.
Acorda Rebeca e deixa de ser iludida, ele te expulso, não quer te ver nem pintada de ouro.
Bom então só pode ser trabalho, retorno na mesma hora e dois toques depois já me atendem.
E uma voz grossa porém familiar já se adianta.
— Olá, Rebeca? Aqui é charles Foster, das indústrias Fortes Imp. — Foster, ah sim, um dos amigos do alfa. Melhor dizendo o único que me ajudou. Devo muito a este homem.

— Oi, senhor Foster, estou retornando uma de suas inúmeras ligações. Em que posso ajudar?

— então Rebeca é um assunto delicado, preferia não tratar por telefone, podemos nos encontrar?quanto antes melhor o assunto é de extrema urgência e preciso de sua descrição.

— Claro, me passe o local, e não se preocupe Senhor foster, eu sou a própria descrição. Mandarei meu endereço por mensagem. Estou em Vegas.

— ótimo, tivemos que vir para Washington, terá que vir para cá.  Vou mandar o jato buscar você e nos vemos em breve. —assenti e logo encerramos a ligação.

Com certeza deu alguma merda, quando contratam lobos para lobos, se é que me entendem ( charles é um lobisomen, um dos braços direto do alfa, e se algo burocrático acontece você contrata os melhores advogados, desde que seja lobo, afinal seu cliente tem que lê confiar seus piores atos para dizer tudo)

Enquanto vou organizando minhas malas recebo uma mensagem do senhor Foster dizendo que o jato chegaria às 21h.
Desço o elevador com minha mala preta e sigo a recepção para fazer meu check out, pego um dos táxis em frente e sigo ao aeroporto de Las Vegas. Alguns minutos depois com a ajuda do trânsito já estou no jato das indústrias Foster e rumo à capital.
Algumas horas e finalmente aterrizamos, hoje está chovendo por aqui e a brisa do fim do inverno faz alguns de meus pelos arrepiarem, me amaldiçoou  mentalmente por não ter posto uma calça, minhas canelas brancas e magras estão congelando. Já fora do aeroporto um homem enorme e vestido em uma calça social preta, blusa social preta e um colete azul escuro me espera ao lado de um grande carro prata.

Você não é meu ALFAOnde histórias criam vida. Descubra agora